sexta-feira, agosto 25, 2006

Desemprego galopa e renda cai

Desemprego em alta, renda em queda. As seis principais regiões metropolitanas do país amargaram, em julho, o maior desemprego (10,7%) em 15 meses, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), alta de 1,3 ponto sobre o mesmo mês de 2005, quando a taxa ficara em 9,4%. Em relação a junho, quando taxa fora de 10,4%, o desemprego também subiu. Em julho, o rendimento médio real dos trabalhadores também caiu: 0,7% em relação ao mês anterior, no primeiro recuo após cinco meses consecutivos de expansão na comparação mensal.

Lula Clark Kent fica irritadinho com perguntas.

Questionado sobre quem paga as despesas de viagem, se a União ou o PT, Lula sobe nas tamancas e encerra entrevista coletiva. Diz ainda que passa de presidente à candidato "momentaneamente". Lula é o nosso Clark Kent.


Folha Online
Irritado com uma questão sobre quem está pagando sua viagem a Foz do Iguaçu (PR), onde tinha compromissos tanto como presidente como quanto candidato, Luiz Inácio Lula da Silva disse que a mudança de uma condição a outra é "momentânea" e endereçou a pergunta ao presidente do PT. "Eu não sei se estou dando essa entrevista para você como candidato ou como presidente, você interpreta como você quiser", disse Lula. "A mudança de presidente para candidato é uma coisa quase que momentânea", disse Lula, ao explicar que tinha assinado medidas de governo logo depois de conceder uma entrevista como candidato. "Você precisa depois pegar o presidente do partido e ver como é que eles estão pagando", disse, encerrando a entrevista coletiva, que estava apenas na segunda pergunta.

Carga tributária bate recorde.

Enquanto a quantidade imposto que nós brasileiros pagamos está batendo um recorde tendo subido de 34,92% em 2003 para 37,37% em 2005, Lula diz que defende a redução da carga tributária. Mas ele só pode estar tirando uma com a nossa cara mesmo. Lula ontem: "Precisamos ter juros menores e uma carga de impostos mais leves." Tá isso nós já sabemos e o que você Lula fez à respeito nos últimos quatro anos? Isso já não era promessa da campanha anterior? E se reeleito vai fazer o que para mudar? Torcida? Oração? E se nada mudar, vai culpar o Congresso?

O Governo ainda teve a cara-de-pau de dizer que a carga tributária subiu porque a economia cresceu. Meu Deus, como já disse o Reinaldo Azevedo não estamos falando de números absolutos, mas sim em percentual. Se for desse jeito não quero mais que o Brasil cresça, se crescer como a China a carga tributária vai pra 80%, segundo o raciocínio dos ilustres ministros.

Folha Online
No mesmo dia em que a Receita Federal divulgou que a carga tributária brasileira subiu pelo segundo ano seguido, atingiu 37,37% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2005 e bateu um novo recorde, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu explicitamente por duas vezes a redução da carga em discurso no Palácio do Planalto.

A membros do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social --principalmente empresários--, Lula afirmou: "Precisamos trabalhar para melhorar a qualidade de nosso gasto, diminuindo as despesas de custeio para investir mais em infra-estrutura e ter condições de reduzir a carga tributária."

Segundo ele, dessa forma "o governo estimula diretamente o desenvolvimento e abre espaço para o setor privado crescer, crescer mais e gerar empregos".

Minutos depois, no mesmo discurso, Lula voltou ao tema e relacionou diretamente a redução da carga tributária à competência de um governo para a implementá-la.

"Precisamos ter juros menores e uma carga de impostos mais leves. Para isso, mais que nunca será necessária a conjugação de uma política econômica correta, uma gestão administrativa eficiente e um comando político definitivamente acertado", afirmou.

Após ter avançado de 34,92% em 2003 para 35,88% em 2004, a carga tributária atingiu 37,37% no ano passado e chegou à marca de R$ 724 bilhões em tributos pagos, segundo a Receita Federal.

Tanto o presidente quanto o ministro Guido Mantega (Fazenda) e seu antecessor Antonio Palocci sempre negaram que haveria aumento de carga durante o governo Lula.

Hoje Lula disse que reduziu impostos durante seu governo "mas a arrecadação não caiu". Entre outras medidas, ele citou a correção da tabela do IR em dois anos, a eliminação do PIS e da Cofins para computadores populares, a extinção do IPI para uma lista de bens de capital (máquinas) e a isenção para livros.

