sábado, setembro 02, 2006
Os ETs já chegaram
O Estado de São Paulo
Mais uma vez o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está mal informado. Segundo ele, só fatores 'extraterrestres' poderão impedi-lo, se reeleito, de cumprir as promessas de campanha. Antes disso, na terça-feira, ele dizia: '... as perspectivas de futuro são as melhores possíveis (...) eu olho o horizonte e fico imaginando o que pode atrapalhar o Brasil chegar lá e não vejo.' Os ETs já desembarcaram e só ele continua não vendo. A economia estagnou no segundo trimestre, continua em marcha lenta e os empresários pouco estão investindo. O volume exportado está em queda, por causa do real valorizado. Mas a proposta orçamentária enviada no dia 31 ao Congresso é uma promessa de mais gastos, mais impostos e menos espaço para o setor privado se financiar e crescer. Se o presidente for reeleito, descumprirá, já no início do segundo mandato, a promessa de buscar o equilíbrio fiscal e de elevar a qualidade do gasto público. Com isso, tornará mais difícil a redução dos juros, a menos que passe a aceitar maior inflação. Também o ajuste do câmbio será prejudicado. Pensando bem, os ETs não terão muito que fazer. O governo realizará, voluntariamente, boa parte do trabalho deles.
Mais uma vez o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está mal informado. Segundo ele, só fatores 'extraterrestres' poderão impedi-lo, se reeleito, de cumprir as promessas de campanha. Antes disso, na terça-feira, ele dizia: '... as perspectivas de futuro são as melhores possíveis (...) eu olho o horizonte e fico imaginando o que pode atrapalhar o Brasil chegar lá e não vejo.' Os ETs já desembarcaram e só ele continua não vendo. A economia estagnou no segundo trimestre, continua em marcha lenta e os empresários pouco estão investindo. O volume exportado está em queda, por causa do real valorizado. Mas a proposta orçamentária enviada no dia 31 ao Congresso é uma promessa de mais gastos, mais impostos e menos espaço para o setor privado se financiar e crescer. Se o presidente for reeleito, descumprirá, já no início do segundo mandato, a promessa de buscar o equilíbrio fiscal e de elevar a qualidade do gasto público. Com isso, tornará mais difícil a redução dos juros, a menos que passe a aceitar maior inflação. Também o ajuste do câmbio será prejudicado. Pensando bem, os ETs não terão muito que fazer. O governo realizará, voluntariamente, boa parte do trabalho deles.
sexta-feira, setembro 01, 2006
Bate mais Alckmin
Está provado que bater no Lula é o que tem que ser feito. Diferença entre Lula e Alckmin caiu 4 p.p. (pontos percentuais) no primeiro turno e 7 p.p. no segundo turno.
Terra Notícias
Ibope: diminui diferença entre Lula e Alckmin
Pesquisa Ibope sobre a corrida presidencial divulgada hoje pelo Jornal Nacional mostra que diminuiu a diferença entre os dois primeiros colocados: o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB). Mas Lula ainda venceria no primeiro turno, com 48% das intenções de voto. Alckmin aparece em segundo lugar com 25%. Heloísa Helena tem 9%. Cristovam Buarque (PDT) e Rui Costa Pimenta (PCO), 1%. Luciano Bivar (PSL), José Maria Eymael (PSDC) e Ana Maria Rangel (PRP) não alcançaram 1%. Votos brancos e nulos somam 8%. Não sabem ou não opinaram são 8%. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O levantamento, encomendado pelo Rede Globo, ouviu 2.002 eleitores em 142 municípios entre os dias 29 de agosto e primeiro de setembro. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número 14820/2006.
O Ibope também realizou uma simulação de segundo turno: Lula teria 51% das intenções de votos, contra 36% de Alckmin. 2.002 142 14820
Terra Notícias
Ibope: diminui diferença entre Lula e Alckmin
Pesquisa Ibope sobre a corrida presidencial divulgada hoje pelo Jornal Nacional mostra que diminuiu a diferença entre os dois primeiros colocados: o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB). Mas Lula ainda venceria no primeiro turno, com 48% das intenções de voto. Alckmin aparece em segundo lugar com 25%. Heloísa Helena tem 9%. Cristovam Buarque (PDT) e Rui Costa Pimenta (PCO), 1%. Luciano Bivar (PSL), José Maria Eymael (PSDC) e Ana Maria Rangel (PRP) não alcançaram 1%. Votos brancos e nulos somam 8%. Não sabem ou não opinaram são 8%. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O levantamento, encomendado pelo Rede Globo, ouviu 2.002 eleitores em 142 municípios entre os dias 29 de agosto e primeiro de setembro. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número 14820/2006.
O Ibope também realizou uma simulação de segundo turno: Lula teria 51% das intenções de votos, contra 36% de Alckmin. 2.002 142 14820
O que Lula não respondeu
Blog do Noblat
Lula negou-se a ser entrevistado pelos jornais O Globo e Estado de São Paulo que entrevistaram longamente os principais candidatos a presidente da República.
O Globo fez hoje algo inédito na história da imprensa brasileira: publicou as perguntas que seus jornalistas fariam a Lula e embaixo de cada uma deixou em branco o espaço da resposta.
Algumas das perguntas que Lula não respondeu justamente na semana em que ele exaltou o direito das pessoas à informação durante congresso da Associação Nacional dos Jornais:
* “Em setembro de 2002, o senhor, como candidato, (...) criticou FHC, que, em oito anos, só tinha se reunido duas vezes com os governadores para tratar da dívida dos estados, e nunca para discutir temas como a violência. O senhor defendeu ainda a idéia de o governo federal coordenar o combate nacional ao narcotráfico e ao crime organizado. O senhor não acha que faltou ao presidente ter ouvido o candidato Lula?”
* “O senhor conversou com Paulo Okamotto a respeito da dívida de R$ 29 mil que o PT lhe cobrou? Ele diz que não quis ficar ‘enchendo o seu saco com uma coisa como essa’. Quando a dívida sumiu, o senhor teve a curiosidade de descobrir como ela foi quitada?”
* “O senhor, certa vez, no auge da crise do mensalão, se disse traído. (...) Afinal, o senhor foi ou não traído? E por quem?”
* “Quando, recentemente, o senhor disse, em reunião com intelectuais em São Paulo, que política a gente faz com quem a gente tem, e não com quem a gente quer, estava concordando com os artistas que, no Rio, admitiram que política se faz metendo a mão na merda e, mais que isso, admitindo que a real política o levou a fazer uso de esquemas como o mensalão para organizar sua maioria no Congresso?”
* “Por melhor que seja a situação econômica internacional, por melhores que sejam os números da economia brasileira hoje, o crescimento continua tão medíocre quanto no governo anterior, que o senhor tanto critica. Proporcionalmente, seus resultados são até piores, pelas condições da economia internacional, sem crises e com o mundo crescendo a taxas muito maiores que as do Brasil. O que está dando errado?”
Lula negou-se a ser entrevistado pelos jornais O Globo e Estado de São Paulo que entrevistaram longamente os principais candidatos a presidente da República.
O Globo fez hoje algo inédito na história da imprensa brasileira: publicou as perguntas que seus jornalistas fariam a Lula e embaixo de cada uma deixou em branco o espaço da resposta.
Algumas das perguntas que Lula não respondeu justamente na semana em que ele exaltou o direito das pessoas à informação durante congresso da Associação Nacional dos Jornais:
* “Em setembro de 2002, o senhor, como candidato, (...) criticou FHC, que, em oito anos, só tinha se reunido duas vezes com os governadores para tratar da dívida dos estados, e nunca para discutir temas como a violência. O senhor defendeu ainda a idéia de o governo federal coordenar o combate nacional ao narcotráfico e ao crime organizado. O senhor não acha que faltou ao presidente ter ouvido o candidato Lula?”
