sábado, julho 29, 2006

Sob Lula, Casa Civil passou a centralizar a liberação de emendas parlamentares que pagavam sanguessugas.


- Soube?
- Do quê?
- Toda a máfia tem um "Capi".
- É!
- Quem é o "Capi"da máfia das sanguessugas?
- É!
- De onde partiam as ordens para pagar as ambulâncias?
- É!
Fonte: Soube?

Dinheiro para “sanguessugas” era liberado pela Casa Civil
No depoimento que deu à CPI dos Sanguessugas no início deste mês, o empresário Darci José Vedoin, dono da Planam, disse que a liberação de recursos para as emendas orçamentárias que permitiam a compra das ambulâncias dependia obrigatoriamente da Casa Civil da Presidência da República.

"Quem aprova e quem paga chama-se Casa Civil. Só paga (libera recurso para a emenda) para quem votar junto com ele", afirmou em depoimento reservado tomado por sete integrantes da CPI e ao qual o Estado teve acesso. O dono da Planam chegou a informar que sabe o nome do funcionário responsável pelas liberações, mas disse que só o revelaria em juízo.

"Não tenho provas. Isso eu vou falar na Justiça", afirmou, diante da pressão dos inquiridores para que revelasse quem era o suposto operador instalado no quarto andar do Palácio do Planalto. Darci contou que desde o início da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a Casa Civil passou a mandar aos ministérios listas de emendas a serem executadas. "A Casa Civil mandava as listas que têm que ser pagas. Todas as emendas são pagas com as listas que saem da Casa Civil", declarou Vedoin.

Darci confirmou aos integrantes da CPI que o procedimento das listas centralizadas na Casa Civil começou a partir de 2003. Nessa época, quem atuava como sub-secretário de Assuntos Parlamentários da Casa Civil era Waldomiro Diniz, demitido depois de ser flagrado em uma gravação de vídeo pedindo propina de 1% ao bingueiro Carlinhos Cachoeira. Waldomiro também era um dos principais interlocutores do deputado Carlos Rodrigues, que Luiz Antônio Vedoin aponta como um dos coordenadores na distribuição de propina na bancada evangélica.

No seu depoimento, ele explicou que o esquema contava com a participação de assessores do Ministério da Saúde, mas a liberação dependia da Casa Civil. "Todo recurso (...), feito o projeto, está lá dentro do Ministério (da Casa Civil). Maria da Penha (assessora do Ministério da Saúde, envolvida com a quadrilha), Darci, secretário-executivo, ninguém libera. Talvez nem o ministro", contou o empresário.

Fonte: Estadão

Usando a Máquina pública


Planalto casa liberação de verbas com viagens de Lula
Um dia antes de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva viajar em campanha pelo sul do país, o governo federal anunciou, ontem, a liberação de recursos que beneficiarão os três Estados da região.

Comentário: Ah tá, não dava pra mandar a ajuda antes, "Moisés" precisava vir trazendo a boa nova.

Serão injetados R$ 600 milhões para os setores de movelaria, máquinas e implementos agrícolas -recursos do FAT/giro setorial, administrado pelo Banco do Brasil- e R$ 12,4 milhões do Funpen (Fundo Penitenciário Nacional) para o Rio Grande do Sul.

Hoje Lula fará dois comícios no Rio Grande do Sul, em São Leopoldo, e em Porto Alegre. No domingo, participa de comício no centro de Florianópolis. Em seguida, almoça com empresários da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc).

O pior desempenho eleitoral de Lula é na região Sul, onde está empatado com o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin.

Conforme a última pesquisa Datafolha, ambos têm 31% das intenções de voto. O tucano, em maio, chegou a liderar na região, por 37% a 30%. A destinação de verbas para programas federais não é vedada pela legislação eleitoral. Os ministros que anunciaram a liberação dos recursos negam qualquer conotação eleitoral.

Fonte: Folha On-Line

sexta-feira, julho 28, 2006

Planam cresceu mais com Lula no Planalto


A empresa que está no centro do escândalo da máfia dos sanguessugas cresceu mais no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Contrariando o relatório apresentado nesta semana pela Controladoria Geral da União (CGU), a Polícia Federal tem dados indicando que a Planam movimentou bem mais dinheiro no início do governo Lula que no fim da gestão Fernando Henrique Cardoso.


Segundo uma reportagem publicada nesta sexta-feira pelo jornal Folha de S. Paulo, a PF diz que a Planam movimentou 229.126,64 reais em 2000, 196.584,16 em 2001 e 3.462.290,32 em 2002, último ano do governo FHC. Em 2003, já com Lula, a movimentação se manteve em patamar parecido: 3.199.878,62. Mas depois, os valores dispararam - 21.220.249,18 em 2004 e 14.465.448,62 em 2005.

