OAB diz que Lula constrange PF no caso do dossiê
Estadão.com.br
Para vice-presidente da OAB, manifestações de Lula sugerem que a PF receberá pressão do governo na hora de divulgar os resultados das investigações
O vice-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Aristoteles Atheniense, criticou, em entrevista à BBC Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva por fazer declarações que estariam constrangendo a investigação da Polícia Federal sobre o escândalo da compra de dossiês.
“O presidente tem manifestado que ninguém pode ser considerado suspeito antes do fim das investigações, o que é um absurdo, pois coloca em dúvida a independência das conclusões da Polícia Federal”, afirmou Atheniense.
Segundo ele, as manifestações de Lula e do ministro da Justiça, Marcio Thomaz Bastos, dificultam o trabalho da Polícia Federal, pois sugerem que a instituição receberá pressão do governo na hora de divulgar os resultados das investigações.
“Eu acredito que a Polícia Federal tem total independência na hora de apurar e de decidir a estratégia de investigação. Mas na hora de apontar resultados, de ‘dar nome aos bois’ e de concretizar as denúncias, ela fica subordinada, pois o superintendente está abaixo do ministro da Justiça, que está abaixo do presidente.”(...)
Para vice-presidente da OAB, manifestações de Lula sugerem que a PF receberá pressão do governo na hora de divulgar os resultados das investigações
O vice-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Aristoteles Atheniense, criticou, em entrevista à BBC Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva por fazer declarações que estariam constrangendo a investigação da Polícia Federal sobre o escândalo da compra de dossiês.
“O presidente tem manifestado que ninguém pode ser considerado suspeito antes do fim das investigações, o que é um absurdo, pois coloca em dúvida a independência das conclusões da Polícia Federal”, afirmou Atheniense.
Segundo ele, as manifestações de Lula e do ministro da Justiça, Marcio Thomaz Bastos, dificultam o trabalho da Polícia Federal, pois sugerem que a instituição receberá pressão do governo na hora de divulgar os resultados das investigações.
“Eu acredito que a Polícia Federal tem total independência na hora de apurar e de decidir a estratégia de investigação. Mas na hora de apontar resultados, de ‘dar nome aos bois’ e de concretizar as denúncias, ela fica subordinada, pois o superintendente está abaixo do ministro da Justiça, que está abaixo do presidente.”(...)
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