* “O senhor conversou com Paulo Okamotto a respeito da dívida de R$ 29 mil que o PT lhe cobrou? Ele diz que não quis ficar ‘enchendo o seu saco com uma coisa como essa’. Quando a dívida sumiu, o senhor teve a curiosidade de descobrir como ela foi quitada?”
* “O senhor, certa vez, no auge da crise do mensalão, se disse traído. (...) Afinal, o senhor foi ou não traído? E por quem?”
* “Quando, recentemente, o senhor disse, em reunião com intelectuais em São Paulo, que política a gente faz com quem a gente tem, e não com quem a gente quer, estava concordando com os artistas que, no Rio, admitiram que política se faz metendo a mão na merda e, mais que isso, admitindo que a real política o levou a fazer uso de esquemas como o mensalão para organizar sua maioria no Congresso?”
* “Por melhor que seja a situação econômica internacional, por melhores que sejam os números da economia brasileira hoje, o crescimento continua tão medíocre quanto no governo anterior, que o senhor tanto critica. Proporcionalmente, seus resultados são até piores, pelas condições da economia internacional, sem crises e com o mundo crescendo a taxas muito maiores que as do Brasil. O que está dando errado?”
Os indicadores econômicos do governo Lula
Folha de São Paulo
1 PIB
O IBGE registrou expansão no 2º trimestre de 0,5% em relação ao 1º trimestre do ano. A meta para este ano é de 4%
2 CARGA TRIBUTÁRIA
Em 2005, chegou ao recorde de 37,7% do PIB, embora setores do governo falem na necessidade da desoneração tributária
3 DESEMPREGO Atingiu 10,7% em julho, taxa mais alta em 15 meses; ministro Luiz Marinho (Trabalho) criticou metodologia do IBGE
4 TAXA DE JUROS A taxa básica, a Selic, caiu para 14,25% anteontem, a menor taxa em dez anos. Os juros reais brasileiros, porém, são os maiores do mundo
5 RENDA O rendimento médio real da população ocupada caiu 0,7% entre junho e julho, baixando para R$ 1.028,50
1 PIB
O IBGE registrou expansão no 2º trimestre de 0,5% em relação ao 1º trimestre do ano. A meta para este ano é de 4%
2 CARGA TRIBUTÁRIA
Em 2005, chegou ao recorde de 37,7% do PIB, embora setores do governo falem na necessidade da desoneração tributária
3 DESEMPREGO Atingiu 10,7% em julho, taxa mais alta em 15 meses; ministro Luiz Marinho (Trabalho) criticou metodologia do IBGE
4 TAXA DE JUROS A taxa básica, a Selic, caiu para 14,25% anteontem, a menor taxa em dez anos. Os juros reais brasileiros, porém, são os maiores do mundo
5 RENDA O rendimento médio real da população ocupada caiu 0,7% entre junho e julho, baixando para R$ 1.028,50
Cadê o espetáculo?
O pífio crescimento da economia no segundo trimestre é apenas mais um elo na longa cadeia de fracassos de sucessivos governos em levar o país ao "espetáculo do crescimento", promessa do presidente de turno, outro engodo de uma longa série. Pior que o passado parece ser o futuro. "Com o resultado divulgado hoje pelo IBGE para o PIB brasileiro, fica bem distante da realidade a perspectiva de um crescimento entre 4% e 4,5% para este ano. Mesmo para um crescimento mais modesto, como 3,5%, a evolução do segundo semestre teria de se acelerar para níveis que hoje parecem difíceis de serem alcançados", escreve, por exemplo, o IEDI (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial). Quem lançou as análises do IEDI foi o competente economista Júlio César Gomes de Almeida, hoje secretário de Política Econômica do governo federal. Não dá, pois, para acusar o instituto de ser parte de uma conspiração das elites contra o governo Lula, como gostam de fazer os petistas sempre que os fatos contrariam suas versões ou promessas. Mais sobre o futuro: na semana passada, o "Estadão" anunciou que a Sadia estuda a possibilidade de produzir frango congelado na Índia. A Sadia, como todo mundo sabe, foi presidida, até a eleição de Lula, por um certo Luiz Fernando Furlan, competente executivo tanto no setor privado como agora no governo. Furlan é ministro do Desenvolvimento (além de Comércio Exterior e Indústria). Que desenvolvimento pode ter de fato um país que exporta fábricas e, por extensão, empregos? Quer mais? A remota China já tem maior participação no mercado latino-americano que o vizinho Brasil (7,8% contra 6,5%). É esse o espetáculo que o Brasil oferece: além do engodo e da lama, a permanente anemia econômica.
Lula recusa convite para sabatina do jornal 'O Globo'
Lula foge de entrevistas como o diabo da cruz. Em todo o seu mandato deu apenas uma entrevista coletiva e sem direito à réplica.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato do PT à reeleição, que seria o convidado desta quinta-feira para a sabatina com colunistas do jornal "O Globo", recusou o convite.
A série de entrevistas com os principais candidatos a presidente da República, que começou nesta segunda-feira, recebeu o candidato do PDT, senador
Cristovam Buarque, a candidata Heloísa Helena, do PSOL, e o candidato do PSDB a presidente da República, Geraldo Alckmin.
Os candidatos a governador do Estado do Rio também serão entrevistados, entre os dias 4 e 14 de setembro.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato do PT à reeleição, que seria o convidado desta quinta-feira para a sabatina com colunistas do jornal "O Globo", recusou o convite.
A série de entrevistas com os principais candidatos a presidente da República, que começou nesta segunda-feira, recebeu o candidato do PDT, senador
Cristovam Buarque, a candidata Heloísa Helena, do PSOL, e o candidato do PSDB a presidente da República, Geraldo Alckmin.
Os candidatos a governador do Estado do Rio também serão entrevistados, entre os dias 4 e 14 de setembro.
quinta-feira, agosto 31, 2006
Palavras ao vento
Folha de São Paulo
Programa de governo do PT nada diz; discurso que muda conforme a platéia costuma preceder estelionato eleitoral
FICOU CELEBRIZADA a reação do então ministro da Fazenda Mário Henrique Simonsen ao ser indagado sobre o 2º Plano Nacional de Desenvolvimento, que acabara de ser lançado pelo governo de Ernesto Geisel: "Não leio ficção". Qualificar de ficção o autodenominado programa de governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, divulgado na terça-feira, seria elogioso. As 30 páginas poderiam ser resumidas a uma só, em branco, tamanho o grau de generalidade do que expressam. Abaixar os juros, ampliar o gasto social, aumentar os investimentos públicos e privados, acelerar o crescimento do PIB, fortalecer o SUS e universalizar o ensino básico são metas que estão no universo semântico da cura do câncer: todos são a favor. Mas, além de empenhar-se em trazer a Copa do Mundo de futebol de 2014 para o Brasil, a que projetos, especificamente, uma hipotética segunda gestão Lula dedicaria suas energias para a consecução de ao menos parte daqueles nobres objetivos? A essa questão, que deveria ser o ponto de partida para a confecção de qualquer programa de governo, o texto do PT não responde. De onde sairão os recursos para o desejado aumento dos dispêndios sociais? Que fundos sustentarão a ampliação do gasto federal em infra-estrutura, hoje em níveis pífios? É possível fazer os dois ao mesmo tempo, dado o patamar asfixiante da carga tributária e da dívida pública? O programa de governo de Lula marca um retrocesso em relação ao que o próprio candidato havia afirmado há uma semana, em discurso no Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. Lá, diante de empresários, expressou a necessidade de "diminuir as despesas de custeio" do Estado, bem como o peso dos impostos no país. Muda a platéia, muda o discurso. Para agradar empreendedores, corte de gasto e de impostos; para afagar a militância petista, aumento de despesa e arroubos retóricos contra a "privataria" da era tucana. Para não perder votos de ninguém, cobrado ontem acerca do assunto, Lula voltou a prometer carga fiscal mais baixa. Em política, uma campanha "customizada" -como se diz no jargão em voga-, ao gosto de cada freguês, é apenas a ante-sala do logro, do estelionato eleitoral. Não favorece o amadurecimento da democracia a estratégia em que o candidato despista o eleitorado ao longo da campanha para depois de eleito explicitar a que interesses irá desagradar.