"E por que a arrecadação não caiu? Porque tivemos um grande sucesso na recuperação da nossa economia, porque mais gente foi empregada, porque as empresas lucraram mais e porque a renda subiu e também porque a Receita Federal foi muito mais competente em combater a sonegação fiscal", afirmou.

No futuro, Lula prometeu trabalhar pela aprovação da reforma tributária e pela simplificação com um único imposto de valor agregado.

"Se conseguirmos simplificar, a base tributária aumenta e ganhamos espaço par reduzir a carga tributária", afirmou.

Exclusão do Bolsa-Familía, só depois das eleições.

Portaria do Ministério da Assistência Social de novembro de 2005 prevê que o governo federal deveria suspender o benefício em setembro de 2006 para as famílias que recebem o Bolsa-Família e não mantêm os filhos na escola, mas, por conta de modificações nos cristérios de exclusão do Bolsa-Família, a punição foi adiada para depois das eleições de outubro.

quinta-feira, agosto 24, 2006

A fórmula antidemocrática de Lula

Folha de São Paulo

SE A REELEIÇÃO vier, ela não será o ocaso da carreira de Lula, e sim o passo inicial para uma tentativa de mudança autoritária das regras do jogo político que tem como objetivo lançar sobre o terreno que foi preparado com a complacência das oposições as bases de uma hegemonia neopopulista de longa duração no país.
Isso tudo pode ocorrer sem que se quebre a liturgia formal das instituições do sistema representativo e, assim, não caberá nenhuma acusação de golpismo. É claro que algumas coisas "extraordinárias" deverão acontecer. Com 50 a 70 deputados petistas eleitos em 2006, Lula não teria força para tanto.
Todavia, se consagrado pelas urnas com votação expressiva, Lula e sua tropa atropelarão aliados, adversários e instituições, falando diretamente para as massas. Os aliados fisiológicos do governo também não terão coragem para se opor às iniciativas daquele que, além de batizado, foi crismado pelas urnas. Os adversários recém-derrotados não terão muito ânimo para travar uma batalha cruenta em defesa de princípios.
A descoberta de corrupção em larga escala nos Parlamentos e as ações terroristas praticadas pelo PCC servem como exemplos desses fatos extraordinários que deverão ser "produzidos" para causar uma certa comoção na opinião pública, manipulando-a para levá-la a aceitar a adoção daquelas medidas regressivas capazes de permitir a implantação da fórmula lulista.
Como os Parlamentos estão desmoralizados, é preciso reduzir as proteções legais dos seus titulares e restringir o poder das CPIs, que servem só para criar caso, não deixando o presidente trabalhar. O argumento é chulo, mas condiz com o estilo do líder: que moral teriam deputados e senadores corruptos para fiscalizar o comportamento de um governante que foi eleito com mais de 50 milhões de votos?
Além disso, como a corrupção é generalizada, é preferível manter a centralização dos processos administrativos, reforçando o protagonismo presidencial. Isso abre caminho para ampliar políticas assistencialistas e clientelistas, realçando o papel do grande líder popular, colocado agora no lugar daqueles coronéis da velha elite corrupta.
Para superar as resistências a tais medidas moralizantes, será necessário encontrar um jeito de garantir maioria governista nos tribunais superiores, na burocracia estatal e na mídia.
Isso abre caminho para ampliar o aparelhamento do Estado e para retomar propostas autoritárias de controle estatista-corporativo da atividade audiovisual e jornalística.
Ao mesmo tempo, para corrigir as deformações promovidas por veículos não-alinhados, será preciso manter o controle centralizado sobre as verbas de publicidade das grandes empresas estatais, além de investir pesadamente em propaganda oficial, com o fito de dissuadir um comportamento muito independente dos grandes meios de comunicação. Como é o sistema todo que está podre, é urgente fazer uma reforma política, mas sem muita política (sob o pretexto de reduzir a participação de contumazes corruptos).
O destaque deve ser dado à mudança das regras eleitorais (com a introdução do voto em lista), mas sem uma reforma partidária (a não ser no que tange à adoção da fidelidade), conferindo, na prática, aos chefes de partidos poder de vida ou morte sobre seus correligionários. Depois será mais fácil reunir esses chefes em uma espécie de comando de oligopólio, para coibir espertezas de aventureiros individuais.
Diante da crescente ousadia política do crime organizado, nada, senão manter ou ampliar as demonstrações espetaculares da Polícia Federal, passando para a opinião pública a impressão de que, ao contrário do que ocorre nas unidades da Federação controladas pela oposição, temos um governo federal forte e eficaz, e induzindo as populações a se desfazer daqueles partidos que só pensam em objetivos eleitoreiros, descuidando das suas responsabilidades pela segurança dos cidadãos.
A despeito do fato de essa fórmula já estar sendo parcialmente implementada, transformando 2006 em uma ante-sala de 2010 (o que, no Brasil, já é longo prazo), é claro que ela pode não dar certo, sobretudo se encontrar resistência. Mas a insistência em aplicá-la levará o Brasil a uma crise institucional sem precedentes.

