sábado, setembro 30, 2006

Ibope: Lula cai para 45% e iria para 2º turno

Terra Online
Pesquisa Ibope divulgada neste sábado pelo Jornal Nacional aponta segundo turno nas eleições, com o candidato à reeleição Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com 45% e Geraldo Alckmin (PSDB), com 34%. O candidato petista atinge 49% dos votos válidos, sendo que a soma dos adversários é 51%. Heloísa Helena (Psol) atingiu 8% e, Cristovam Buarque (PDT), 2%. José Maria Eymael (PSDC), Luciano Bivar (PSL), Rui Costa Pimenta (PCO) e Ana Maria Rangel (PRP), somados, atingiram 2%. Brancos, nulos e indecisos somam 9%. A pesquisa, encomendada pela Rede Globo, ouviu 3010 eleitores entre ontem e hoje. A margem de erro é de dois pontos. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número 20025/2006.

As perguntas que os candidatos fizeram à cadeira vazia.

4 anos de desgoverno.

Clique na imagem para ampliar

O Governo Lula

Entrevista na CBN

O Brasil é um país engraçado, pra não dizer outra coisa.
Lula afirma sem qualquer vergonha na cara que não participa de debates porque não é vantagem pra ele participar. Tanto faz os interesses dos brasileiros que querem e precisam ouvir da boca dele explicações para muita coisa.
Diz ainda que quando era da oposição exigia a participação de seus adversários nos debates porque oposição pode falar o que quiser. É inacreditável a naturalidade com que afirma ter feito demagogia por mais de vinte anos na oposição.
Só no Brasil mesmo...

Veja - Diogo Mainardi

Para o PT, aplicar a lei contra o Lula é golpe, então estou do lado do Mainardi e virei golpista.

Um golpista sem farda

(...)Quero que Lula perca. Mas perder ou ganhar é igual. Se ele perder, tem de ser cassado. Se ele ganhar, tem de ser cassado. O comando da campanha eleitoral de Lula foi pego com dinheiro sujo. Quem é pego com dinheiro sujo deve ser punido. Os lulistas sabem que o Tribunal Superior Eleitoral acabará pedindo a cassação do mandato de Lula. É a lei. José Dirceu, Marco Aurélio Garcia, Ricardo Berzoini e Tarso Genro já declararam que aplicar a lei contra Lula é golpe. Tarso Genro alertou para o risco de um "golpe branco", um "golpe eleitoreiro", um "golpe jurídico", um "golpe brando". Na última quinta-feira, num artigo publicado no Globo, ele chegou até mesmo a chamá-lo de "golpe legal". Se o golpe é legal, a defesa da legalidade só pode ser golpista. E a defesa da ilegalidade só pode ser democrática. Depois de legitimar o roubo, o lulismo está conseguindo legitimar o golpe de Estado. Se é assim, eu sou golpista. Um golpista sem farda. Um golpista sem tanque. Um golpista sem bala.

O golpista Mainardi se entrincheira com seus leitores. Do outro lado da barricada, o lulismo. Falta-nos apenas um comando. Um general bigodudo e truculento. O segundo mandato de Lula será melhor do que o primeiro. Pelo menos para nós, golpistas. Um fato nós já sabemos com certeza: está rolando um bocado de dinheiro sujo na campanha eleitoral. Aquele mesmo dinheiro sujo que seria usado para comprar o depoimento fraudulento dos Vedoin. Procurando um pouquinho, no segundo mandato poderemos encalacrar um petista por semana.

O golpe dará certo.

Governo deu várias trombadas com a liberdade de imprensa

Lula gostaria mesmo é de colocar o cabresto na mídia.

O Estado de São Paulo
As ações frustradas da gestão Lula vão de expulsar correspodente a criar Conselho Federal de Jornalismo

Durante o mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva não faltaram trombadas do governo e do PT com a liberdade de imprensa. A tentativa fracassada de ontem da campanha nacional do PT de recorrer à Justiça Eleitoral contra o Grupo Estado, pedindo a proibição da divulgação das fotos do dinheiro apreendido pela Polícia Federal, que serviria para pagar o dossiê Vedoin, foi apenas o episódio mais recente nos problemas com a mídia.

Em 11 de maio de 2004, o Ministério da Justiça decidiu expulsar o jornalista americano Larry Rohter, correspondente do New York Times, após a publicação de um artigo, dois dias antes, com o título de 'Ato de bebericar do líder brasileiro se torna preocupação nacional'. O próprio Lula ficou irritadíssimo com a reportagem, que o ministério classificou como 'leviana, mentirosa e ofensiva à honra do presidente da República'. A péssima repercussão da decisão fez com que ela fosse cancelada três dias depois.

Em agosto do mesmo ano, outra polêmica: o Ministério da Cultura apresentou a proposta que criava Agência Nacional do Cinema e do Audiovisual (Ancinav). A proposta abria brechas claras para controle de conteúdo da mídia e acabou sendo engavetada, após novo mal-estar com a opinião pública.

O presidente Lula voltou a causar polêmica com o envio ao Congresso de uma proposta que criava o Conselho Federal de Jornalismo (CFJ), para regular a atividade jornalística. Na época, o presidente da Associação Brasileira de Imprensa, Maurício Azedo, considerou o processo conduzido pelo governo como 'altamente nocivo, anti-democrático e inconstitucional'. Sem apoio político, o projeto também foi posto de lado.

Na reta final das eleições, a campanha do PT também apresentou recurso à Justiça pedindo direito de resposta contra a Folha de São Paulo e contra a rádio CBN. No caso da CBN, reclamou de declaração dada pelo candidato tucano Geraldo Alckmin, criticando Lula e afirmando que 'um ladrão de carros rouba porque sabe que não será pego pela polícia'. Em relação à Folha, a campanha de Lula pediu direito de resposta a texto que considerou ofensivo: 'Como se faz uma quadrilha', da autoria de Clóvis Rossi, foi publicado no dia 22.

