Era Lula: O Brasil à beira de um golpe
A democracia é que é o verdadeiro regime de exceção na história do Brasil. Se reeleito, Lula pode fechar o Congresso e até sitiar São Paulo. Cassado, pode provocar o caos.
Em jantar com empresários, no dia 14 de setembro passado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi indagado por Eugênio Staub, presidente da Gradiente, sobre qual seria a sua estratégia para continuar com as reformas em seu segundo mandato, caso eleito. Segundo o jornalista Elio Gaspari, em sua coluna de domingo, 17, no jornal O Globo, Lula confessou: “Staub, não acorde o demônio que tem em mim, porque a vontade que dá é de fechar esse Congresso e fazer o que é preciso”. Diante do possível espanto de Staub (que apoiou Lula em 2002 por considerá-lo um estadista), Lula continuou falando mal do Congresso, que, segundo ele, ficará ainda pior com a eleição de Paulo Maluf e Clodovil. “Expressando-se na sua língua franca, deixou mal a mãe de pelo menos 20 notáveis nacionais”, ironiza Gaspari.
Segundo o jornalista, “a proposta golpista do demônio que Lula carrega consigo foi contestada pelos inúmeros convidados que a ouviram”. Mesmo assim, ela não parece ter sido mera expressão de desabafo. É provável que o presidente a debateu a sério com os empresários, uma vez que Elio Gaspari, na continuação do seu relato, diz que “Lula vê outro empecilho para o êxito do seu projeto: a imprensa”. Ou seja, se Lula não fechar o Congresso, não será por falta de vontade, mas de meios. E uma consagradora reeleição no primeiro turno, como as pesquisas estão indicando até agora, seria a sua maior arma contra as instituições.
Ainda que muito tardiamente, a imprensa começa a evidenciar um “viés autoritário” em Lula. E, mais uma vez, erra. Lula não tem um viés autoritário — ele é essencialmente autoritário. Elio Gaspari sabe muito bem disso, até por conhecer as entranhas da esquerda brasileira como seu melhor historiador, mas prefere usar de um eufemismo ao denunciar o protoditador que Lula é. Notem que Gaspari denuncia Lula de modo enviesado, atribuindo a “proposta golpista” não ao próprio presidente, mas ao “demônio que Lula carrega consigo”. Trata-se de um perdão antecipado para o operário sem pecado original, a quem a nação brasileira, por meio de 53 milhões de votos, deu carta branca para fazer o que quisesse. E o que o presidente Lula quer é governar como Fidel Castro governa Cuba, encarnando, sozinho, os Três Poderes da República. Daí a sua campanha renitente contra o Legislativo e o Judiciário desde o primeiro dia de seu mandato.
Lula dá mostras de que não se considera um presidente da República, mas o Imperador do Brasil. Mais do que eleito, ele se julga ungido, como se depreende de todos os seus discursos, em que sempre há uma frase ou outra denunciando essa concepção messiânica que ele tem de si mesmo. Como imperador ungido e não presidente eleito, ele não se julga obrigado a prestar contas ao povo, muito menos às instituições republicanas. (...)
Leia na íntegra
Em jantar com empresários, no dia 14 de setembro passado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi indagado por Eugênio Staub, presidente da Gradiente, sobre qual seria a sua estratégia para continuar com as reformas em seu segundo mandato, caso eleito. Segundo o jornalista Elio Gaspari, em sua coluna de domingo, 17, no jornal O Globo, Lula confessou: “Staub, não acorde o demônio que tem em mim, porque a vontade que dá é de fechar esse Congresso e fazer o que é preciso”. Diante do possível espanto de Staub (que apoiou Lula em 2002 por considerá-lo um estadista), Lula continuou falando mal do Congresso, que, segundo ele, ficará ainda pior com a eleição de Paulo Maluf e Clodovil. “Expressando-se na sua língua franca, deixou mal a mãe de pelo menos 20 notáveis nacionais”, ironiza Gaspari.