TSE critica antecipação do 13º


O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Marco Aurélio Mello, criticou a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de antecipar para setembro, às vésperas da eleição, o pagamento de metade do 13 salário de aposentados e pensionistas da Previdência.
“O saco de bondades acaba sempre sendo aberto apenas na época de eleições e isso não é bom para a democracia”, afirmou Marco Aurélio.

Lula candidato 24 Hrs

Folha de São Paulo
Berzoini afirma que Lula não bate cartão e defende campanha de dia
O coordenador da campanha de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Ricardo Berzoini, disse ontem que o PT não se sente obrigado a respeitar a norma baixada há cerca de dois meses pelo próprio governo de que Lula só poderia posar de candidato fora dos horários de expediente.
"Presidente não bate cartão. De nossa parte, não existe uma visão de limitação", afirmou Berzoini. Na próxima terça, já haverá uma demonstração disso. O PT marcou para as 12h o lançamento do programa de governo de Lula, com a presença do presidente.
Em julho, os ministros Márcio Thomaz Bastos (Justiça) e Tarso Genro (Relações Institucionais) orientaram seus colegas e o próprio Lula a tomar o cuidado de fazer campanha apenas antes e após o expediente e nos finais de semana. Fizeram isso após consulta ao Tribunal Superior Eleitoral.
O horário de trabalho foi definido como sendo das 9h às 17h, mas Lula já vem usando as manhãs de alguns dias para gravar seus programas de TV.
Berzoini agora diz que a orientação não é uma norma, mas um "princípio geral", que não precisa ser seguido à risca. Segundo ele, o cargo de chefe de Estado tem por definição horários flexíveis, e Lula teria muitas horas de crédito como presidente para descontar. "O presidente trabalha sábado, domingo, feriado, à noite. Presidente não está protegido pela CLT [Consolidação das Leis do Trabalho]. Seria até bom que estivesse", afirmou.

quarta-feira, agosto 23, 2006

Assim caminha o Brasil.

Na minha opinião, Lula culpa a Democracia.

Saiu no Estado de São Paulo de Hoje
Lula culpa Congresso por fracassos.

Em entrevista à Rádio Tupi, na qual tratou de corrupção de forma genérica, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva responsabilizou ontem sobretudo o Congresso por problemas em sua administração, entre eles o fracasso do Programa Primeiro Emprego.

Por que Lula acusa o Congresso como um todo e não especificamente a oposição? Por que ele não aproveita e joga a culpa no PSDB, PFL e outros partidos? Por que Lula está na verdade dizendo que quem não o deixa governar é o sistema. Mas que sistema seria esse? É a DEMOCRACIA. Todos os dias Lula ataca a nossa Democracia e a maioria fica aplaudindo. É triste...

Há diferença sim, são ingênuos aqueles que pensam o contrário.

Estadão
Para o banco Barclays Capital, o mercado está cometendo um erro e o impacto a médio prazo pode causar riscos às expectativas financeiras internacionais
O banco Barclays Capital alertou que os investidores podem estar cometendo um erro ao não diferenciar o impacto de médio prazo sobre as perspectivas do Brasil em uma reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o do candidato do PSDB, Geraldo Alckmin.

Em relatório para clientes, o banco alerta que uma vitória de Lula cria riscos para as atuais expectativas do mercado, principalmente em relação à continuidade de uma política fiscal prudente e na adoção de reformas estruturais.

"Uma reeleição de Lula não precisa gerar os temores que predominaram em 2002, nem deverá retroceder substancialmente as perspectivas do País", disse o autor do relatório, o analista Michael Hood.