Continua sem saber de nada.

Veja - André Petry

Vem aí um massacre?

Avelar comanda a investigação que detonou o trambique do dossiê preparado por dirigentes do PT. Ele tem dito que está com medo. Medo de sofrer aquela perseguição sórdida que vitimou o caseiro. Medo"

Quando se sentiu acuado, o governo do PT caiu numa implacável perseguição contra o caseiro que ousou denunciar um ministro. A história é sabida: violaram seu sigilo bancário e lançaram uma campanha para desmoralizá-lo. Agora, só a vigilância da sociedade pode impedir que um massacre parecido aconteça com o procurador Mário Lúcio Avelar.

Avelar comanda a investigação que detonou o trambique do dossiê preparado por dirigentes do PT. Na semana passada, ainda teve a ousadia de pedir a prisão de seis petistas envolvidos no caso, entre eles o segurança e o churrasqueiro de Lula. Na quarta-feira, em entrevista à TV Record, o presidente, questionado sobre o impacto que as prisões teriam sobre sua campanha, mandou um recado assustadoramente explícito ao procurador. "Às vezes me pergunto se o estrago será para o candidato Lula ou para quem está pedindo as prisões dessas pessoas."

Já havia, àquela altura, uma operação de estrago em curso. A Polícia Federal, atolada nos mistérios da burocracia, só recebeu o pedido de prisão dos petistas na madrugada de terça-feira, quando a lei eleitoral já proibia prisões que não fossem em flagrante. Em vez de ficar na muda, a PF vazou os pedidos de prisão que não poderia cumprir. Fez um serviço duplo: alertou a companheirada para providenciar habeas corpus e fez parecer que o procurador era um palhaço, detalhe que não escapou ao presidente na entrevista. "A pessoa que pediu a prisão sabe que durante esses dias de eleição as pessoas não podem ser presas", disse Lula.

Mário Lúcio Avelar, 40 anos, é procurador há dez anos. Já prestou muito serviço relevante ao país. Comandou a operação que flagrou 1,3 milhão de reais em dinheiro vivo no bunker de Roseana Sarney, estilhaçando sua pretensão presidencial. Também comandou a investigação sobre o desfalque monumental da Sudam, que acabou colocando um par de algemas em Jader Barbalho – de quem, hoje, Lula beija a mão e ouve conselhos políticos. Coube ainda ao procurador implodir o esquema dos sanguessugas cujos desdobramentos o levaram à situação mais temerária de sua carreira: meter-se com o pessoal do PT.

Aos amigos, o procurador tem dito que está com medo. Medo de sofrer uma campanha de desmoralização. Medo daquela perseguição sórdida que vitimou o caseiro. Medo de vergar sob o peso do Leviatã inescrupuloso. Medo de ser atingido pela bala perdida da orgia sindical que os petistas promovem ao confundir partido e Estado. Medo.

Ele é solteiro, não tem filhos e trabalha catorze horas por dia. Concentrado no trabalho, esquece-se da vida pessoal. Nunca sabe onde estão suas chaves, a carteira, os documentos. Dá ordens a sua empregada doméstica, esquece o que disse e reclama de algo que não pediu. Sua penúltima empregada doméstica demitiu-se depois de uma semana de trabalho. A atual, que está com ele há um ano, já avisou que vai embora. Ela anda com medo de sair na rua na companhia do patrão. "Ele tem segurança, mas nunca se sabe, não é?", diz ela. "É que tem muita gente que não gosta do doutor Mário."

Santa sabedoria popular.

sexta-feira, setembro 29, 2006

Só falta cair a última pedra.

Era Lula: O Brasil à beira de um golpe

DEBRASILIA.COM

A democracia é que é o verdadeiro regime de exceção na história do Brasil. Se reeleito, Lula pode fechar o Congresso e até sitiar São Paulo. Cassado, pode provocar o caos.

Em jantar com empresários, no dia 14 de setembro passado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi indagado por Eugênio Staub, presidente da Gradiente, sobre qual seria a sua estratégia para continuar com as reformas em seu segundo mandato, caso eleito. Segundo o jornalista Elio Gaspari, em sua coluna de domingo, 17, no jornal O Globo, Lula confessou: “Staub, não acorde o demônio que tem em mim, porque a vontade que dá é de fechar esse Congresso e fazer o que é preciso”. Diante do possível espanto de Staub (que apoiou Lula em 2002 por considerá-lo um estadista), Lula continuou falando mal do Congresso, que, segundo ele, ficará ainda pior com a eleição de Paulo Maluf e Clodovil. “Expressando-se na sua língua franca, deixou mal a mãe de pelo menos 20 notáveis nacionais”, ironiza Gaspari.

Segundo o jornalista, “a proposta golpista do demônio que Lula carrega consigo foi contestada pelos inúmeros convidados que a ouviram”. Mesmo assim, ela não parece ter sido mera expressão de desabafo. É provável que o presidente a debateu a sério com os empresários, uma vez que Elio Gaspari, na continuação do seu relato, diz que “Lula vê outro empecilho para o êxito do seu projeto: a imprensa”. Ou seja, se Lula não fechar o Congresso, não será por falta de vontade, mas de meios. E uma consagradora reeleição no primeiro turno, como as pesquisas estão indicando até agora, seria a sua maior arma contra as instituições.