De acordo com o Datafolha, Lula teria mais de 60 milhões de votos caso a eleição fosse hoje. Se dá valor às palavras "transparência" e "ética" -que insiste em pronunciar a torto e a direito mesmo após o mensalão ter-lhe varrido as cúpulas do governo e do partido-, o candidato à reeleição deveria explicitar o que pretende fazer com tamanho capital eleitoral. Deveria ser o primeiro interessado em participar de debates e entrevistas. Lula, porém, foge o quanto pode desse compromisso com a evolução das instituições políticas. Seu séquito continua a tratá-lo como um ídolo religioso, que não pode ser profanado.
Programa de governo do PT nada diz; discurso que muda conforme a platéia costuma preceder estelionato eleitoral
FICOU CELEBRIZADA a reação do então ministro da Fazenda Mário Henrique Simonsen ao ser indagado sobre o 2º Plano Nacional de Desenvolvimento, que acabara de ser lançado pelo governo de Ernesto Geisel: "Não leio ficção". Qualificar de ficção o autodenominado programa de governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, divulgado na terça-feira, seria elogioso. As 30 páginas poderiam ser resumidas a uma só, em branco, tamanho o grau de generalidade do que expressam. Abaixar os juros, ampliar o gasto social, aumentar os investimentos públicos e privados, acelerar o crescimento do PIB, fortalecer o SUS e universalizar o ensino básico são metas que estão no universo semântico da cura do câncer: todos são a favor. Mas, além de empenhar-se em trazer a Copa do Mundo de futebol de 2014 para o Brasil, a que projetos, especificamente, uma hipotética segunda gestão Lula dedicaria suas energias para a consecução de ao menos parte daqueles nobres objetivos? A essa questão, que deveria ser o ponto de partida para a confecção de qualquer programa de governo, o texto do PT não responde. De onde sairão os recursos para o desejado aumento dos dispêndios sociais? Que fundos sustentarão a ampliação do gasto federal em infra-estrutura, hoje em níveis pífios? É possível fazer os dois ao mesmo tempo, dado o patamar asfixiante da carga tributária e da dívida pública? O programa de governo de Lula marca um retrocesso em relação ao que o próprio candidato havia afirmado há uma semana, em discurso no Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. Lá, diante de empresários, expressou a necessidade de "diminuir as despesas de custeio" do Estado, bem como o peso dos impostos no país. Muda a platéia, muda o discurso. Para agradar empreendedores, corte de gasto e de impostos; para afagar a militância petista, aumento de despesa e arroubos retóricos contra a "privataria" da era tucana. Para não perder votos de ninguém, cobrado ontem acerca do assunto, Lula voltou a prometer carga fiscal mais baixa. Em política, uma campanha "customizada" -como se diz no jargão em voga-, ao gosto de cada freguês, é apenas a ante-sala do logro, do estelionato eleitoral. Não favorece o amadurecimento da democracia a estratégia em que o candidato despista o eleitorado ao longo da campanha para depois de eleito explicitar a que interesses irá desagradar.
De acordo com o Datafolha, Lula teria mais de 60 milhões de votos caso a eleição fosse hoje. Se dá valor às palavras "transparência" e "ética" -que insiste em pronunciar a torto e a direito mesmo após o mensalão ter-lhe varrido as cúpulas do governo e do partido-, o candidato à reeleição deveria explicitar o que pretende fazer com tamanho capital eleitoral. Deveria ser o primeiro interessado em participar de debates e entrevistas. Lula, porém, foge o quanto pode desse compromisso com a evolução das instituições políticas. Seu séquito continua a tratá-lo como um ídolo religioso, que não pode ser profanado.
quarta-feira, agosto 30, 2006
No programa de Lula ‘novo modelo’ para ‘democratizar’ mídia
Toda vez que o PT vem com a história de querer democratizar alguma coisa eu já fico arrepiado. Democratizar a mídia para eles significa dar acesso à população às informações que eles acham importante e da forma que é mais interessante para eles. Ainda assumem que não queriam expor essa idéia de democratização para evitar desgastes com os meios de comunicação. Para o PT esse negócio de liberdade de imprensa, blogs é tudo o que há de pior pois interferimos no projeto de poder deles. Imaginem, provavelmente teríamos que assistir todos os dias ao discurso do presidente e os jornais enalteceriam a capacidade do soberano em liderar a nação.
Assim está caminhando o nosso país, daqui a pouco vão lançar o jornal 'Gramma' versão brasileira.
O Estado de São Paulo
Texto afirma que num novo mandato Lula “incentivará a criação de sistema democrático de comunicação” O programa do governo Lula para um segundo mandato incluiu a meta de criar políticas para “democratizar” os meios de comunicação. Afirma explicitamente que será construído “um novo modelo institucional para as comunicações, com caráter democratizante”. Segundo fontes do PT consultadas pelo Estado, para evitar desgaste com os meios de comunicação a um mês das eleições, o partido tinha a intenção de omitir do programa de governo a parte em que alguns grupos de trabalho haviam proposto a possibilidade de enquadrar as empresas do setor, para “democratizá-las”. A idéia era atribuída a um dos 32 grupos internos montados para fazer o programa, mas com tendência a ser descartada na redação final. O texto anunciado e distribuído ontem pelo próprio presidente diz que o governo, em um segundo mandato, vai “incentivar a criação de sistema democrático de comunicação, favorecendo a democratização da produção, da circulação e do acesso aos conteúdos pela população”. Diz, também, que o governo deve “fortalecer a radiodifusão pública e comunitária, a inclusão digital, as produções regional e independente e a competição no setor”. Apesar de o documento tratar o assunto de maneira superficial, do ponto de vista técnico, mas com jeito politicamente incisivo, os textos originais dos grupos de estudos são mais explícitos sobre as intenções do governo e chegam a afirmar que é preciso alterar a legislação para assegurar mais equilíbrio na cobertura dos meios eletrônicos, incentivos econômicos à criação de jornais e revistas independentes e conselhos populares com poder para decidir sobre atuais e futuras concessões. Setores do PT trabalham nesse tipo de política porque o partido já discutiu mais de uma vez a necessidade de construir uma cadeia de jornais regionais que apóie as “idéias populares” do governo. Há dois anos, a Casa Civil e a Secretaria de Comunicação Institucional chegaram a tratar de apoio publicitário a jornais de periferia afinados com o Planalto. O documento original do PT, que ajudou a incluir no programa a idéia da “democratização” da mídia, fala claramente em criar um “sistema democrático de rádio e TV”.
O que Lula tem a dizer?
Blog do Noblat
No apagar das luzes do primeiro mandato do primeiro presidente de origem operária da história do Brasil, a Volkswagen demitiu de uma vez 1.800 empregados de sua fábrica da Anchieta, em São Bernardo do Campo - berço político de Lula.
E o que disse Lula a propósito? O que disse o ministro do Trabalho?
Lula ficou caladinho. O ministro do Trabalho disse que nada comentaria hoje. Talvez para não estragar a festa do lançamento do novo programa de governo.
O programa é de uma obviedade espantosa. E não tem metas para nada - segundo Lula para que não lhe cobrem o cumprimento de metas. É, faz todo o sentido.
No apagar das luzes do primeiro mandato do primeiro presidente de origem operária da história do Brasil, a Volkswagen demitiu de uma vez 1.800 empregados de sua fábrica da Anchieta, em São Bernardo do Campo - berço político de Lula.
E o que disse Lula a propósito? O que disse o ministro do Trabalho?
Lula ficou caladinho. O ministro do Trabalho disse que nada comentaria hoje. Talvez para não estragar a festa do lançamento do novo programa de governo.
O programa é de uma obviedade espantosa. E não tem metas para nada - segundo Lula para que não lhe cobrem o cumprimento de metas. É, faz todo o sentido.