"Entretanto, a menos que as condições globais continuem extremamente favoráveis, é muito mais provável a marcha do Brasil rumo a uma classificação de risco, grau de investimento que ficará atolado na lama durante um segundo mandato de Lula do que num governo Alckmin".

Ele observou que as eleições deste ano não estão atraindo a mesma atenção ou gerando a turbulência nos mercados financeiros que marcaram o pleito em 2002. Os investidores parecem estar diferenciando muito pouco o presidente Lula de seu principal oponente, considerando as eleições de outubro quase como um não-evento.

"No curto prazo, essa visão parece razoável pois Lula não deverá alterar os contornos gerais da atual política macroeconômica. No médio prazo, maiores riscos cercam um segundo mandato de Lula do que um governo Alckmin, especialmente com o ambiente para a política fiscal se tornando mais difícil."

Segundo ele, a capacidade de um segundo mandato de Lula sustentar uma política fiscal prudente poderá declinar com o passar do tempo diante de "um cenário externo menos favorável, dificuldades que reduzirão a capacidade administrativa do governo, uma crescente influência da base do PT, uma fatiga de segundo mandato em um Congresso mais hostil".

Além disso, avalia Hood, "mesmo os progressos mínimos gerados nos temas estruturais de política econômica obtidos nos últimos anos, deverão ser suspensos com pouca coisa acontecendo em áreas com a da Previdência Social, código tributário, independência do Banco Central e na estrutura regulatória.

Traduzindo eles estão dizendo que há grandes chances sim de em um segundo mandato Lula pôr as manguinhas de fora, aumentando os gastos do governo sem se preucupar em como pagar a conta. Vai ver o Lula pensa que é só ir na Casa da Moeda e pedir pra fabricarem dinheiro pra ele.

Compra de Votos

Diário News
Lula diz que vai antecipar 13º de aposentados para setembro
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato do PT à reeleição, afirmou nesta terça-feira, em entrevista à rádio Tupi, que pretende antecipar para setembro o pagamento do 13º salário dos aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Normalmente, o pagamento do 13º é feito em dezembro --junto com o pagamento dos benefícios de novembro e que são depositados em dezembro.Com essa antecipação, o pagamento do 13º salário será feito às vésperas das eleições de outubro.

Isso não é comprar votos com o dinheiro público? E depois diz que não usa a máquina pública...

terça-feira, agosto 22, 2006

Lula viaja às custas da União.

O Gusta me alertou.
Folha Online
Estratégia do Planalto ajuda PT a reduzir gastos com viagens de Lula
Para diminuir os gastos do PT com a campanha à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Palácio do Planalto passou a agendar eventos oficiais nas mesmas cidades em que o petista tem compromissos como candidato. O uso da estratégia faz com que despesas com o combustível da aeronave presidencial sejam pagas pela União, e não pelo partido.
Um exemplo disso acontece hoje. À noite, na condição de candidato à reeleição, Lula participa de jantar na casa do ministro Gilberto Gil (Cultura), no Rio de Janeiro. Antes disso, também no Rio, marcará presença, como presidente, em um congresso mundial de saúde.

Se fossem éticos e morais como apregoam deveriam ao menos pagar a passagem de volta. E assim o nosso dinheirinho vai sendo usado por esta corja.

Nós ficamos com a conta.

Mas não fazem nada direito?

MP ataca decreto da TV digital
Procuradores apontam violações a leis e à Constituição e querem a anulação absoluta da medida
O Ministério Público Federal (MPF) ajuizou uma ação civil pública contra o decreto presidencial que implantou a TV digital no País. A Procuradoria da República em Minas sustenta que o ato está "repleto de ilegalidades" e listou ao menos cinco violações a leis e à Constituição. A ação, distribuída ontem à 20ª Vara da Justiça Federal em Belo Horizonte, pede que a Justiça conceda liminar suspendendo os efeitos e declare a nulidade absoluta do decreto.
Leia mais no Estado de São Paulo

Esse negócio de leis e constituição é um saco né Lula? Vocês não podem fazer nada do jeito que vocês querem. Por isso você quer uma constituinte não é mesmo? Daí você poderá pintar e bordar.