Ainda que muito tardiamente, a imprensa começa a evidenciar um “viés autoritário” em Lula. E, mais uma vez, erra. Lula não tem um viés autoritário — ele é essencialmente autoritário. Elio Gaspari sabe muito bem disso, até por conhecer as entranhas da esquerda brasileira como seu melhor historiador, mas prefere usar de um eufemismo ao denunciar o protoditador que Lula é. Notem que Gaspari denuncia Lula de modo enviesado, atribuindo a “proposta golpista” não ao próprio presidente, mas ao “demônio que Lula carrega consigo”. Trata-se de um perdão antecipado para o operário sem pecado original, a quem a nação brasileira, por meio de 53 milhões de votos, deu carta branca para fazer o que quisesse. E o que o presidente Lula quer é governar como Fidel Castro governa Cuba, encarnando, sozinho, os Três Poderes da República. Daí a sua campanha renitente contra o Legislativo e o Judiciário desde o primeiro dia de seu mandato.

Lula dá mostras de que não se considera um presidente da República, mas o Imperador do Brasil. Mais do que eleito, ele se julga ungido, como se depreende de todos os seus discursos, em que sempre há uma frase ou outra denunciando essa concepção messiânica que ele tem de si mesmo. Como imperador ungido e não presidente eleito, ele não se julga obrigado a prestar contas ao povo, muito menos às instituições republicanas. (...)

Leia na íntegra

Com o Rabo Preso.

Os amigos do presidente.

Do Blog Cai Fora Lula
José Dirceu:
ex-ministro da Casa Civil no governo Lula, foi exonerado “a pedido”, depois que o deputado cassado Roberto Jefferson (PTB-RJ) o acusou de ser o chefe da quadrilha especializada em desviar dinheiro público e comprar apoio político, que passou a ser conhecido como “mensalão”. É o chefe da arapongagem petista e continua trabalhando para o PT nos bastidores, em contatos que vão desde Fidel Castro, Hugo Chávez, Evo Morales, até o presidente da Rússia, Vladimir Putin.

Gilberto Carvalho:
chefe-de-gabinete pessoal do presidente Lula. Na CPI dos Bingos, foi acusado pelos irmãos do prefeito assassinado Celso Daniel de participar do esquema de desvio de recursos de prefeituras petistas para financiar o caixa dois do partido (para as eleições de Lula e Marta Suplicy).

Antonio Palocci:
ex-ministro da Fazenda do governo Lula. É acusado de violar o sigilo bancário do caseiro Francenildo e de coordenar um esquema de fraudes em contratos municipais quando prefeito de Ribeirão Preto, SP. Candidato a deputado federal nas eleições de outubro.

Delúbio Soares:
ex-secretário de finanças do PT e tesoureiro da campanha presidencial de Lula em 2002. É acusado de ser o operador do mensalão.

José Genoíno:
ex-presidente do PT, é acusado de avalizar empréstimos que o PT fez junto a Marcos Valério.

Ricardo Berzoini:
presidente do PT, era coordenador nacional da campanha de reeleição de Lula. É acusado de ter autorizado a operação de compra e divulgação do dossiê contra os tucanos.

Sílvio José Pereira:
ex-secretário-geral do PT, é acusado de intermediar negócios de empresas junto ao governo em troca de benefícios, como um jipe Land Rover, recebido da GDK, uma empresa contratada da Petrobrás. No início do ano, afirmou ao jornal O Globo que a meta do PT era arrecadar R$ 1 bilhão e se manter longo tempo no poder. Na CPI dos Bingos negou tudo, alegando "confusão mental".

Luiz Gushiken:
atual secretário de Assuntos Estratégicos do governo petista, é acusado de gerir contratos que bancaram o “mensalão”. Como chefe da Secretaria de Comunicação do Governo (Secom), administrava boa parte dos contratos de publicidade da União. Foi denunciado pelo Ministério Público Federal como responsável pelo pagamento indevido e superfaturamento de contratos milionários de publicidade, que teriam desaguado nas contas de Marcos Valério e sido repassado a parlamentares e partidos. Perdeu o status de ministro, mas continua grudado a Lula no Palácio do Planalto.

Duda Mendonça:
marqueteiro da campanha de Lula em 2002. À CPI dos Correios, o apreciador de brigas de galo confessou ter recebido 10 milhões de reais do caixa dois do PT em uma conta no exterior.

João Paulo Cunha:
ex-presidente da Câmara dos Deputados. Por meio de sua mulher, sacou 50.000 reais das contas de Marcos Valério. Foi absolvido em plenário e tenta a reeleição.

Paulo Okamotto:
amigo íntimo de Lula, ex-tesoureiro de campanha e presidente do Sebrae. É acusado de ter pago dívidas pessoais de Lula e sua filha Lurian com dinheiro de origem suspeita.

Expedito Afonso Veloso:
ex-diretor do Banco do Brasil, filiado ao PT, trabalhava na campanha de reeleição de Lula. É acusado de ter confeccionado o dossiê e tê-lo repassado à família Vedoin.

Gedimar Pereira Passos:
membro do comitê de campanha de Lula, subordinado a Jorge Lorenzetti. É acusado de ter comprado, em nome do PT, o dossiê contra os tucanos.

Hamilton Lacerda:
ex-assessor de comunicação da campanha do candidato Aloizio Mercadante ao governo paulista. É acusado de ter contatado a revista Isto É para que divulgasse o dossiê.

Osvaldo Bargas:
amigo do presidente Lula desde os tempos do Sindicato dos Metalúrgicos e membro do comitê de campanha. Ex-dirigente da CUT, ex-secretário do ministério do Trabalho e ex-chefe de gabinete do ministério. Casado com Mônica Zerbinato, secretária particular de Lula. É acusado de ter coordenado a negociação do dossiê com Lorenzetti.

Jorge Lorenzetti:
churrasqueiro preferido de Lula, coordenava o "setor de inteligência" (arapongagem) de sua campanha. É acusado de ser um dos coordenadores da operação de montagem e compra do dossiê.