A bondade e a malvadeza...
By Soube
Se você é micro, pequeno ou médio empresário deve ter notado que aumentou o número e o volume de crédito a receber...
Ou seja, as pessoas estão atrasando o pagamento de suas contas.
Você já pensou sobre o motivo disso?
Imagine que o Brasil tem os maiores juros do mundo...
Imagine que o desemprego é o maior em 15 meses...
Imagine que o Presidente do SPC Brasil disse que aumentou em 90% o registro de inadimplentes no órgão desde 2005...
Imaginou? Pois tudo isso é verdade, está acontecendo agora...
Você pode estar vendendo bem, mas aumentou a dificuldade para receber as contas?
Isso é resultado da política do governo Lula...
O governo Lula criou o crédito consignado e estimulou as pessoas a consumirem eletroeletrônicos utilizando esse “crédito mais barato”... Eu me lembro das propagandas governamentais estimulando o empréstimo consignado...
Tanto isso é verdade que nos primeiros programas eleitorais de Lula, ele mostrou montes de pessoas ao lado de DVDs, geladeiras, TVs, máquinas, etc... como uma obra do governo...
No crédito consignado, o desconto é em folha, o consumidor nem recebe mais parte do seu salário... acaba faltando na outra ponta...
Antes as pessoas preferiam atrasar bancos mas manter as contas das necessidades básicas em dia, garantindo uma circulação de dinheiro...
Hoje isso não é possível, pois os bancos recebem antes a sua parte, já descontado do salário...
O que acontece então? Os consumidores atrasam outras contas: o mercado, a padaria, a loja de roupas, a loja de calçados, etc..
Essa é a política do governo Lula...
Nunca vi uma maldade tão grande ser vendida como bondade...
Se você é micro, pequeno ou médio empresário deve ter notado que aumentou o número e o volume de crédito a receber...
Ou seja, as pessoas estão atrasando o pagamento de suas contas.
Você já pensou sobre o motivo disso?
Imagine que o Brasil tem os maiores juros do mundo...
Imagine que o desemprego é o maior em 15 meses...
Imagine que o Presidente do SPC Brasil disse que aumentou em 90% o registro de inadimplentes no órgão desde 2005...
Imaginou? Pois tudo isso é verdade, está acontecendo agora...
Você pode estar vendendo bem, mas aumentou a dificuldade para receber as contas?
Isso é resultado da política do governo Lula...
O governo Lula criou o crédito consignado e estimulou as pessoas a consumirem eletroeletrônicos utilizando esse “crédito mais barato”... Eu me lembro das propagandas governamentais estimulando o empréstimo consignado...
Tanto isso é verdade que nos primeiros programas eleitorais de Lula, ele mostrou montes de pessoas ao lado de DVDs, geladeiras, TVs, máquinas, etc... como uma obra do governo...
No crédito consignado, o desconto é em folha, o consumidor nem recebe mais parte do seu salário... acaba faltando na outra ponta...
Antes as pessoas preferiam atrasar bancos mas manter as contas das necessidades básicas em dia, garantindo uma circulação de dinheiro...
Hoje isso não é possível, pois os bancos recebem antes a sua parte, já descontado do salário...
O que acontece então? Os consumidores atrasam outras contas: o mercado, a padaria, a loja de roupas, a loja de calçados, etc..
Essa é a política do governo Lula...
Nunca vi uma maldade tão grande ser vendida como bondade...
Programa de governo descarta corte de gastos
No programa eleitoral Lula diz que vai melhorar o gasto e diminuir os impostos. Tudo balela, o seu programa de governo deixa claro que vai ampliar os gastos e consequentemente terá de ampliar a receita. Qualquer um que ganha mais de R$ 800,00 é considerado elite e terá de pagar a conta.
O Estado de São Paulo
Além disso, texto inclui várias propostas que apontam para a ampliação das despesas na área assistencial
O programa de governo para um eventual segundo mandato do presidente Lula, lançado oficialmente ontem em São Paulo, abandona a promessa de redução da carga tributária e descarta a possibilidade de cortes nos gastos públicos ou de uma nova reforma da Previdência. Vendido para o público petista como uma plataforma “desenvolvimentista”, o programa se compromete genericamente com a melhoria da qualidade do gasto e com uma desoneração tributária “seletiva”, e embute uma série de propostas que apontam para a ampliação das despesas na área assistencial.
“A expansão do gasto público é uma característica de um governo que tem uma estratégia para expandir esse gasto, obviamente limitado às condições macroeconômicas”, disse o presidente nacional do PT, deputado Ricardo Berzoini. Entre as medidas previstas no programa, estão os aumentos do salário mínimo acima da inflação e a expansão do número de beneficiários do Bolsa-Família.
“O projeto real da oposição é o de voltar à era FHC, de redução dos investimentos sociais. Os anunciados cortes do gasto público visam, em verdade, a cortes nas políticas sociais”, diz o texto do programa.
“Uma das primeiras coisas que proibi no meu governo foi a palavra gasto (para se referir aos investimentos) na educação”, disse Lula no discurso.
TRUNFO
Apesar de ser apresentada como uma opção ideológica, a decisão da cúpula petista de continuar apostando nos gastos sociais - como o Bolsa-Família e o benefício mensal pago a idosos, deficientes e trabalhadores rurais - tem uma explicação pragmática. Lula percebeu que seu principal trunfo eleitoral são justamente esses programas, que atingem hoje mais de 40 milhões de pessoas no País.
Classificada pela oposição de “assistencialista”, por não ser acompanhada por uma política econômica mais ousada, a prioridade a esses benefícios sociais é apresentada no programa como o principal instrumento que Lula pretende continuar usando para a redução da desigualdade social. “Meu segundo governo será o do desenvolvimento, da distribuição de renda e da educação”, afirmou.
Ao tentar explicar como o governo poderia, ao mesmo tempo, ampliar os gastos sociais, os investimentos públicos e ainda reduzir seletivamente alguns impostos, as cúpulas do PT e do PC do B sugeriram que a redução da taxa de juros poderia criar um espaço fiscal para isso. Na prática, isso só seria possível se o governo reduzisse o superávit primário (a economia de recursos para pagamento da dívida pública), mas nada é dito sobre isso no programa.
O texto também não faz nenhuma menção à redução da carga tributária, pois, segundo Berzoini, o governo está aumentando sua arrecadação (como proporção do Produto Interno Bruto) por causa de medidas de combate à sonegação e de redução da informalidade.
O Estado de São Paulo
Além disso, texto inclui várias propostas que apontam para a ampliação das despesas na área assistencial
O programa de governo para um eventual segundo mandato do presidente Lula, lançado oficialmente ontem em São Paulo, abandona a promessa de redução da carga tributária e descarta a possibilidade de cortes nos gastos públicos ou de uma nova reforma da Previdência. Vendido para o público petista como uma plataforma “desenvolvimentista”, o programa se compromete genericamente com a melhoria da qualidade do gasto e com uma desoneração tributária “seletiva”, e embute uma série de propostas que apontam para a ampliação das despesas na área assistencial.
“A expansão do gasto público é uma característica de um governo que tem uma estratégia para expandir esse gasto, obviamente limitado às condições macroeconômicas”, disse o presidente nacional do PT, deputado Ricardo Berzoini. Entre as medidas previstas no programa, estão os aumentos do salário mínimo acima da inflação e a expansão do número de beneficiários do Bolsa-Família.
“O projeto real da oposição é o de voltar à era FHC, de redução dos investimentos sociais. Os anunciados cortes do gasto público visam, em verdade, a cortes nas políticas sociais”, diz o texto do programa.
“Uma das primeiras coisas que proibi no meu governo foi a palavra gasto (para se referir aos investimentos) na educação”, disse Lula no discurso.
