Em Lisboa, Alckmin promete redução de impostos
LISBOA - O candidato a presidente pelo PSDB, Geraldo Alkmin, prometeu nesta segunda-feira, em Lisboa, reduzir a carga fiscal em pelo menos 10 pontos percentuais do PIB. Segundo ele, essa seria a forma de garantir mais empregos no Brasil, para que brasileiros não precisem buscar empregos no exterior.
"O Brasil está com uma carga fiscal de 38,9% do PIB. Eu entendo que ela está no mínimo dez pontos a mais do que deveria. Se você for pegar os países emergentes, Argentina, Chile, Venezuela, México, todos têm menos de 30 pontos. Alguns têm 20% de carga tributária E o pior é que ela está aumentando de ano a ano. No ano passado aumentou 1,5% do PIB", disse Alckmin.
Segundo o candidato, a conseqüência da política fiscal é o estrangulamento do crescimento da economia. "Não sobra dinheiro para investir. O investimento no ano passado foi de 0,4% do PIB. Então a fórmula do governo tem sido aumentar os gastos correntes, aumentar impostos e cortar investimentos", afirmou.
"Nós vamos fazer o contrário: cortar gastos correntes, cortar impostos e aumentar o investimento. Esse parece ser o caminho para ter um crescimento mais forte."
Dois dias na Europa
Alckmin chegou a Portugal na primeira escala de sua viagem de dois dias ao exterior. Na terça-feira, ele segue para a Bélgica, onde se encontra com o presidente da Comissão Européia, o português José Manuel Durão Barroso.
O candidato do PSDB afirmou que viajou a Portugal para discutir relações comerciais com os portugueses. "Nós estamos dando grande destaque â maior inserção internacional do Brasil. Queremos a busca de mercado internacional, acordos comerciais importantes", disse o candidato tucano.
"Começamos com esta visita a Portugal, ao presidente Cavaco Silva e ao primeiro ministro José Sócrates, pela relação histórica que temos. (Brasil e Portugal) São países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, e há importantes investimentos portugueses nos Brasil."
Apesar de haver mais de 100 mil imigrantes brasileiros em Portugal, não está previsto nenhum encontro do candidato à Presidência com a comunidade.
"São só dois dias. Hoje em Portugal e amanhã na União Européia", justificou Alckmin. "Eu entendo que o eleitorado no exterior é muito importante. Nós temos populações muito grandes fora do País. Acho que é importante levar uma mensagem, e todo o nosso programa de governo, nosso projeto, é de desenvolvimento sustentável. É a obsessão pela agenda do crescimento. O Brasil não pode crescer 2% a 3% ao ano."
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