Freud Godoy:
segurança de Lula desde 1989. É acusado de ter providenciado o dinheiro para a compra do dossiê contra os tucanos.

João Magno:
ex-prefeito petista de Ipatinga, admitiu ter recebido R$ 350 mil de Marcos Valério. Absolvido em plenário, assistiu os passos da "dançarina da pizza", da deputada petista Angela Guadagnin, ex-prefeita de São José dos Campos.

Henrique Pizzolato:
ex-diretor de marketing do Banco do Brasil. Acusado de ter abastecido o esquema do mensalão em pelo menos R$ 10 milhões, através da Visanet.

Jorge Mattoso:
professor de Economia da Unicamp e ex-presidente da Caixa Econômica Federal. Responde a duas denúncias na Justiça: favorecimento à empresa Gtech, que operava o sistema informatizado de loterias da estatal, e participação na quebra do sigilo do caseiro Francenildo Costa.

José Mentor:
deputado petista candidato à reeleição, foi o relator que detonou a CPI do Banestado. Acusado de ter recebido R$ 120 mil de Marcos Valério, de beneficiar suspeitos de crimes investigados pela CPI do Banestado e de ter envolvimento com irregularidades em prefeituras petistas. É um dos 40 denunciados ("40 ladrões") pela Procuradoria-Geral da República.

Josias Gomes:
ex-presidente do PT da Bahia, admitiu ter recebido R$ 100 mil de Marcos Valério. Escapou do processo de cassação no plenário e tenta mais um mandato como deputado federal nas eleições de outubro.

Paulo Rocha:
deputado petista que renunciou ao mandato depois que houve a divulgação de que sua assessora Anita Leocádia teria recebido R$ 920 mil. Nega tudo e tenta voltar à Câmara em outubro.

Valdebran Carlos da Silva Padilha:
homem de confiança da família Vedoin para se aproximar dos petistas. Afirmou que seu contato com Gedimar, no casso do dossiê, foi feito através de Lorenzetti.

Waldomiro Diniz:
ex-subchefe de Assuntos Parlamentares da Presidência da República, foi filmado em 2002 pedindo propina ao empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, para manipular editais de licitação quando era presidente da Loterj. Na gravação, ele cita a governadora do Rio, Rosinha Matheus (PMDB), a ex-ministra Benedita da Silva (PT-RJ) e Geraldo Magela (PT-DF). Homem de confiança do ex-ministro José Dirceu, foi exonerado “a pedido” quando o escândalo veio à tona, em 2005.

Sem comentários...

JN

O Jornal Nacional lembrou bem, Alckmin, Cristovam e Heloísa exerciam a democracia participando do debate. Enfatizaram o fato do Lula ter avisado apenas às 19:00 sua não participação, demostrando mais uma vez sua arrogância. Fizeram ainda questão de mostrar os lances onde os candidatos lembravam a ausência do presidente e as perguntas que iriam fazer a ele, que não eram poucas e muito comprometedoras. Também praticamente não deram atenção ao comício que o barba participou durante o debate.

Apareceu finalmente o dinheiro da compra do dossiê. Márcio Tomaz Bastos e o PT fizeram de tudo para esconder, mas felizmente não conseguiram.

Basta torcer para que parte da população tenha compreedido tudo o que foi apresentado.

Você, leitor, pagava o salário de Hamilton

Blog do NOBLAT
Enquanto o coordenador de comunicação da campanha de Aloizio Mercadante (PT), Hamilton Lacerda, corria atrás de dossiês contra uns e outros, recebia em dia seu salário de R$ 4.515,00 pelo Senado. Sim!

Hamilton, araponga nas horas vagas, era assistente parlamentar de Mercadante e, ao mesmo tempo, fazia a campanha do senador ao governo de São Paulo, informa Felipe Recondo, repórter do Blog. Todas as atividades, incompatíveis umas com as outras, financiadas com o meu, o seu, o nosso dinheiro.

Hamilton só foi demitido na última terça-feira, seis dias depois de admitir sua participação no escândalo do dossiê. A exoneração está no Boletim do Senado desse dia. O ato nº 1897 é assinado pelo diretor-geral adjunto, José Alexandre Lima Grazineo.

Neste momento, Hamilton presta depoimento à Polícia Federal em São Paulo.

Taí a grana.

Finalmente sapareceu o dinheiro. É inacreditável o volume de notas.

quinta-feira, setembro 28, 2006

TV Globo confirma que Lula não irá ao debate

Estadao.com.br

O site da TV Globo informou no início da noite desta quinta-feira, por volta das 19h, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou, em telefonema, que não participará do debate eleitoral com os candidatos à Presidência da República, a partir das 22h de hoje na sede da emissora, no Rio de Janeiro. Segundo apurou a repórter Vera Rosa, do jornal O Estado de S. Paulo, o presidente Lula preferiu ir ao comício em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, o último de sua campanha. O comitê da campanha de Lula avaliou que sua presença no debate representaria um risco desnecessário às vésperas da eleição, no domingo. O presidente preferiu seguir para o comício em São Bernardo, berço do PT e cidade onde iniciou sua carreira no movimento sindical.

Vou ajudar, começa Lu e termina com La.

Ex-assessor de Mercadante entregou dinheiro para pagar por dossiê

Estadão.com.br
Operação da PF concluiu que Hamilton Lacerda, então assessor de Mercadante, entregou o dinheiro a Gedimar Passos e Valdebran Padilha, prova que liga o PT ao R$ 1,75 milhão destinado a pagar pelo dossiê antitucano

Hamilton Lacerda, ex-coordenador de comunicação da campanha de Aloizio Mercadante ao governo paulista, foi apontado pela PF como responsável pelo saque e pela entrega do dinheiro destinado à compra do dossiê Vedoin, que envolveria o tucano José Serra com a máfia dos sanguessugas. Hamilton entregou o malote com o dinheiro aos petistas Gedimar Passos e Valdebran Padilha no dia 14, no hotel Ibis, em São Paulo. Ambos foram presos no dia seguinte com R$ 1,75 milhão. A informação foi divulgada após uma análise dos vídeos do hotel, em São Paulo. Para a PF, esta é a prova definitiva que liga o PT à compra do dossiê.