TRUNFO
Apesar de ser apresentada como uma opção ideológica, a decisão da cúpula petista de continuar apostando nos gastos sociais - como o Bolsa-Família e o benefício mensal pago a idosos, deficientes e trabalhadores rurais - tem uma explicação pragmática. Lula percebeu que seu principal trunfo eleitoral são justamente esses programas, que atingem hoje mais de 40 milhões de pessoas no País.
Classificada pela oposição de “assistencialista”, por não ser acompanhada por uma política econômica mais ousada, a prioridade a esses benefícios sociais é apresentada no programa como o principal instrumento que Lula pretende continuar usando para a redução da desigualdade social. “Meu segundo governo será o do desenvolvimento, da distribuição de renda e da educação”, afirmou.
Ao tentar explicar como o governo poderia, ao mesmo tempo, ampliar os gastos sociais, os investimentos públicos e ainda reduzir seletivamente alguns impostos, as cúpulas do PT e do PC do B sugeriram que a redução da taxa de juros poderia criar um espaço fiscal para isso. Na prática, isso só seria possível se o governo reduzisse o superávit primário (a economia de recursos para pagamento da dívida pública), mas nada é dito sobre isso no programa.
O texto também não faz nenhuma menção à redução da carga tributária, pois, segundo Berzoini, o governo está aumentando sua arrecadação (como proporção do Produto Interno Bruto) por causa de medidas de combate à sonegação e de redução da informalidade.
Lula com as mãos na merda.
O Estado de São Paulo
Perto da aula magna de ética na política que o presidente Lula ministrou segunda-feira em São Paulo a uma classe de dóceis intelectuais selecionados a dedo, as manifestações dos artistas Paulo Betti, Wagner Tiso e do produtor de cinema Luiz Carlos Barreto, na semana passada, apoiando a corrupção no governo do PT porque os fins justificam os meios, parecem balbucios de crianças puras numa escola maternal. Nunca antes se viu um presidente brasileiro - e nunca antes esse bordão de Lula há de ter sido tão apropriado - ir tão longe em defesa das mãos sujas na vida pública, embora as suas palavras, tomadas pelo valor de face, fossem de resignação diante do que seria uma realidade amarga, porém imutável.
Ele pode não ter se dado conta disso, muito menos desejado, mas sem sombra de dúvida entrou para a história do Brasil como o chefe de Estado que disse para quem quisesse ouvir: “Política a gente faz com o que a gente tem, e não com o que a gente quer. Esse é o jogo real da política que precisou ser feito em quatro anos para que chegássemos a uma situação altamente confortável.” A primeira sentença é uma meia verdade. Faz-se política, de fato, com o que se tem. Nem por isso se precisa necessariamente fazer política cultivando o que há de pior no que se tem. Mas foi esse, e nenhum outro, o ponto de partida do sistema petista de poder para dar a Lula, por meios espúrios, maioria na Câmara.
Os políticos venais - “o que se tem” - não fizeram fila na rampa do Planalto pedindo mesada para votar com o governo. Foi o partido do presidente que os procurou, diretamente ou por interpostos cúmplices, para mudarem de sigla ou, ficando onde estivessem, apoiassem as suas propostas. O suborno sistemático de deputados - chame-se mensalão, valerioduto, uso de recursos não contabilizados, o que se queira - foi a indelével e, pela amplitude e freqüência, inédita marca de Caim do “jogo real da política” jogado na era Lula. Em benefício dele e do seu partido, por iniciativa de sua gente, pouco importando, a esta altura, se com ou sem o conhecimento do chefe, ou, por que não?, com ou sem o seu incentivo.
Já a segunda sentença, em que ele fala da situação a que se chegou, é uma trapaça. À primeira vista, o sujeito oculto da frase é o Brasil: fez-se o que “precisou ser feito” para o País desfrutar de um alto grau de conforto. Na realidade, fez-se o que se escolheu fazer para que ele, ao fim e ao cabo, pudesse chegar à antevéspera da sucessão numa situação altamente confortável. A meta última do mensalão, como de tudo mais que o presidente e seus companheiros fizeram, era a reeleição. Mas a lição enganosa não terminou aí. O professor deixou claro que os puros - ou os menos impuros, como o PT, criado, segundo ele, “para errar (grifo nosso) menos do que os outros partidos” - não tinham saída, sendo o que é o que se tem.
Ora, seja lá para o que se criou o PT, é fato documentado que a sua conduta, tão logo começou a conquistar municípios importantes, se tornou cópia fiel, ou aperfeiçoada, daquilo que atribuía aos adversários muito antes de abraçá-los como aliados. A ética administrativa da atual deputada Angela Guadagnin - a Isadora Duncan do mensalão - na prefeitura de São José dos Campos, em meados dos anos 1990, não foi o avesso, por exemplo, da que os petistas execravam no atual neolulista “Newtão” Cardoso, quando prefeito de Contagem, mais ou menos na mesma época. E a indesmentível extorsão institucionalizada em Santo André, na gestão Celso Daniel, morto ao que tudo indica por se opôr ao desvio do butim destinado ao PT.
Em 2002, era o partido fazendo mais do mesmo - dessa vez para enfim eleger Lula - quando o seu presidente José Dirceu pagou R$ 10 milhões ao então homólogo do PL, Waldemar Costa Neto, segundo ele próprio viria a revelar, pelo apoio da sigla que entrou com o candidato a vice, José Alencar. E quando pagou o marqueteiro Duda Mendonça no exterior, com dinheiro ilegal.
O “conforto” moral que Lula sente, ele quer que todos os companheiros sintam. Para isso sugere que “o PT vai ter que responder por seus erros (grifo nosso) e as pessoas que erraram - ou seja, os membros da ‘sofisticada organização criminosa’ denunciada pelo procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza - precisam pedir desculpas ao povo brasileiro”. E pronto!
Perto da aula magna de ética na política que o presidente Lula ministrou segunda-feira em São Paulo a uma classe de dóceis intelectuais selecionados a dedo, as manifestações dos artistas Paulo Betti, Wagner Tiso e do produtor de cinema Luiz Carlos Barreto, na semana passada, apoiando a corrupção no governo do PT porque os fins justificam os meios, parecem balbucios de crianças puras numa escola maternal. Nunca antes se viu um presidente brasileiro - e nunca antes esse bordão de Lula há de ter sido tão apropriado - ir tão longe em defesa das mãos sujas na vida pública, embora as suas palavras, tomadas pelo valor de face, fossem de resignação diante do que seria uma realidade amarga, porém imutável.
Ele pode não ter se dado conta disso, muito menos desejado, mas sem sombra de dúvida entrou para a história do Brasil como o chefe de Estado que disse para quem quisesse ouvir: “Política a gente faz com o que a gente tem, e não com o que a gente quer. Esse é o jogo real da política que precisou ser feito em quatro anos para que chegássemos a uma situação altamente confortável.” A primeira sentença é uma meia verdade. Faz-se política, de fato, com o que se tem. Nem por isso se precisa necessariamente fazer política cultivando o que há de pior no que se tem. Mas foi esse, e nenhum outro, o ponto de partida do sistema petista de poder para dar a Lula, por meios espúrios, maioria na Câmara.
Os políticos venais - “o que se tem” - não fizeram fila na rampa do Planalto pedindo mesada para votar com o governo. Foi o partido do presidente que os procurou, diretamente ou por interpostos cúmplices, para mudarem de sigla ou, ficando onde estivessem, apoiassem as suas propostas. O suborno sistemático de deputados - chame-se mensalão, valerioduto, uso de recursos não contabilizados, o que se queira - foi a indelével e, pela amplitude e freqüência, inédita marca de Caim do “jogo real da política” jogado na era Lula. Em benefício dele e do seu partido, por iniciativa de sua gente, pouco importando, a esta altura, se com ou sem o conhecimento do chefe, ou, por que não?, com ou sem o seu incentivo.
