Sob Lula, Casa Civil passou a centralizar a liberação de emendas parlamentares que pagavam sanguessugas.
- Soube?
- Do quê?
- Toda a máfia tem um "Capi".
- É!
- Quem é o "Capi"da máfia das sanguessugas?
- É!
- De onde partiam as ordens para pagar as ambulâncias?
- É!
Fonte: Soube?
Dinheiro para “sanguessugas” era liberado pela Casa Civil
No depoimento que deu à CPI dos Sanguessugas no início deste mês, o empresário Darci José Vedoin, dono da Planam, disse que a liberação de recursos para as emendas orçamentárias que permitiam a compra das ambulâncias dependia obrigatoriamente da Casa Civil da Presidência da República.
"Quem aprova e quem paga chama-se Casa Civil. Só paga (libera recurso para a emenda) para quem votar junto com ele", afirmou em depoimento reservado tomado por sete integrantes da CPI e ao qual o Estado teve acesso. O dono da Planam chegou a informar que sabe o nome do funcionário responsável pelas liberações, mas disse que só o revelaria em juízo.
"Não tenho provas. Isso eu vou falar na Justiça", afirmou, diante da pressão dos inquiridores para que revelasse quem era o suposto operador instalado no quarto andar do Palácio do Planalto. Darci contou que desde o início da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a Casa Civil passou a mandar aos ministérios listas de emendas a serem executadas. "A Casa Civil mandava as listas que têm que ser pagas. Todas as emendas são pagas com as listas que saem da Casa Civil", declarou Vedoin.
Darci confirmou aos integrantes da CPI que o procedimento das listas centralizadas na Casa Civil começou a partir de 2003. Nessa época, quem atuava como sub-secretário de Assuntos Parlamentários da Casa Civil era Waldomiro Diniz, demitido depois de ser flagrado em uma gravação de vídeo pedindo propina de 1% ao bingueiro Carlinhos Cachoeira. Waldomiro também era um dos principais interlocutores do deputado Carlos Rodrigues, que Luiz Antônio Vedoin aponta como um dos coordenadores na distribuição de propina na bancada evangélica.
No seu depoimento, ele explicou que o esquema contava com a participação de assessores do Ministério da Saúde, mas a liberação dependia da Casa Civil. "Todo recurso (...), feito o projeto, está lá dentro do Ministério (da Casa Civil). Maria da Penha (assessora do Ministério da Saúde, envolvida com a quadrilha), Darci, secretário-executivo, ninguém libera. Talvez nem o ministro", contou o empresário.
Fonte: Estadão