O então coordenador de comunicação da campanha petista em São Paulo também intermediou as negociações com a revista IstoÉ para publicação do dossiê e da entrevista dos empresários Darci e Luiz Antônio Vedoin, chefes da máfia dos sanguessugas.

O delegado Diógenes Curado e o procurador Mário Lúcio Avelar estarão nesta quinta-feira, 28, em São Paulo, para interrogar Hamilton Lacerda.

Além de Hamilton, pelo menos mais um emissário foi designado pelo Diretório Nacional do PT para resgatar os dólares em São Paulo e no Rio. Esses emissários são o elo que faltava para fechar toda a cadeia de comando da operação, apelidada de ´Tabajara´ por causa da sucessão de trapalhadas montada pelo PT para prejudicar candidaturas tucanas.

Agora a PF já tem os nomes de todos os envolvidos na operação de recolhimento do dinheiro (R$ 1,16 milhão e US$ 248,8 mil) e sua entrega em duas remessas aos petistas Gedimar Passos e Valdebran Padilha, que acabaram presos com a quantia no Hotel Íbis, em São Paulo, no dia 15.

A divulgação das informações, com os nomes dos responsáveis e a tipificação dos crimes de cada um ainda depende de uma checagem final que está sendo feita pelo Ministério Público e a PF, além de uma consulta ao juiz federal Marcos Alves Tavares, ao qual o processo está submetido, uma vez que o caso corre sob segredo de Justiça porque envolve o sigilo bancário.

Até agora, sete petistas estão formalmente investigados como suspeitos de envolvimento direto com o escândalo. As diligências podem levar ao indiciamento de pelo menos outros cinco integrantes do partido. Eles devem responder a processo por crime eleitoral, ocultação de documentos de interesse da Justiça, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.

Bancos têm sigilo aberto

A Justiça Federal de Mato Grosso quebrou nesta quarta-feira o sigilo dos bancos Sofisa, Bradesco, Safra e BankBoston para rastrear a movimentação do dinheiro para compra de dossiê contra candidatos tucanos apreendido com petistas no dia 15. A medida permitirá que seja descoberta toda a rede de envolvidos no levantamento de fundos, na compra e na divulgação do dossiê destinado a prejudicar candidatos do PSDB nas eleições de domingo.

A PF descobriu que o Sofisa é o banco paulista que recebeu os dólares, procedentes de um banco de Miami (EUA), usados no pagamento à família Vedoin pelo dossiê antitucano. Dos outros três bancos, saíram os reais.

Por meio de nota, o Sofisa negou que tenha cometido qualquer irregularidade, seja na aquisição ou revenda dos dólares trazidos dos Estados Unidos. Alega ainda que seguiu rigorosamente as normas do Banco Central na operação e que não tem controle ou responsabilidade sobre o uso do dinheiro pelos clientes.

quarta-feira, setembro 27, 2006

PF encontra prova que liga PT ao dinheiro do dossiê

Estadão.com.br
A divulgação das informações, com os nomes dos responsáveis e a tipificação dos crimes de cada um, depende de uma checagem final

Após um dia de intensas buscas em casas de câmbio, bancos e instituições financeiras de São Paulo, a Polícia Federal encontrou a prova definitiva que liga o PT ao dinheiro - R$ 1,75 milhão - arrecadado pelo partido para pagar à família Vedoin pela compra e divulgação do dossiê contra o candidato ao governo de São Paulo pelo PSDB, José Serra. A PF já tem os nomes de todos os envolvidos na operação de recolhimento do dinheiro - R$ 1,16 milhão e R$ 248,8 mil - e sua entrega em duas remessas aos petistas Gedimar Passos e Valdebran Padilha, que se encontravam hospedados no hotel Íbis, próximo ao aeroporto de Congonhas. A PF descobriu que pelo menos dois emissários designados pelo Diretório Nacional do PT ficaram encarregados de resgatar os dólares nessas casas de câmbio e os reais em agências de três bancos em São Paulo e no Rio. Esses emissários são o elo para fechar toda a cadeia de comando da operação.

Até agora, sete petistas estão formalmente investigados como suspeitos de envolvimento direto com o escândalo. As diligências desta quarta podem levar ao indiciamento de pelo menos outros cinco integrantes do partido. Eles devem responder a processo por crime eleitoral, ocultação de documentos de interesse da justiça, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.

A divulgação das informações, com os nomes dos responsáveis e a tipificação dos crimes de cada um, todavia, depende de uma checagem final que está sendo feita pelo Ministério Público e a PF, além de uma consulta ao juiz federal Marcos Alves Tavares, ao qual o processo está submetido, uma vez que o caso corre sob segredo de justiça.

Gedimar e Valdebran foram presos pela PF no dia 15 de setembro último, por ordem judicial, no momento em que aguardavam a chegada do empresário Paulo Trevisan, emissário da família Vedoin, para efetuar a troca do dinheiro pelo dossiê.

A identificação da procedência dos dólares foi facilitada porque as cédulas eram virgens, estavam em série numerada e os dois maços em que foram encontradas eram embalados em fitas do Bureau of Engraving and Printing (BEP), espécie de Casa da Moeda americana. O rastreamento e a identificação completa da operação, até a remessa física do dinheiro ao Brasil, foram feitos em apenas cinco dias pelo governo dos EUA.