Já a segunda sentença, em que ele fala da situação a que se chegou, é uma trapaça. À primeira vista, o sujeito oculto da frase é o Brasil: fez-se o que “precisou ser feito” para o País desfrutar de um alto grau de conforto. Na realidade, fez-se o que se escolheu fazer para que ele, ao fim e ao cabo, pudesse chegar à antevéspera da sucessão numa situação altamente confortável. A meta última do mensalão, como de tudo mais que o presidente e seus companheiros fizeram, era a reeleição. Mas a lição enganosa não terminou aí. O professor deixou claro que os puros - ou os menos impuros, como o PT, criado, segundo ele, “para errar (grifo nosso) menos do que os outros partidos” - não tinham saída, sendo o que é o que se tem.
Ora, seja lá para o que se criou o PT, é fato documentado que a sua conduta, tão logo começou a conquistar municípios importantes, se tornou cópia fiel, ou aperfeiçoada, daquilo que atribuía aos adversários muito antes de abraçá-los como aliados. A ética administrativa da atual deputada Angela Guadagnin - a Isadora Duncan do mensalão - na prefeitura de São José dos Campos, em meados dos anos 1990, não foi o avesso, por exemplo, da que os petistas execravam no atual neolulista “Newtão” Cardoso, quando prefeito de Contagem, mais ou menos na mesma época. E a indesmentível extorsão institucionalizada em Santo André, na gestão Celso Daniel, morto ao que tudo indica por se opôr ao desvio do butim destinado ao PT.
Em 2002, era o partido fazendo mais do mesmo - dessa vez para enfim eleger Lula - quando o seu presidente José Dirceu pagou R$ 10 milhões ao então homólogo do PL, Waldemar Costa Neto, segundo ele próprio viria a revelar, pelo apoio da sigla que entrou com o candidato a vice, José Alencar. E quando pagou o marqueteiro Duda Mendonça no exterior, com dinheiro ilegal.
O “conforto” moral que Lula sente, ele quer que todos os companheiros sintam. Para isso sugere que “o PT vai ter que responder por seus erros (grifo nosso) e as pessoas que erraram - ou seja, os membros da ‘sofisticada organização criminosa’ denunciada pelo procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza - precisam pedir desculpas ao povo brasileiro”. E pronto!
terça-feira, agosto 29, 2006
Números
R$ 605 mi
Foi quanto a gestão petista repassou a movimentos sociais aliados, como o MST.
60%
Foi quanto cresceu o gasto do governo Lula com o Bolsa Família entre junho e julho, início da campanha eleitoral.
37,37%
do PIB. Foi a carga tributária em 2005, mais um recorde negativo da gestão Lula.
10,7%
Foi a taxa de desemprego em julho, a maior em 15 meses, segundo o IBGE.
R$ 10,2 bi
É quanto o PIB agrícola perderá este ano em relação a 2005, segundo a CNA.
18%
do PIB. Foi a carga tributária federal em 2005, mais um recorde negativo da gestão petista.
R$ 900 mil
É o valor da multa que Lula terá que pagar por propaganda eleitoral fora de hora.
R$ 33,8 bi
Foi quanto o governo arrecadou em tributos em julho, um recorde para o mês.
10
das 17 barreiras sanitárias entre o MS e o Paraguai foram fechadas pelo governo, facilitando a entrada de doenças como a aftosa.
1%
Foi quanto o governo Lula gastou até agora do total de R$ 930,2 milhões autorizados para a segurança pública em 2006
63
dos 72 parlamentares denunciados pela CPI das Sanguessugas são da base aliada do governo Lula.
Foi quanto a gestão petista repassou a movimentos sociais aliados, como o MST.
60%
Foi quanto cresceu o gasto do governo Lula com o Bolsa Família entre junho e julho, início da campanha eleitoral.
37,37%
do PIB. Foi a carga tributária em 2005, mais um recorde negativo da gestão Lula.
10,7%
Foi a taxa de desemprego em julho, a maior em 15 meses, segundo o IBGE.
R$ 10,2 bi
É quanto o PIB agrícola perderá este ano em relação a 2005, segundo a CNA.
18%
do PIB. Foi a carga tributária federal em 2005, mais um recorde negativo da gestão petista.
R$ 900 mil
É o valor da multa que Lula terá que pagar por propaganda eleitoral fora de hora.
R$ 33,8 bi
Foi quanto o governo arrecadou em tributos em julho, um recorde para o mês.
10
das 17 barreiras sanitárias entre o MS e o Paraguai foram fechadas pelo governo, facilitando a entrada de doenças como a aftosa.
1%
Foi quanto o governo Lula gastou até agora do total de R$ 930,2 milhões autorizados para a segurança pública em 2006
63
dos 72 parlamentares denunciados pela CPI das Sanguessugas são da base aliada do governo Lula.
PT tentará controlar a mídia; mas só tratará deste assunto mais tarde, depois de Lula reeleito
Do blog do Reinaldo Azevedo
O PT tentará, de novo, controlar a mídia, a exemplo do que já tentou fazer com a Ancinav e com o Conselho Federal de Jornalismo. Mas é claro que deve omitir isso do seu “programa de governo”. Vai querer evitar desgaste. Vai depender do prestígio de Lula caso reeleito. Sempre que o governo está em alta, o projeto sai da gaveta. Por João Domingos no Estadão desta terça: “Para evitar desgaste com os meios de comunicação a um mês e dois dias das eleições, o PT tinha ontem a intenção de omitir do programa de governo a parte em que anuncia a possibilidade de enquadrar as empresas do setor, para 'democratizá-las'. De acordo com informação da direção do PT, não havia consenso sobre o assunto. Um dos 32 grupos internos montados pelo PT para fazer o programa de governo sugeriu 'medidas vigorosas' para os meios de comunicação. Entre as mudanças pensadas está a criação de uma Secretaria de Democratização da Comunicação, diretamente ligada ao presidente da República, e o recadastramento completo das concessões de rádio e TV. Quem não estiver em conformidade com a lei terá a concessão suspensa, de acordo com o texto. O grupo de trabalho que tratou da 'democratização' da comunicação chegou a sugerir mudanças na legislação para assegurar mais equilíbrio na cobertura dos meios eletrônicos, incentivos econômicos para a criação de jornais e revistas independentes e conselhos populares com poder para decidir sobre as atuais e futuras concessões. Esse modelo foi pensado pelo então secretário da Comunicação de Governo Luiz Gushiken, logo depois da posse, mas foi abandonado por Lula. Foi retomado agora pelo grupo encarregado de pensar os meios de comunicação. Para o PT, 'a política de comunicação será construída com a democratização do acesso aos meios de produção audiovisual e impressos com vistas a promover o debate público e plural e a diversidade cultural brasileira'. O grupo de trabalho propôs a criação de um marco regulatório para o setor, mas não esclareceu se será uma agência ou não.”
O PT tentará, de novo, controlar a mídia, a exemplo do que já tentou fazer com a Ancinav e com o Conselho Federal de Jornalismo. Mas é claro que deve omitir isso do seu “programa de governo”. Vai querer evitar desgaste. Vai depender do prestígio de Lula caso reeleito. Sempre que o governo está em alta, o projeto sai da gaveta. Por João Domingos no Estadão desta terça: “Para evitar desgaste com os meios de comunicação a um mês e dois dias das eleições, o PT tinha ontem a intenção de omitir do programa de governo a parte em que anuncia a possibilidade de enquadrar as empresas do setor, para 'democratizá-las'. De acordo com informação da direção do PT, não havia consenso sobre o assunto. Um dos 32 grupos internos montados pelo PT para fazer o programa de governo sugeriu 'medidas vigorosas' para os meios de comunicação. Entre as mudanças pensadas está a criação de uma Secretaria de Democratização da Comunicação, diretamente ligada ao presidente da República, e o recadastramento completo das concessões de rádio e TV. Quem não estiver em conformidade com a lei terá a concessão suspensa, de acordo com o texto. O grupo de trabalho que tratou da 'democratização' da comunicação chegou a sugerir mudanças na legislação para assegurar mais equilíbrio na cobertura dos meios eletrônicos, incentivos econômicos para a criação de jornais e revistas independentes e conselhos populares com poder para decidir sobre as atuais e futuras concessões. Esse modelo foi pensado pelo então secretário da Comunicação de Governo Luiz Gushiken, logo depois da posse, mas foi abandonado por Lula. Foi retomado agora pelo grupo encarregado de pensar os meios de comunicação. Para o PT, 'a política de comunicação será construída com a democratização do acesso aos meios de produção audiovisual e impressos com vistas a promover o debate público e plural e a diversidade cultural brasileira'. O grupo de trabalho propôs a criação de um marco regulatório para o setor, mas não esclareceu se será uma agência ou não.”
segunda-feira, agosto 28, 2006
Gasto com Bolsa-Família sobe 93% no nordeste em um mês.
