segunda-feira, agosto 28, 2006

Gasto com Bolsa-Família sobe 93% no nordeste em um mês.

Lula está usando o nosso dinheiro para comprar votos. Já anunciou o adiantamento do 13º dos aposentados para antes da eleição, agora enche o bolso do povão com o bolsa-família, só falta comprar cesta-básica e cimento.

O Estado de São Paulo
Em apenas um mês, de junho para julho, total dos benefícios saltou de R$ 597,7 milhões para R$ 952,4 milhões

O desembolso com o programa Bolsa-Família deu um salto de 60% em apenas um mês, saindo de R$ 597,7 milhões em junho para R$ 952,4 milhões em julho, período que coincidiu com a melhora da avaliação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à reeleição, apontada pelos institutos de pesquisa. No Nordeste, região de maior popularidade de Lula e onde ele obtém maiores intenções de voto, o aumento em julho foi ainda maior, atingindo 93% - de R$ 245,8 milhões para R$ 473,8 milhões. O casamento do ano eleitoral com a expansão do assistencialismo pode explicar o bom desempenho do presidente Lula nas pesquisas de intenção eleitoral, assim como a boa avaliação do seu governo. Os gastos com o Bolsa-Família estão crescendo justamente no período imediatamente anterior à eleição, como explica o economista Mansueto Almeida, assessor do presidente do PSDB, Tasso Jereissati, em trabalho realizado a partir de dados do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi). Até julho, os benefícios do Bolsa-Família consumiram R$ 4,3 bilhões, faltando aproximadamente R$ 4 bilhões para serem despendidos até o fim do ano. Até junho, porém, a média mensal era de R$ 577 milhões. A partir daí, a média mensal (para se desembolsar todos os recursos orçados para 2006) aumenta em 44%, para R$ 800 milhões, acompanhando meses eleitoralmente decisivos, como julho, agosto, setembro e, em caso de segundo turno, outubro. Almeida frisou que não pode provar que o grande aumento dos desembolsos do Bolsa-Família em julho tenha sido um expediente eleitoral. “O governo sempre pode fazer alegações, como atraso na confecção dos cartões ou outros problemas do gênero”, ele explica. O fato, porém, é que, do momento em que aumentou os recursos no orçamento para o Bolsa-Família de cerca de R$ 4 bilhões em 2005, para R$ 8,4 bilhões em 2006, o Congresso - na visão do economista - colocou nas mãos do governo um poderoso instrumento de manipulação eleitoral. ELEITORADO Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), dirigido pelo ministro Patrus Ananias, o valor de desembolsos do Bolsa-Família em julho traz embutida parcela de R$ 273 milhões do pagamento de junho, não efetuado antes. Ainda assim, somando-se aquela parcela ao que foi efetivamente pago em junho, chega-se a algo entre R$ 870 milhões e R$ 950 milhões (dependendo de se usar os dados do MDS ou do Siafi, que apresentam alguma discrepância), o que indicaria um salto de 60% a 70% em relação à média até maio. Para Marcos Coimbra, do Vox Populi, graças ao programa “o presidente Lula quebra a resistência de um eleitorado dos grotões e das periferias das grandes cidades, formado por mulheres de baixa renda e baixa escolaridade, que resistia a votar nele, mas que, por influência do Bolsa-Família, muda de idéia e passa a votar”.

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