A baixaria do presidente

Estado de São Paulo
Primeiro, Lula invocou o dever de preservar a integridade da função presidencial para não se expor ao confronto direto com os adversários nas sabatinas previstas pelas principais redes de televisão. Depois, mandou às favas as aparências, ao dizer que só irá a debates "quando (lhe) interessar" - completando, no melhor estilo autocrático, "não posso ir só porque outros acham que devo", como se o eleitor não tivesse a mais remota importância. Por fim, o mesmo presidente da República aparentemente preocupado em zelar pela dignidade do cargo permitiu-se, domingo, praticar uma grosseria sem precedentes nesta campanha.

Num comício em Osasco - reduto do companheiro-mensaleiro João Paulo Cunha, o ex-presidente da Câmara absolvido na Pizzaria Plenário, de quem um esperto Lula tratou de manter profilática distância -, ele desceu aos porões da retórica. Acusou o seu principal contendor de 2002 e atual candidato do PSDB ao governo paulista, José Serra, sem citá-lo nominalmente, de "vomitar preconceito contra o povo nordestino que tanto ajudou a construir esse país e essa cidade". Eis um golpe baixo que junta injúria e calúnia. Em entrevista à Rede Globo, na semana passada, o ex-prefeito considerou o fluxo migratório para o Estado um dos fatores responsáveis pela queda da qualidade do ensino local.

"São Paulo tem muita migração. Muita gente que continua chegando, esse é um problema", avaliou Serra. Pode-se concordar ou discordar da explicação, mas o fato é que ele não falou em nordestinos - e muito menos contra a migração de nordestinos. Ainda assim, o candidato petista ao Palácio dos Bandeirantes, Aloizio Mercadante, tratou de espalhar a inverdade de que o filho de imigrantes José Serra era antinordestino. Pelo menos se conteve no limite do tolerável, evitando o verbo que Lula utilizou como se estivesse num bate-boca de botequim. O jeito lulista de falar é fartamente conhecido de todos quantos conversam com ele em privado. Certa vez, sem se dar conta de que outros o ouviam, comentou que Pelotas "é um pólo exportador de veados". Pra quem não viu essa vale apena acessar o link.

No comício de Osasco, Lula ainda se sentiu à vontade para desafiar a oposição no plano da compostura. "Podem provocar, podem baixar o nível da campanha o quanto quiserem", desdenhou, como se ele tivesse aversão a isso. Mas o palanqueiro, que veste metaforicamente a faixa presidencial quando lhe interessa e dela se despe quando lhe convém, não é um impulsivo. É claro que ele inventou o preconceito de Serra contra os nordestinos não apenas para dar uma força a Mercadante, mas principalmente para se exibir, ainda uma vez, como o defensor, disposto a tudo, do segmento do eleitorado brasileiro que nele tende a votar maciçamente.

O que a canelada de Lula talvez tenha de pior é que poderá servir de senha para o rebaixamento geral do padrão da campanha - o que não é tão difícil assim, se se levar também em conta o pendor da candidata Heloísa Helena para a incontinência verbal. Decerto a agressão do presidente leva água para o moinho de aliados do tucano Geraldo Alckmin, como o senador Antonio Carlos Magalhães, para quem o candidato "ou bate, ou tira logo esse programa do ar", alheio ao modo de ser do candidato, que desde a primeira hora repete que falar mal dos outros não torna ninguém melhor. Claro que há amplo espaço para explorar a vulnerabilidade de Lula em matéria de ética, sem descambar para o insulto - e sem mentir.

Foi o que fez Alckmin anteontem em São Paulo, ao avivar a memória do eleitorado para as indigestas companhias do presidente. "O candidato deu as costas para o povo brasileiro, para a Justiça e os bons costumes", criticou o tucano. "Trabalhou do lado do Waldomiro, do mensalão, dos sanguessugas, do valerioduto." Ele há de saber que nada desgosta mais o público do que o bate-boca entre os políticos. Seja qual for a sua extração social, o eleitor tende a considerar que, ao brigar entre si, em vez de falar do que lhe interessa e apresentar propostas inteligíveis, os candidatos o excluem do debate público - e logo dá as costas ao xingatório.

O problema do nível de campanha não é, pois, de boas maneiras. O que conta - se não nos comícios, de audiência arregimentada e cada vez mais restrita, decerto no horário de propaganda - é a forma como o eleitor se sente tratado.