Os dólares fazem parte de um lote de R$ 1,75 milhão apreendido com os dois petistas. Eles confessaram, em depoimento à PF que o dinheiro, levantado pelo PT, seria usado para comprar um dossiê da família Vedoin, com o objetivo de envolver o candidato tucano ao governo de São Paulo, José Serra, com a máfia dos sanguessugas.

A Polícia Federal já havia levantado que parte dos dólares apreendidos pertencia a um lote de US$ 25 milhões fabricado pela casa da moeda americana em abril deste ano, conforme antecipou o Estado. O lote fora distribuído para bancos de Nova York e do Estado da Flórida.

No momento em que ocorreu a prisão, Valdebran estava de posse de US$ 109,8 mil e R$ 758 mil, enquanto Gedimar detinha US$ 139 mil e mais R$ 410 mil. Quanto à parte do dinheiro em reais (R$ 1,16 milhão), o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) informou que só deverá esclarecer sua origem depois da eleição de domingo.

Até agora, só se sabe da origem de R$ 25 mil, dos quais R$ 15 mil foram sacados na agência do Bradesco no bairro da Barra Funda, em São Paulo; R$ 5 mil na agência do BankBoston no bairro da Lapa, também na capital paulista, e R$ 5 mil no Banco Safra.

OAB diz que Lula constrange PF no caso do dossiê

Estadão.com.br
Para vice-presidente da OAB, manifestações de Lula sugerem que a PF receberá pressão do governo na hora de divulgar os resultados das investigações

O vice-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Aristoteles Atheniense, criticou, em entrevista à BBC Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva por fazer declarações que estariam constrangendo a investigação da Polícia Federal sobre o escândalo da compra de dossiês.

“O presidente tem manifestado que ninguém pode ser considerado suspeito antes do fim das investigações, o que é um absurdo, pois coloca em dúvida a independência das conclusões da Polícia Federal”, afirmou Atheniense.

Segundo ele, as manifestações de Lula e do ministro da Justiça, Marcio Thomaz Bastos, dificultam o trabalho da Polícia Federal, pois sugerem que a instituição receberá pressão do governo na hora de divulgar os resultados das investigações.

“Eu acredito que a Polícia Federal tem total independência na hora de apurar e de decidir a estratégia de investigação. Mas na hora de apontar resultados, de ‘dar nome aos bois’ e de concretizar as denúncias, ela fica subordinada, pois o superintendente está abaixo do ministro da Justiça, que está abaixo do presidente.”(...)

Ahhh, fala sério!!!

Estadão Online
A três dias das eleições, PT planeja aumentar valor do Bolsa-Família
O programa de governo na área de segurança alimentar não fala em valores, percentuais ou ampliação do programa, mas aponta o reajuste como ação central.(...)

O desespero está batendo nos petistas. Daqui a pouco vão dizer que vão pagar um salário-mínimo pra cada brasileiro.
Eles estão institucionalizando a compra de votos.

Mais 4 Nããããoooo!!!!

terça-feira, setembro 26, 2006

Quer se passar por santo.

A ceia de Lula

Folha de São Paulo

Coitado do presidente Lula. Acabou em situação bem pior que a de Jesus Cristo, com o qual gosta de se comparar. Para começar, Cristo, mesmo sendo filho de Deus e, portanto, com poderes talvez maiores que Lula, teve só um traidor, o tal de Judas. Já Lula é traído dia sim, o outro também, por um monte de seus apóstolos. A lista de traidores ainda não foi oficialmente divulgada pelo próprio Cris, ops, Lula, mas o procurador-geral da República o fez por ele, incluindo 40 nomes. E ainda não havia começado a, digamos, ceia mais recente, comumente chamada de "dossiegate", que só fez aumentar o número de companheiros de Judas (companheiros aí tem, sim, duplo sentido). O que torna a saga de Lula ainda mais terrível que a de Cristo é o fato de que Judas pelo menos aumentou a renda per capita dos apóstolos, ao vender-se por 30 dinheiros para entregar o Mestre. Já os Judas do lulo-petismo não se venderam. Compraram ou tentaram comprar não o Mestre, mas um dossiezinho merreca -e por 1,7 milhão de dinheiros. Se tivessem feito um cursinho na escola dos vendilhões do templo, talvez fossem mais bem sucedidos do que ao freqüentar apenas a escola de inteligência da campanha Lula. O presidente leva vantagem, no entanto, em um quesito: Pedro, um dos apóstolos, apertado, entregou o ouro, ao negar Cristo três vezes. Já os neo-Judas do lulo-petismo não entregam nem sob tortura a origem do dinheiro que usaram na operação. Vai ver que, se contarem tudo, não sobra nenhum apóstolo para cear com Cristo-Lula. Ele já perdeu, aliás, o churrasqueiro oficial da turma, sinal de modernidade, já que, antes, era só pão e vinho. E nem era Romanée-Conti.

segunda-feira, setembro 25, 2006

Tá cada dia mais difícil esconder.

Lula, Mercadante e Lorenzetti são sócios em ONG de São Paulo

Folha de São Paulo
Mais do que o churrasqueiro das festas petistas, Jorge Lorenzetti, suspeito de participar da compra do dossiê contra tucanos, aparece como sócio do presidente Lula e de Aloizio Mercadante numa ONG de São Paulo fundada em 1989.
Pelo site da Receita a entidade, a RCT (Rede de Comunicação dos Trabalhadores), continua ativa. Participam da ONG outros envolvidos no caso do dossiê: o presidente do PT, Ricardo Berzoini, e seu ex-secretário no Trabalho Oswaldo Bargas. No total, a lista de fundadores chega a 53 petistas e tem como secretário o atual ministro do Trabalho, Luiz Marinho, chefe da pasta que enviou recursos a outra ONG ligada a Lorenzetti, a Unitrabalho.
Lorenzetti é diretor administrativo do Besc (Banco do Estado de Santa Catarina), controlado pela União. Foi indicado ao cargo em 2005 por Lula, segundo a assesssoria do banco. Ele está afastado desde agosto para atuar na campanha.
Conforme a Folha revelou em maio, a RCT também atuava no mercado com o nome de TVT e trabalhou irregularmente na prefeitura de São José dos Campos, então do PT.
Mesmo sem contrato, vencido por outra empresa, a ONG participou de campanhas publicitárias. Não há registro de quanto a ONG levou dos R$ 6 milhões repassados à Contexto, responsável pelo contrato.
Pela ata registrada em cartório, Lula sabia da atuação da ONG em São José dos Campos e tratou dela em reunião de 1º de julho de 1996. Bargas estava na reunião.

