terça-feira, agosto 29, 2006

PT tentará controlar a mídia; mas só tratará deste assunto mais tarde, depois de Lula reeleito

Do blog do Reinaldo Azevedo
O PT tentará, de novo, controlar a mídia, a exemplo do que já tentou fazer com a Ancinav e com o Conselho Federal de Jornalismo. Mas é claro que deve omitir isso do seu “programa de governo”. Vai querer evitar desgaste. Vai depender do prestígio de Lula caso reeleito. Sempre que o governo está em alta, o projeto sai da gaveta. Por João Domingos no Estadão desta terça: “Para evitar desgaste com os meios de comunicação a um mês e dois dias das eleições, o PT tinha ontem a intenção de omitir do programa de governo a parte em que anuncia a possibilidade de enquadrar as empresas do setor, para 'democratizá-las'. De acordo com informação da direção do PT, não havia consenso sobre o assunto. Um dos 32 grupos internos montados pelo PT para fazer o programa de governo sugeriu 'medidas vigorosas' para os meios de comunicação. Entre as mudanças pensadas está a criação de uma Secretaria de Democratização da Comunicação, diretamente ligada ao presidente da República, e o recadastramento completo das concessões de rádio e TV. Quem não estiver em conformidade com a lei terá a concessão suspensa, de acordo com o texto. O grupo de trabalho que tratou da 'democratização' da comunicação chegou a sugerir mudanças na legislação para assegurar mais equilíbrio na cobertura dos meios eletrônicos, incentivos econômicos para a criação de jornais e revistas independentes e conselhos populares com poder para decidir sobre as atuais e futuras concessões. Esse modelo foi pensado pelo então secretário da Comunicação de Governo Luiz Gushiken, logo depois da posse, mas foi abandonado por Lula. Foi retomado agora pelo grupo encarregado de pensar os meios de comunicação. Para o PT, 'a política de comunicação será construída com a democratização do acesso aos meios de produção audiovisual e impressos com vistas a promover o debate público e plural e a diversidade cultural brasileira'. O grupo de trabalho propôs a criação de um marco regulatório para o setor, mas não esclareceu se será uma agência ou não.”

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