Lula propõe implatação do SUS nos países pobres

Saiu no Estadão: Para o presidente, o modelo está dando certo no Brasil e deveria ser financiado pelos países mais ricos. Diz Lula "Podem contar comigo para ser um peregrino por esse mundo afora pedindo aos governantes que não permitam mais que os países mais pobres vejam seus filhos morrerem porque não podem ter acesso aos remédios caros produzidos pelos laboratórios"

Pensei que era no Brasil que as mães vêem os filhos morrendo nas portas dos hospitais. No último domingo mesmo no Rio, um turista peregrinou por nove hospitais até ser atendido (Terra). Resultado, não pôde mais reimplantar o dedo perdido em um acidente doméstico. E esse papo dos remédios? Quem fez alguma coisa à respeito foi o Serra quando ministro da saúde, quebramdo as patentes de vários remédios caros. O Lula inventou aquela Farmácia Popular, que até hoje não saiu do papel.

Governo Lula quer acabar com a Anatel

O sonho do PT é acabar com as agências e desfazer todas as privatizações. Não importa que empresas competitivas e que melhores servços estão sendo prestados à população. Não importa que antes as empresas quando públicas eram inchadas e davam prejuízo. O que importa é ter o poder nas mãos, sem levar em conta questões econômicas. Imagino como eles têm dor de cotovelo pela Petrobrás não ser totalmente pública e servir de manobras políticas como Cháves faz com a empresa estatal venezuelana.

Estadão
A interferência do Executivo nas decisões das agências reguladoras deve se agravar em um eventual segundo governo Luiz Inácio Lula da Silva. A avaliação é do conselheiro Fernando Pinheiro, da Câmara Americana de Comércio (Amcham).

“A tendência é piorar, porque o projeto é acabar com as agências e colocar tudo de novo nos ministérios”, disse. “Vamos voltar à mesma porcaria de antes.”

Pinheiro acredita que os sucessivos episódios em que as agências são desautorizadas pelos ministros refletem “a intenção do governo de tomar o Estado para si”.

Para ele, a crise que envolve o ministro das Comunicações, Hélio Costa, e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), dispensa comentários. “Ele desmoraliza totalmente a agência.”

O atual embate entre o ministro e a agência se dá em torno da participação das grandes empresas de telefonia fixa nos leilões de concessão para explorar internet banda larga sem fio (WiMAX).

Licitação

A Anatel acha que as telefônicas fixas não devem competir pela concessão nas áreas em que já operam. Costa entende o contrário e ameaçou editar uma portaria modificando a decisão da agência.

“É um claro exemplo daquilo que não deve ocorrer num sistema regulatório moderno”, disse o economista Gesner Oliveira, da Tendências Consultoria Integrada. “A autoridade política não deve interferir nas decisões de caráter técnico.”

Na avaliação de Gesner, a restrição imposta pela Anatel faz todo sentido, porque as operadoras de telefonia fixa já dominam o mercado de internet banda larga com fio. A venda de concessão para explorar o serviço sem fio seria uma chance de aumentar a concorrência.

Para Pinheiro, o risco de interferência direta do governo nas agências prejudica as decisões de investimento em infra-estrutura no Brasil. “Em áreas como energia e telefonia estamos falando em investimentos de 20, 25 anos”, disse. “Como o empresário vai tomar uma decisão sabendo que está sujeito a uma mudança de regras da noite para o dia?”

Os dois especialistas observam que o governo mina o poder das agências de duas formas: não dá a elas autonomia financeira, bloqueando seus recursos, e demora para indicar nomes para compor suas diretorias, muitas vezes impedindo-as de funcionar por falta de quórum. “Assim, aos poucos, o governo vai discretamente acabando com as agências”, afirmou Pinheiro.

Programa do PT fere a lei das eleições.

Eles sempre tentam dar um jeito de burlar as leis.

ComuniWEB
Programa do PT terá que retirar cenas externas
O ministro Ari Pargendler, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou que todas as emissoras de televisão retirem de veiculação a inserção de 15 segundos da coligação "A Força do Povo" (PT/PRB/PCdoB), do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que utiliza cenas externas ao fazer menção ao programa Bolsa Família, do governo federal. Na decisão, o ministro argumentou que, "aparentemente, a inserção impugnada se valeu de gravações externas e de computação gráfica", recursos proibidos pelo artigo 51 da Lei das Eleições (Lei 9.504/97).

segunda-feira, agosto 21, 2006

Qual deles é você?

Os gaúchos sabem o que querem.