domingo, setembro 24, 2006

Veja - André Petry

Um domingo espanhol

"Quando o eleitor percebe que está sendo vítima de manipulação, que o governante é um enganador, levanta-se – e usa as urnas para mandar seu recado. Num bordel, isso não existe"

Em março de 2004, faltando poucos dias para a eleição na Espanha, aconteceu um terrível atentado que matou 191 pessoas em Madri. Logo o governo conservador de José María Aznar tentou manipular o episódio eleitoralmente – já sabia que as bombas eram obra do terrorismo islâmico, mas mesmo assim difundiu a falsa informação de que eram coisa de terroristas bascos. Achava que, sendo o atentado obra dos separatistas bascos, seu rival, o socialista José Luis Rodríguez Zapatero, sofreria prejuízos eleitorais. Antes do atentado, as pesquisas, inclusive, davam vantagem aos partidários de Aznar. O mundo lhe parecia perfeito. Mas a tática de ludibriar o eleitorado espanhol revelou-se um rombo pela culatra: os espanhóis descobriram a manobra e viraram as pesquisas. Zapatero foi eleito. Está no poder até hoje.

O episódio serve para mostrar a diferença entre um país e um bordel. Um país é assim: quando seu eleitorado percebe que está sendo vítima de manipulação, quando tem evidências de que o governante é um enganador, levanta-se – e usa as urnas para mandar seu recado. Num bordel, isso não existe.

O escândalo do dossiê é uma excelente oportunidade para o eleitorado brasileiro mostrar que vive num país. Nem precisa virar a eleição. Basta que, com seu voto, provoque a realização de um segundo turno na eleição presidencial. Basta que os eleitores envergonhados, aquela massa com pleno acesso à informação que vota em Lula mas não conta a ninguém, façam uma concessão ao tempo e uma homenagem ao debate. A esta altura, é o mínimo que um país, um país de verdade, poderia fazer.

Isso não significa que Lula não possa ser reeleito. Pelas regras do jogo, é claro que pode, desde que tenha mais votos que seu adversário. Talvez até venha mesmo a ser reeleito, a julgar pelo que informam as pesquisas. A questão é que um segundo turno, mesmo que não mude o resultado final da eleição, mesmo que acabe dando vitória a Lula e sacramentando a derrota de Geraldo Alckmin, mesmo assim, ajudaria a deixar o Brasil mais parecido com um país decente, no qual a sociedade pergunta e o candidato responde.

O segundo turno é entre dois candidatos e, nessas condições, fica mais difícil para qualquer um deles negar-se aos debates na televisão. Assim, vira uma chance de diálogo com o país: o presidente poderia explicar muitas coisas do passado e algumas coisas do presente. Se quisesse, numa resposta só, falar do passado e do presente, poderia explicar por que todo escândalo produzido pelo gangsterismo petista sempre chega às vizinhanças de seu gabinete no Palácio do Planalto. Por quê?

O segundo turno ainda tem a vantagem de evitar o triunfo da arrogância. Resolvendo a parada já no próximo domingo, Lula talvez se sinta revigorado para retomar a defesa da tese de que tudo – o mensalão, os bingos, o lixo, o caseiro, as cartilhas, o dossiê... – não passou de conspirata da elite.

O Brasil ganharia se fizesse um domingo espanhol.

Veja - Diogo Mainardi

IstoÉ, a mais vendida

"Fim de agosto. Base aérea de Congonhas. Lula se encontra com Domingo Alzugaray, dono da IstoÉ. O encontro está fora da agenda presidencial. Alzugaray se lamenta dos problemas financeiros da revista. Lula pergunta como pode ajudá-lo..."

Fim de agosto. Base aérea de Congonhas. Lula se encontra com Domingo Alzugaray, dono da IstoÉ. O encontro está fora da agenda presidencial. Alzugaray se lamenta dos problemas financeiros da revista. Sabe como é: salários atrasados, contas penduradas com o fornecedor de papel e com a gráfica. Lula pergunta como pode ajudá-lo. Alzugaray sugere o pagamento imediato de uma série de encartes encomendados pela Petrobras. Valor total: 13 milhões de reais. Lula promete se interessar pelo assunto. Duas semanas depois, a IstoÉ publica a matéria de capa com os Vedoin, incriminando os opositores de Lula.

Quem relatou o encontro confidencial entre Lula e Alzugaray foi o editor da sucursal brasiliense da IstoÉ, Mino Pedrosa. E quem o relatou a mim foi o PFL. Creio que seja verdade. Creio em tudo o que contam de ruim a respeito de Lula. O que posso garantir é que a imprensa lulista funciona assim mesmo. O presidente manda. O jornalista publica. O contribuinte paga. Aborreci um monte de gente para tentar descobrir se a IstoÉ foi socorrida pela Petrobras nas últimas semanas. Ninguém soube me dizer. Os gastos em publicidade da Petrobras competem somente a ela mesma. O presidente manda. O jornalista publica. O contribuinte paga. Mas nunca fica sabendo onde foi parar o tutu. É o esquema perfeito. A IstoÉ foi acusada por seu próprio editor de ter vendido a matéria de capa com os Vedoin. Quem forneceu o dinheiro? Meu conselho é perguntar ao diretor de marketing da Petrobras, Wilson Santa Rosa. Ele é homem da CUT, como muitos dos que foram pegos em flagrante nessa trama golpista. E é amigo de José Dirceu. Sempre desconfio de quem é da CUT e amigo de José Dirceu.

