Dossiêgate: MP aciona judicialmente Coaf e BC
Blog Josias de Souza
O juiz Marcos Tavares, da 1ª Vara Federal de Mato Grosso, recebe nesta segunda-feira uma petição do Ministério Público Federal relacionada ao dossiêgate. Pede-se ao juiz que ordene a dois órgãos públicos – o Coaf e o Banco Central — o rastreamento do dinheiro que o PT usaria para comprar um dossiê contra os tucanos José Serra e Geraldo Alckmin.
O dinheiro foi apreendido pela Polícia Federal no dia 15 de setembro. Estava com dois petistas presos no instante em que negociavam o dossiê no Hotel Íbis, em São Paulo: o empreiteiro e lobista Valdebran Padilha, que falava em nome da família Vedoin, comandante da gang dos sanguessugas, e Gedimar Passos, encarregado de fazer o pagamento. Retiveram-se R$ 1,168 milhão e US$ 248 mil. O que dá algo em torno de R$ 1,7 milhão.
Por trás da requisição do Ministério Público há uma suspeita não explicitada publicamente: o receio de que o governo esteja retardando a investigação sobre a origem do dinheiro para evitar constrangimentos à campanha reeleitoral de Lula. Estranha-se, sobretudo, o silêncio do Coaf, órgão do Ministério da Fazenda incumbido de rastrear toda e qualquer movimentação financeira acima de R$ 100 mil.
O blog apurou que, na última terça-feira, o procurador Mario Lúcio Avelar, que acompanha o caso pelo Ministério Público, conversou com o delegado Diógenes Curado Filho, escalado pela Polícia Federal para presidir o inquérito do dossiêgate. Avelar perguntou a Curado Filho sobre as providências adotadas para refazer a trilha do dinheiro. O delegado informou que o assunto estava encaminhado. Mas nenhuma informação havia aportado no processo até a noite de segunda-feira.
O fato contrasta com a impressão de agilidade que a Polícia Federal empenhou-se em difundir ao longo da semana. Vendera-se a idéia de que o rastreamento da dinheirama seria feito em tempo recorde. Informou-se, primeiro, que já haviam sido detectadas as casas bancárias de cujos guichês os reais teriam sido sacados: Bradesco, Safra e BankBoston. Divulgou-se depois, a suposta localização das agências: ficariam em São Paulo, nos bairros Barra Funda e Lapa; e no Rio, em Duque de Caxias.
Súbito, no meio da semana, a Polícia Federal deslocou de Mato Grosso para Brasília a parte da investigação relacionada ao dinheiro. Incumbiu-se da tarefa o delegado Luiz Flávio Zampronha, mais próximo do diretor-geral da PF, Paulo Lacerda. Zampronha é o delegado que atuou no caso do mensalão.
Na sexta-feira, o procurador Mario Lúcio e o delegado Diógenes Filho encontraram-se em Brasília. Foram ouvir depoimentos de petistas enredados na operação de compra do dossiê. Incomodado com a demora no rastreamento do dinheiro, o procurador revelou a intenção de recorrer à Justiça para mover as engrenagens do Coaf e do BC. O delegado assentiu.
A petição foi redigida no mesmo dia. Diógenes Filho ficou de encaminhá-la a Marcos Tavares, o juiz matogrossense, nesta segunda-feira. Em conversa com um amigo, Mário Lúcio disse que estará atento ao setor de protocolo da 1ª Vara da Justiça Federal de Mato Grosso. Caso o documento que redigiu não dê entrada, como combinado, ele tomará sozinho a iniciativa.
O juiz Marcos Tavares, da 1ª Vara Federal de Mato Grosso, recebe nesta segunda-feira uma petição do Ministério Público Federal relacionada ao dossiêgate. Pede-se ao juiz que ordene a dois órgãos públicos – o Coaf e o Banco Central — o rastreamento do dinheiro que o PT usaria para comprar um dossiê contra os tucanos José Serra e Geraldo Alckmin.
O dinheiro foi apreendido pela Polícia Federal no dia 15 de setembro. Estava com dois petistas presos no instante em que negociavam o dossiê no Hotel Íbis, em São Paulo: o empreiteiro e lobista Valdebran Padilha, que falava em nome da família Vedoin, comandante da gang dos sanguessugas, e Gedimar Passos, encarregado de fazer o pagamento. Retiveram-se R$ 1,168 milhão e US$ 248 mil. O que dá algo em torno de R$ 1,7 milhão.
Por trás da requisição do Ministério Público há uma suspeita não explicitada publicamente: o receio de que o governo esteja retardando a investigação sobre a origem do dinheiro para evitar constrangimentos à campanha reeleitoral de Lula. Estranha-se, sobretudo, o silêncio do Coaf, órgão do Ministério da Fazenda incumbido de rastrear toda e qualquer movimentação financeira acima de R$ 100 mil.
O blog apurou que, na última terça-feira, o procurador Mario Lúcio Avelar, que acompanha o caso pelo Ministério Público, conversou com o delegado Diógenes Curado Filho, escalado pela Polícia Federal para presidir o inquérito do dossiêgate. Avelar perguntou a Curado Filho sobre as providências adotadas para refazer a trilha do dinheiro. O delegado informou que o assunto estava encaminhado. Mas nenhuma informação havia aportado no processo até a noite de segunda-feira.
O fato contrasta com a impressão de agilidade que a Polícia Federal empenhou-se em difundir ao longo da semana. Vendera-se a idéia de que o rastreamento da dinheirama seria feito em tempo recorde. Informou-se, primeiro, que já haviam sido detectadas as casas bancárias de cujos guichês os reais teriam sido sacados: Bradesco, Safra e BankBoston. Divulgou-se depois, a suposta localização das agências: ficariam em São Paulo, nos bairros Barra Funda e Lapa; e no Rio, em Duque de Caxias.
Súbito, no meio da semana, a Polícia Federal deslocou de Mato Grosso para Brasília a parte da investigação relacionada ao dinheiro. Incumbiu-se da tarefa o delegado Luiz Flávio Zampronha, mais próximo do diretor-geral da PF, Paulo Lacerda. Zampronha é o delegado que atuou no caso do mensalão.
Na sexta-feira, o procurador Mario Lúcio e o delegado Diógenes Filho encontraram-se em Brasília. Foram ouvir depoimentos de petistas enredados na operação de compra do dossiê. Incomodado com a demora no rastreamento do dinheiro, o procurador revelou a intenção de recorrer à Justiça para mover as engrenagens do Coaf e do BC. O delegado assentiu.
A petição foi redigida no mesmo dia. Diógenes Filho ficou de encaminhá-la a Marcos Tavares, o juiz matogrossense, nesta segunda-feira. Em conversa com um amigo, Mário Lúcio disse que estará atento ao setor de protocolo da 1ª Vara da Justiça Federal de Mato Grosso. Caso o documento que redigiu não dê entrada, como combinado, ele tomará sozinho a iniciativa.
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