No RS, Alckmin sobe para 29% e Lula cai para 34%
JC Online
O candidato do PSDB Geraldo Alckmin reduziu a diferença para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entre os eleitores gaúchos entrevistados pelo Ibope sobre a disputa presidencial. Em pesquisa divulgada nesta segunda-feira (21) pelo jornal Zero Hora, o tucano aparece com 29% das intenções de voto, ante 26% do levantamento anterior, feito entre os dias 19 e 22 de junho. Lula recebeu 34% agora, ante 39% da pesquisa de junho.

Em terceiro lugar, ficou a candidata do P-SOL, Heloisa Helena, que subiu de 8% para 16% nas intenções de voto. Entre os 1.008 eleitores entrevistados, 10% não souberam informar ou não opinaram e 7% indicaram a opção branco ou nulo. O pedetista Cristovam Buarque recebeu 2%, ante 1% de junho. Os candidatos José Maria Eymael (PSDC), Luciano Bivar (PSL), Rui Costa Pimenta (PCO) e Ana Maria Rangel (PRP), tiveram 1% neste levantamento.

Em uma simulação de segundo turno, Alckmin ficou à frente de Lula, com 45% das intenções de voto, ante 39% do adversário. A margem de erro é de três pontos porcentuais, para mais ou para menos. Na pesquisa anterior, os dois apareciam tecnicamente empatados na simulação de segundo turno. Alckmin também leva vantagem na pergunta sobre rejeição, com 15% das indicações, enquanto Lula lidera, com 35%, e Heloisa Helena fica em segundo, com 18%.

Lula Malandro

Afronta à lei eleitoral - Correio Braziliense

Luiz Inácio Lula da Silva afirma não saber nunca quando é presidente da República e quando é candidato à reeleição. Não sabe como não sabia de suborno de parlamentares via mensalão arquitetado nas salas contíguas ao seu gabinete por altos dirigentes do PT, comandados pelo então ministro do Gabinete Civil José Dirceu. Não sabe, continua sem saber e, pelo visto, sua assessoria não pretende ensiná-lo a distinguir um presidente da República de um candidato à sucessão presidencial. Lula, aberto o período previsto em lei para a propaganda eleitoral, comporta-se apenas como candidato, seja dentro ou fora do exercício do cargo.

Desde 1º de julho proibido pela legislação de inaugurar obras, sobretudo a fim de não usar os eventos para reunir claques e deitar falação eleitoral, o presidente nem sequer se conduz de acordo com a lei em atos oficiais celebrados no Palácio do Planalto. Há pouco, em cadeia nacional de televisão, viu-se Lula alvo de entusiástica manifestação de trabalhadoras em uma plataforma da Petrobras. Esteve ali - eis a forma insolente de burlar a legislação - não para inaugurar obras, mas para "inspecionar obras".

Assim, a cada instante, viola o artigo 73, VI, b e c, e § 3º da Lei nº 9.504/97. Se o presidente da República não respeita, em uma frente, normas sancionadas no ordenamento jurídico e, em outra, recorre a expedientes indecorosos para afrontá-las, faz descer pela escadaria social o exemplo de que, no Brasil, as leis são apenas papeluchos sem serventia.

Está explícita na declaração (não sabe quando é e quando não é presidente) a noção de que Lula, mesmo se não advertido para as restrições das regras eleitorais, tem ciência de que, na confusão, em algum momento se converte em infrator suscetível de expor-se à reprimenda penal. E, se por inversão do princípio da impunidade para os "dignitários" políticos, viesse a ser processado por crime de responsabilidade, ainda seria absolvido, como o foi na crise do mensalão. Bastaria repetir à náusea: "Eu não sabia, eu não sabia, eu são sabia.".

domingo, agosto 20, 2006

Quando foi a última vez que este homem trabalhou mesmo?

Crédito se esgota como motor econômico

Como mostra o programa eleitoral do Lula, o pobre comprou até DVD. Fica a pergunta, vai conseguir pagar como as 36 prestações?