Lula está usando o nosso dinheiro para comprar votos. Já anunciou o adiantamento do 13º dos aposentados para antes da eleição, agora enche o bolso do povão com o bolsa-família, só falta comprar cesta-básica e cimento.
O Estado de São Paulo
Em apenas um mês, de junho para julho, total dos benefícios saltou de R$ 597,7 milhões para R$ 952,4 milhões
O desembolso com o programa Bolsa-Família deu um salto de 60% em apenas um mês, saindo de R$ 597,7 milhões em junho para R$ 952,4 milhões em julho, período que coincidiu com a melhora da avaliação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à reeleição, apontada pelos institutos de pesquisa. No Nordeste, região de maior popularidade de Lula e onde ele obtém maiores intenções de voto, o aumento em julho foi ainda maior, atingindo 93% - de R$ 245,8 milhões para R$ 473,8 milhões. O casamento do ano eleitoral com a expansão do assistencialismo pode explicar o bom desempenho do presidente Lula nas pesquisas de intenção eleitoral, assim como a boa avaliação do seu governo. Os gastos com o Bolsa-Família estão crescendo justamente no período imediatamente anterior à eleição, como explica o economista Mansueto Almeida, assessor do presidente do PSDB, Tasso Jereissati, em trabalho realizado a partir de dados do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi). Até julho, os benefícios do Bolsa-Família consumiram R$ 4,3 bilhões, faltando aproximadamente R$ 4 bilhões para serem despendidos até o fim do ano. Até junho, porém, a média mensal era de R$ 577 milhões. A partir daí, a média mensal (para se desembolsar todos os recursos orçados para 2006) aumenta em 44%, para R$ 800 milhões, acompanhando meses eleitoralmente decisivos, como julho, agosto, setembro e, em caso de segundo turno, outubro. Almeida frisou que não pode provar que o grande aumento dos desembolsos do Bolsa-Família em julho tenha sido um expediente eleitoral. “O governo sempre pode fazer alegações, como atraso na confecção dos cartões ou outros problemas do gênero”, ele explica. O fato, porém, é que, do momento em que aumentou os recursos no orçamento para o Bolsa-Família de cerca de R$ 4 bilhões em 2005, para R$ 8,4 bilhões em 2006, o Congresso - na visão do economista - colocou nas mãos do governo um poderoso instrumento de manipulação eleitoral. ELEITORADO Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), dirigido pelo ministro Patrus Ananias, o valor de desembolsos do Bolsa-Família em julho traz embutida parcela de R$ 273 milhões do pagamento de junho, não efetuado antes. Ainda assim, somando-se aquela parcela ao que foi efetivamente pago em junho, chega-se a algo entre R$ 870 milhões e R$ 950 milhões (dependendo de se usar os dados do MDS ou do Siafi, que apresentam alguma discrepância), o que indicaria um salto de 60% a 70% em relação à média até maio. Para Marcos Coimbra, do Vox Populi, graças ao programa “o presidente Lula quebra a resistência de um eleitorado dos grotões e das periferias das grandes cidades, formado por mulheres de baixa renda e baixa escolaridade, que resistia a votar nele, mas que, por influência do Bolsa-Família, muda de idéia e passa a votar”.
domingo, agosto 27, 2006
Frase...
"Governar exige pouca inteligência e muito coração"
Luiz Inácio Lula da Silva ontem em comício na cidade de Campinas
Ao menos assumiu a sua burrice.
Luiz Inácio Lula da Silva ontem em comício na cidade de Campinas
Ao menos assumiu a sua burrice.
Caixa dá uma mãozinha pro Lula.
Saiu na Veja
Caixa na campanha
Em cidades do interior de Minas Gerais, muitas famílias receberam neste mês o cartão do Bolsa Família com um recadinho nada original. Com o cartão, chegou uma carta da Caixa Econômica Federal. O texto afirma que o benefício foi "criado para apoiar as famílias mais pobres e assegurar o direito à alimentação". Especialistas são unânimes em dizer que a iniciativa fere a legislação eleitoral: é o velho e péssimo uso da máquina do governo na campanha eleitoral.
Caixa na campanha
Em cidades do interior de Minas Gerais, muitas famílias receberam neste mês o cartão do Bolsa Família com um recadinho nada original. Com o cartão, chegou uma carta da Caixa Econômica Federal. O texto afirma que o benefício foi "criado para apoiar as famílias mais pobres e assegurar o direito à alimentação". Especialistas são unânimes em dizer que a iniciativa fere a legislação eleitoral: é o velho e péssimo uso da máquina do governo na campanha eleitoral.
O inquérito...
Puxei o texto lá do 'Soube?'.
Excelentíssimo Senhor Ministro Joaquim Barbosa
O Procurador-Geral da República, nos autos do inquérito nº 2245 e no uso de suas atribuições constitucionais e legais, vem oferecer DENÚNCIA, contra:
José Dirceu (PT),
José Genoíno (PT),
Delúbio Soares (PT),
Sílvio Pereira(PT),
Marcos Valério,
João Paulo Cunha (PT),
Luiz Gushiken (PT),
Valdemar Costa Neto(PL),
Jacinto Lamas(PL),
Professor Luizinho(PT),
João Magno(PT), etc.. etc.. etc... no total são 40.
Pelas práticas das condutas criminosas abaixo descritas:
(...)
O presente inquérito demonstra a existência de uma sofisticada organização criminosa, divididas em setores de atuação, que se estruturou profissionalmente para práticas de crimes como peculato, lavagem de dinheiro, corrupção ativa, gestão fraudulenta, além das mais diversas formas de fraude.
Pelo que já foi apurado até o momento, o núcleo principal da quadrilha era composto pelo ex Ministro José Dirceu, e ex tesoureiro do Partido dos Trabalhadores, Delúbio Soares, o ex secretário geral do Partido dos Trabalhadores, Sílvio Pereira, e o ex presidente do Partido dos Trabalhadores, José Genoíno.
Os denunciados em conluio com outros integrantes do partido, estabeleceram um engenhoso esquema de desvio de recursos de órgão públicos e de empresas estatais e também de concessões de benefícios diretos ou indiretos a particulares em troca de ajuda financeira.
O objetivo desse núcleo principal era negociar apoio político, pagar dívidas pretéritas do partido, e também custear gastos de campanha e outras despesas do PT e seus aliados.
(...)
O texto acima são partes da denúncia de 136 páginas oferecida pelo Procurador-Geral da República...
Todos são Lulas, e você?
Excelentíssimo Senhor Ministro Joaquim Barbosa
O Procurador-Geral da República, nos autos do inquérito nº 2245 e no uso de suas atribuições constitucionais e legais, vem oferecer DENÚNCIA, contra:
José Dirceu (PT),
José Genoíno (PT),
Delúbio Soares (PT),
Sílvio Pereira(PT),
Marcos Valério,
João Paulo Cunha (PT),
Luiz Gushiken (PT),
Valdemar Costa Neto(PL),
Jacinto Lamas(PL),
Professor Luizinho(PT),
João Magno(PT), etc.. etc.. etc... no total são 40.
Pelas práticas das condutas criminosas abaixo descritas:
(...)