Um dos principais petistas implicados na compra de matéria da IstoÉ foi Hamilton Lacerda. Ele era coordenador da campanha de Aloizio Mercadante. Foi afastado depois de admitir que negociou a entrevista com os Vedoin. O repórter Ricardo Brandt descobriu que Lacerda "atuou como intermediador de contratos da Petrobras com órgãos de imprensa". Esses fatos esclareceriam o que aconteceu desde o encontro de Lula com Domingo Alzugaray na base aérea de Congonhas até hoje. Lacerda era o responsável pela propaganda eleitoral de Mercadante. A produtora que faz a propaganda eleitoral de Mercadante é a VBC. VBC... VBC... O nome é familiar. É a mesma VBC que se meteu no escândalo do lixo de Marta Suplicy? É a mesma VBC que produziu farto material de propaganda da Petrobras, incluindo um documentário de três horas sobre o Pantanal? Sim. É a mesma VBC. Esse é o único lado bom do PT: seus enredos criminosos sempre fecham. Tanto que, nesse episódio da matéria da IstoÉ, já apareceram pessoas envolvidas com Celso Daniel, valerioduto, diretoria do Banco do Brasil, ONGs do Ministério do Trabalho, contratos de publicidade, Delúbio Soares, sanguessugas. De um jeito ou de outro, tudo se encaixa. Tudo remete a Lula e a José Dirceu.

Lula ainda pode se eleger. No segundo turno. Se ele for eleito, cedo ou tarde seu mandato será cassado. Porque sua campanha usou dinheiro ilegal. Nos últimos anos, peguei no pé dos jornalistas alinhados com o PT. Foi burrice minha. A imprensa lulista é o melhor produto nacional. Primeiro derrubou Antonio Palocci. Agora vai derrubar Lula. Alguém aí quer me comprar?

Eu sei,...

Dossiêgate: MP aciona judicialmente Coaf e BC

Blog Josias de Souza
O juiz Marcos Tavares, da 1ª Vara Federal de Mato Grosso, recebe nesta segunda-feira uma petição do Ministério Público Federal relacionada ao dossiêgate. Pede-se ao juiz que ordene a dois órgãos públicos – o Coaf e o Banco Central — o rastreamento do dinheiro que o PT usaria para comprar um dossiê contra os tucanos José Serra e Geraldo Alckmin.

O dinheiro foi apreendido pela Polícia Federal no dia 15 de setembro. Estava com dois petistas presos no instante em que negociavam o dossiê no Hotel Íbis, em São Paulo: o empreiteiro e lobista Valdebran Padilha, que falava em nome da família Vedoin, comandante da gang dos sanguessugas, e Gedimar Passos, encarregado de fazer o pagamento. Retiveram-se R$ 1,168 milhão e US$ 248 mil. O que dá algo em torno de R$ 1,7 milhão.

Por trás da requisição do Ministério Público há uma suspeita não explicitada publicamente: o receio de que o governo esteja retardando a investigação sobre a origem do dinheiro para evitar constrangimentos à campanha reeleitoral de Lula. Estranha-se, sobretudo, o silêncio do Coaf, órgão do Ministério da Fazenda incumbido de rastrear toda e qualquer movimentação financeira acima de R$ 100 mil.

O blog apurou que, na última terça-feira, o procurador Mario Lúcio Avelar, que acompanha o caso pelo Ministério Público, conversou com o delegado Diógenes Curado Filho, escalado pela Polícia Federal para presidir o inquérito do dossiêgate. Avelar perguntou a Curado Filho sobre as providências adotadas para refazer a trilha do dinheiro. O delegado informou que o assunto estava encaminhado. Mas nenhuma informação havia aportado no processo até a noite de segunda-feira.

O fato contrasta com a impressão de agilidade que a Polícia Federal empenhou-se em difundir ao longo da semana. Vendera-se a idéia de que o rastreamento da dinheirama seria feito em tempo recorde. Informou-se, primeiro, que já haviam sido detectadas as casas bancárias de cujos guichês os reais teriam sido sacados: Bradesco, Safra e BankBoston. Divulgou-se depois, a suposta localização das agências: ficariam em São Paulo, nos bairros Barra Funda e Lapa; e no Rio, em Duque de Caxias.

Súbito, no meio da semana, a Polícia Federal deslocou de Mato Grosso para Brasília a parte da investigação relacionada ao dinheiro. Incumbiu-se da tarefa o delegado Luiz Flávio Zampronha, mais próximo do diretor-geral da PF, Paulo Lacerda. Zampronha é o delegado que atuou no caso do mensalão.

Na sexta-feira, o procurador Mario Lúcio e o delegado Diógenes Filho encontraram-se em Brasília. Foram ouvir depoimentos de petistas enredados na operação de compra do dossiê. Incomodado com a demora no rastreamento do dinheiro, o procurador revelou a intenção de recorrer à Justiça para mover as engrenagens do Coaf e do BC. O delegado assentiu.

A petição foi redigida no mesmo dia. Diógenes Filho ficou de encaminhá-la a Marcos Tavares, o juiz matogrossense, nesta segunda-feira. Em conversa com um amigo, Mário Lúcio disse que estará atento ao setor de protocolo da 1ª Vara da Justiça Federal de Mato Grosso. Caso o documento que redigiu não dê entrada, como combinado, ele tomará sozinho a iniciativa.