Folha Online
Níveis de inadimplência têm alta significativa e IBGE diz que o consumidor chegou "ao limite" do seu endividamento

Técnico do Ipea afirma que a ampliação do crédito e os benefícios assistenciais deram "gás artificial" ao crescimento da economia


A expansão do crédito como um dos motores do atual crescimento econômico chegou ao seu limite e está desacelerando. Ao mesmo tempo, há recordes no aumento do número de endividados e no comprometimento da renda com dívidas.
Em julho, o Brasil sofreu um aumento considerado "histórico" nos registros de CPFs de pessoas que não honraram suas dívidas. Houve um salto de 89,2% sobre julho de 2005 na média de 15 Estados (não inclui São Paulo), segundo o SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito). A alta acumulada no primeiro semestre é de 35%.
Em São Paulo, 38% dos consumidores declararam, em julho, estar com a renda comprometida com dívidas por mais de um ano. Um recorde, diz a Fecomercio SP, que reúne as empresas comerciais do Estado.
Segundo a entidade, mais de 55% dos paulistanos têm dívidas. Desses, 37,3% estão com as contas em atraso.
De acordo com o Banco Central, 7,7% das pessoas físicas estavam inadimplentes em maio. Do final de 2004 para cá, a inadimplência cresceu 24,2%. No crédito para a aquisição de bens de consumo, o não-pagamento chega a 11,3%. Como resposta, vários bancos já estão pisando no freio na oferta de crédito.
Segundo Marcel Solimeo, economista da ACSP (Associação Comercial de São Paulo), se os dados do BC excluíssem as operações de crédito consignado (com desconto direto em folha de pagamento e hoje 50% do crédito concedido), a inadimplência seria ainda maior.

Limite e artificialidade
Reinaldo Pereira, responsável pela Pesquisa Mensal de Comércio do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), afirma que o brasileiro está chegando "ao limite de seu endividamento".
Para o pesquisador Roberto Messenberg, do Ipea (Instituto de Economia Aplicada), ligado ao Ministério do Planejamento, o esgotamento do crédito revela a "artificialidade" e a "insustentabilidade" das políticas adotadas pelo governo para promover o crescimento atual.
"Muito disso [da expansão econômica e do crédito] fez parte de um processo de transferência de renda promovido pelo setor público. Os programas assistencialistas injetaram um poder de compra maior na economia. Isso deu um gás ao consumo e fez com que o ritmo fosse mantido por algum tempo. Mas é insustentável", afirma.
Na semana passada, a Folha entrevistou algumas pessoas que saíam de lojas especializadas em conceder crédito no centro de São Paulo. Há dezenas delas e centenas de funcionários "caçando" clientes nas ruas. Dois dos entrevistados foram à financeira tentar um novo crédito para pagar dívidas.
Basicamente, a inadimplência aumentou porque as pessoas se endividaram mais sem que houvesse um aumento correspondente na renda.
Nos últimos 12 meses, segundo o Banco Central, as operações de crédito às pessoas físicas tiveram aumento de 31%. Boa parte do crescimento deveu-se ao crédito consignado a pensionistas da Previdência Social, que hoje já representa a metade do que é concedido.
Em contrapartida, o aumento da massa real de rendimentos no Brasil deve subir apenas 5,5% neste ano.
Para 2007, as previsões de aumento da renda são piores. Devido a seu peso sobre as contas públicas, não são esperados um aumento significativo do salário mínimo (subiu 13,4% neste ano) ou os impactos positivos dos benefícios previdenciários atrelados ao mínimo.
Também não deverá ocorrer uma ampliação nos programas sociais como o Bolsa-Família, que atingirá seu limite de atendimento até o final de 2006. No emprego, a tendência é que a criação de vagas formais mude pouco. Hoje, 90% dos novos empregos pagam só até R$ 700.

Enquanto isso os bancos vão enchendo os bolsos.
Isso é uma bolha que mais cedo ou mais tarde vai estourar.

Um jantar especial

Veja
O secretário de Assuntos Estratégicos, Luiz Gushiken, perdeu o poder, mas – ainda bem – não deixou as boas coisas da vida de lado. Em jantar no restaurante Magari, em São Paulo, há duas semanas, Gushiken, ex-presidente do Sindicato dos Bancários, revelou-se requintado. Acompanhado de um diretor de uma empresa de comunicação, serviu-se de uma garrafa de Grand Vin de Chateau Latour, safra 1994, um tinto apreciadíssimo. O néctar do Pauillac custa 2 990 reais a garrafa. Depois, o "China" acendeu um charuto cubano, que não fumou até o fim. Total da brincadeira: 3 500 reais. A conta foi paga em dinheiro vivo rachada entre os dois.