Segundo o jornalista, “a proposta golpista do demônio que Lula carrega consigo foi contestada pelos inúmeros convidados que a ouviram”. Mesmo assim, ela não parece ter sido mera expressão de desabafo. É provável que o presidente a debateu a sério com os empresários, uma vez que Elio Gaspari, na continuação do seu relato, diz que “Lula vê outro empecilho para o êxito do seu projeto: a imprensa”. Ou seja, se Lula não fechar o Congresso, não será por falta de vontade, mas de meios. E uma consagradora reeleição no primeiro turno, como as pesquisas estão indicando até agora, seria a sua maior arma contra as instituições.
Ainda que muito tardiamente, a imprensa começa a evidenciar um “viés autoritário” em Lula. E, mais uma vez, erra. Lula não tem um viés autoritário — ele é essencialmente autoritário. Elio Gaspari sabe muito bem disso, até por conhecer as entranhas da esquerda brasileira como seu melhor historiador, mas prefere usar de um eufemismo ao denunciar o protoditador que Lula é. Notem que Gaspari denuncia Lula de modo enviesado, atribuindo a “proposta golpista” não ao próprio presidente, mas ao “demônio que Lula carrega consigo”. Trata-se de um perdão antecipado para o operário sem pecado original, a quem a nação brasileira, por meio de 53 milhões de votos, deu carta branca para fazer o que quisesse. E o que o presidente Lula quer é governar como Fidel Castro governa Cuba, encarnando, sozinho, os Três Poderes da República. Daí a sua campanha renitente contra o Legislativo e o Judiciário desde o primeiro dia de seu mandato.
Lula dá mostras de que não se considera um presidente da República, mas o Imperador do Brasil. Mais do que eleito, ele se julga ungido, como se depreende de todos os seus discursos, em que sempre há uma frase ou outra denunciando essa concepção messiânica que ele tem de si mesmo. Como imperador ungido e não presidente eleito, ele não se julga obrigado a prestar contas ao povo, muito menos às instituições republicanas. (...)
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Um comentário:
Sou apolítico, mas não suporto mentiras.
Ontem vi estórias na TV e fiquei de cabelo em pé.
Leiam com atenção o anexo e confiram vocês mesmos.
Tem tudo para gerar um boa matéria, pois envolve o MST, falso apelo popular, muito dinheiro no lixo, interesses de empresas, combustível "sumido", segredo em Estatal, e até investimentos regionais.
Confiram e veja vocês mesmos. Chequem e concluam vocês mesmo.
Afinal nos últimos cem anos o Petróleo já derrubou muitos Governos e até matou gente como o Enrico Mattei, e isso não permite acreditar que o Brasil seja excessão.
Confiram.
As mentiras em relação ao Biodiesel
1. O Biodiesel foi inventado por brasileiros.
Rudolf Diesel, alemão, inventor do motor diesel, já em 1902 fez seus testes com óleo de amendoim, ou seja biodiesel, e em 1912 previu que no futuro diversos óleos vegetais seriam usados nesses motores. Isso não aconteceu porque o preço barato do petróleo até a poucos anos não tem incentivado o uso de óleos vegetais.
2. O Brasil é líder mundial em Biodiesel
A Petrobras/ANP nos últimos anos (2005 e 2006) fez duas licitações para compra de biodiesel, totalizando 266 mil metros cúbitos, que corresponde em peso a 208 mil toneladas métricas, sendo que houve grande atraso nas entregas e nem se sabe se, e como foram entregues e utilizadas.
Mesmo com a produção concentrada em pequenos países com menos potencial agrícola que o Brasil, em 2004 a União Européia já estava produzindo 1 milhão e novecentos mil toneladas métricas, e previa atingir em 2006, 3 milhões e oitocentas mil toneladas, ou seja, 18 vezes mais que o Brasil hoje, graças a falta de ação e políticas erradas de Governo.