O presente inquérito demonstra a existência de uma sofisticada organização criminosa, divididas em setores de atuação, que se estruturou profissionalmente para práticas de crimes como peculato, lavagem de dinheiro, corrupção ativa, gestão fraudulenta, além das mais diversas formas de fraude.
Pelo que já foi apurado até o momento, o núcleo principal da quadrilha era composto pelo ex Ministro José Dirceu, e ex tesoureiro do Partido dos Trabalhadores, Delúbio Soares, o ex secretário geral do Partido dos Trabalhadores, Sílvio Pereira, e o ex presidente do Partido dos Trabalhadores, José Genoíno.
Os denunciados em conluio com outros integrantes do partido, estabeleceram um engenhoso esquema de desvio de recursos de órgão públicos e de empresas estatais e também de concessões de benefícios diretos ou indiretos a particulares em troca de ajuda financeira.
O objetivo desse núcleo principal era negociar apoio político, pagar dívidas pretéritas do partido, e também custear gastos de campanha e outras despesas do PT e seus aliados.
(...)
O texto acima são partes da denúncia de 136 páginas oferecida pelo Procurador-Geral da República...
Todos são Lulas, e você?
Diogo Mainardi na Veja desta semana
O mensalão das artes
José de Abreu é ator. Apóia Lula. Os americanos decidiram boicotar Mel Gibson por seu anti-semitismo e Tom Cruise por sua cientologia. Podemos boicotar José de Abreu por seu lulismo. Ele é nosso Mel Gibson. É nosso Tom Cruise.
A Eletrobrás patrocinou o último espetáculo teatral de José de Abreu. É um monólogo em que ele interpreta José Dirceu, José Mentor e Gilberto Gil. Uma gente da melhor qualidade. Liguei para a assessoria de imprensa da Eletrobrás e perguntei quanto José de Abreu ganhou pelo espetáculo. Foram precisamente 145.900 reais. É muito? É pouco? Que sei lá eu? A rigor, qualquer investimento em teatro pode ser visto como um despropósito. O fato é que, contando com uma forcinha de José Sarney, José de Abreu ganhou o patrocínio da Eletrobrás. E apóia Lula. Em setembro, ele apresentará seu espetáculo no Amazonas. Amazonenses: boicotem-no.
Wagner Tiso também apóia Lula. Fui conferir sua agenda. Vi que ele rege a Orquestra da Petrobras, toca no Domingo na Funarte, coordena as Quintas no BNDES, viaja a Paris a convite do Ministério da Cultura, é mandado a Goiás pelo Ministério do Turismo, apresenta-se no Centro Cultural Banco do Brasil, e pede tutu da Lei Rouanet para gravar um CD comemorativo de sua carreira. Gosto de me intrometer na vida dos outros. Eu teria o maior interesse em saber quanto do faturamento de Wagner Tiso foi bancado pelo Estado nos últimos anos. E se o número aumentou ou diminuiu durante o mandato de Lula. Pensei em ligar para ele e perguntar-lhe diretamente, mas fiquei envergonhado. Wagner Tiso é amigo de um amigo. Já amolei tanta gente que só me restou amolar os amigos dos amigos. Acabei telefonando para a assessoria de imprensa da Petrobras, para tentar descobrir o valor de seu contrato com a Orquestra. Ninguém quis me informar. A Petrobras é o maior patrocinador cultural do Brasil. Em 2005, investiu 235 milhões de reais em patrocínios. É o mensalão das artes.
Cada um vota como bem entende. Eu só acho que, por pudor, os lulistas deveriam fazê-lo escondido, em vez de anunciá-lo publicamente, como aconteceu na casa de Gilberto Gil, na última segunda-feira. Listei algumas personalidades do meio artístico que declararam voto em Lula e que merecem ser boicotadas. Todas elas já receberam alguma ajuda do Estado. O efeito do boicote será nulo. Mas é sempre uma farra perturbar os lulistas. Caso alguém queira acrescentar um nome, mande-o para mim. Por enquanto, minha lista é a seguinte: Paulo Betti, Arlete Salles, Bete Mendes, Jorge Mautner, Alcione, Jards Macalé, Renata Sorrah, Zeca Pagodinho, Fernanda Abreu, Luiz Carlos Barreto, Augusto Boal, Rosemary, Jorge Furtado, Marcos Winter, DJ Marlboro, Ariano Suassuna, Shel, Cara Branca, Magrelo e Moringa. Peraí. Cancele a última parte. Estou confundindo tudo. É o problema de ler tantos jornais. Os quatro últimos apóiam o PT, mas não pertencem ao meio artístico. Pertencem ao PCC.
José de Abreu é ator. Apóia Lula. Os americanos decidiram boicotar Mel Gibson por seu anti-semitismo e Tom Cruise por sua cientologia. Podemos boicotar José de Abreu por seu lulismo. Ele é nosso Mel Gibson. É nosso Tom Cruise.
A Eletrobrás patrocinou o último espetáculo teatral de José de Abreu. É um monólogo em que ele interpreta José Dirceu, José Mentor e Gilberto Gil. Uma gente da melhor qualidade. Liguei para a assessoria de imprensa da Eletrobrás e perguntei quanto José de Abreu ganhou pelo espetáculo. Foram precisamente 145.900 reais. É muito? É pouco? Que sei lá eu? A rigor, qualquer investimento em teatro pode ser visto como um despropósito. O fato é que, contando com uma forcinha de José Sarney, José de Abreu ganhou o patrocínio da Eletrobrás. E apóia Lula. Em setembro, ele apresentará seu espetáculo no Amazonas. Amazonenses: boicotem-no.
Wagner Tiso também apóia Lula. Fui conferir sua agenda. Vi que ele rege a Orquestra da Petrobras, toca no Domingo na Funarte, coordena as Quintas no BNDES, viaja a Paris a convite do Ministério da Cultura, é mandado a Goiás pelo Ministério do Turismo, apresenta-se no Centro Cultural Banco do Brasil, e pede tutu da Lei Rouanet para gravar um CD comemorativo de sua carreira. Gosto de me intrometer na vida dos outros. Eu teria o maior interesse em saber quanto do faturamento de Wagner Tiso foi bancado pelo Estado nos últimos anos. E se o número aumentou ou diminuiu durante o mandato de Lula. Pensei em ligar para ele e perguntar-lhe diretamente, mas fiquei envergonhado. Wagner Tiso é amigo de um amigo. Já amolei tanta gente que só me restou amolar os amigos dos amigos. Acabei telefonando para a assessoria de imprensa da Petrobras, para tentar descobrir o valor de seu contrato com a Orquestra. Ninguém quis me informar. A Petrobras é o maior patrocinador cultural do Brasil. Em 2005, investiu 235 milhões de reais em patrocínios. É o mensalão das artes.
Cada um vota como bem entende. Eu só acho que, por pudor, os lulistas deveriam fazê-lo escondido, em vez de anunciá-lo publicamente, como aconteceu na casa de Gilberto Gil, na última segunda-feira. Listei algumas personalidades do meio artístico que declararam voto em Lula e que merecem ser boicotadas. Todas elas já receberam alguma ajuda do Estado. O efeito do boicote será nulo. Mas é sempre uma farra perturbar os lulistas. Caso alguém queira acrescentar um nome, mande-o para mim. Por enquanto, minha lista é a seguinte: Paulo Betti, Arlete Salles, Bete Mendes, Jorge Mautner, Alcione, Jards Macalé, Renata Sorrah, Zeca Pagodinho, Fernanda Abreu, Luiz Carlos Barreto, Augusto Boal, Rosemary, Jorge Furtado, Marcos Winter, DJ Marlboro, Ariano Suassuna, Shel, Cara Branca, Magrelo e Moringa. Peraí. Cancele a última parte. Estou confundindo tudo. É o problema de ler tantos jornais. Os quatro últimos apóiam o PT, mas não pertencem ao meio artístico. Pertencem ao PCC.
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