3. A planta pioneira de biodiesel foi no Piauí.
Desde 2003 e 2004 as empresas particulares, a ECOMAT no Mato Grosso e a AGROPALMA no Pará são os grandes pioneiras que receberam pouco incentivo do Governo.
A planta do Piauí prevê o uso de mamona como principal insumo.
4. Incentivos fiscais feitos pelo Governo.
Os planos de incentivos do Governo obrigam que as empresas que produzem o biodiesel tenham que comprar os insumos de uma CPA. A maioria das CPA são cooperativas agrícolas que tem sido a proposta do MST para viabilizar assentamentos de terras devolutas. Já em 2003 o MST dizia estar no controle de 49 CPAs.
Dessa forma haveria uma transferência disfarçada através da industria do biodiesel diretamente para o MST. Já que só quem comprasse esse insumo teria como vender a Petrobras, que tem o monopólio da mistura.
5. O H Bio foi descoberto na Petrobrás durante o governo Lula.
Esclarecendo, H BIO não é um produto, é um processo. No final dele resulta apenas diesel convencional e poluente, não um produto biocompatível. É um processo que utiliza uma grande Refinaria de Petróleo e barris de petróleo, que numa fase do processo de refino é adicionado qualquer óleo vegetal, até o de mamona.
O Brasil é carente em Refinarias de Petróleo, e o investimento é tão alto, que fazem 10 anos que o país vem discutindo como e aonde será a próxima.
A economia discutível do processo só aumenta um pouco a produção do diesel da refinaria a custo de óleo vegetal comprado a preço elevado. Os dados dessa economia duvidosa ficam fechados a sete chaves pela Petrobras, sem comprovação.
Não existe especificação do H Bio, nem a Petrobras requereu qualquer patente internacional do processo “inventado”.
Sabe-se, no entanto pela própria Petrobras, que o processo foi obtido na Refinaria de Manaus em 1998, e não no governo Lula.
6. O combustível fornecido hoje já tem 2% de biodiesel.
A própria ANP divulgou que em 2002 o Brasil consumiu 37.615.692 metros cúbicos de diesel, ou seja, mesmo assumindo que não teria haviado aumento no consumo, seriam necessários 740 mil metros cúbicos de biodiesel para isso ser verdade. Como compraram só 266 mil, ficam faltando quase 500 mil metros cúbicos. Quem será que teria fornecido esse “biocombustível fantasma”? Essa é apenas mais uma bravata antes da eleição?
7. Biodiesel foi testado em refinarias, usando mamona.
Refinarias de Petróleo não produzem BIODIESEL. A confusão é evidente entre o H Bio e o biodiesel, produzidos de forma diferente, que são processos diferentes, com vantagens diferentes.
8. O programa do Biodiesel do Governo e Petrobras hoje é viável.
Agricultores sérios, sejam pequenos ou grandes, não usariam suas terras para plantar mamona.
O preço que a Petrobras pagou R$ 1,90 por metro cúbico pelo biodiesel é muito maior que o definido como máximo pelo próprio estudo interministerial que estudou o Biodiesel, que seria de R$ 0,902 para o insumo mais caro, a soja.
Esse preço pago corresponde a 140 dólares o barril, um preço exorbitante, pois vão ser ainda adicionados nele o PIS/CONFINS, CIDE, ICMS, Margem da refinaria, Margem do distribuidor e Margem da comercialização...
Com toda essa carga tributária, esse produto teria que ser vendido pelo dobro do preço projetado.
Finalizando, trabalho feito na Universidade do Ceará, mesmo tentando ao máximo nas suas 178 páginas detalhadas achar uma alternativa, o trabalho de Mestrado sobre o biodiesel usando mamona conclui com precisão:
“A análise das transações nos segmentos de produção agrícola da mamona e produção do óleo identificou ineficiência competitiva do sistema, motivada pelos altos custos de transação...”
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