Ainda conforme os dados da PF, outra empresa da família Vedoin, proprietária da Planam, cresceu no governo Lula: a Klass, que é registrada no nome de uma empregada do empresário Darci Vedoin, movimentou 18.131.339,41 reais em 2003, contra 2.037.060,50 em 2002. No relatório da CGU, o governo indicava maior atuação da Planam nos últimos anos de FHC, irritando muito a oposição.

Pagamento adiantado – Segundo informa o jornal O Globo nesta sexta-feira, a quadrilha em torno do esquema fraudulento para venda de ambulâncias superfaturadas oferecia pagamento adiantado no afã de atrair parlamentares. A informação teria sido extraída do depoimento do principal acusado no caso, o empresário Luiz Antônio Vedoin, dono da Planan. Segundo ele, "o dinheiro era adiantado sem juros nem pedido de garantias". Além disso, Vedoin teria revelado que "esta instituição do crime" ainda tem créditos em torno de 830.000 reais com ao menos oito suspeitos.

Fonte: Veja On-Line

Lula não participará dos debates.

Um assalto ao agronegócio

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já causou muitos males à agricultura brasileira, mas parece não estar satisfeito. Está disposto a aumentar a pressão contra os produtores, para satisfazer a ala mais inepta e mais irresponsável de seu governo e para agradar a desordeiros como aqueles que depredaram a Câmara dos Deputados. Depois de quase quatro anos de conflitos, os líderes do inutilíssimo Ministério do Desenvolvimento Agrário ganharam a parada contra as pessoas mais sensatas do Ministério da Agricultura. O governo já decidiu rever os índices de produtividade que servem de critério para os processos de desapropriação de terras. Os índices propostos são absurdos e servirão como potente munição para quem estiver empenhado em espalhar insegurança no campo, onde já grassa uma crise de proporções inéditas.

Os números contidos na Portaria Interministerial divulgada pelo jornal Valor foram calculados precisamente para favorecer o MST e organizações semelhantes. O presidente da República sabe disso. Se não tivesse consciência do que representam os índices propostos, não deixaria para depois das eleições a sua publicação. Não há outra explicação para o adiamento, além do temor das conseqüências de mais esse ato de irresponsabilidade.

A revisão daqueles números é duplamente desastrosa. Em primeiro lugar, porque os novos índices vão representar um risco permanente para os proprietários que efetivamente produzem. Os níveis de produtividade propostos são muito próximos das médias do período 1999- 2004. O rendimento mínimo proposto para a cana-de-açúcar em São Paulo, Paraná e Alagoas corresponde a 75, 70 e 60 toneladas por hectare, respectivamente. Naqueles anos, as médias foram de 75,6 toneladas para os dois primeiros Estados e de 59,5 para o terceiro.

O mesmo ocorre nos casos da soja, do milho e do algodão. Vejamos o caso da soja, por exemplo. Os produtores de Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Sul e Goiás colheram em média, naqueles anos, 2.767, 2.613, 1.813 e 2.456 quilos por hectare. Os índices propostos são 2.500, 2.500, 1.700 e 2.400, praticamente sem margem de diferença.

Quem terá disposição para investir numa atividade arriscada como a lavoura, se tiver de trabalhar com os bandos do MST e seus amigos do Incra à espreita, o tempo todo, para aproveitar qualquer mínima redução de produtividade que possa ocorrer? Só uma pessoa absolutamente ingênua pode imaginar que os novos índices tenham sido propostos de boa-fé, como critérios para redistribuição de terras improdutivas em nome do interesse social.

Se é preciso ser ingênuo para acreditar nisso, é indispensável ser desprovido de qualquer sinal de bom senso para admitir que a transferência da propriedade, nesses casos, possa resultar em aumento de eficiência na agricultura. Talvez alguns conselheiros do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, notoriamente desprovidos de luzes, possam admitir essa hipótese. Mas será que o presidente acredita nessa barbaridade? Imaginar que ele possa cair num conto-do-vigário tão rudimentar é assustador. No entanto, ele já cometeu equívocos de calibre semelhante, especialmente na política externa, até agora um rosário de fracassos. Mas a hipótese contrária é igualmente preocupante: se não acredita, por que se dispõe a sustentar politicamente essa aventura?

Isto remete ao segundo ponto: a própria idéia da reforma agrária, tal como sustentada pelo governo brasileiro, é um enorme equívoco. A agricultura é uma atividade profissional extremamente sofisticada. Exige competência, esforço, disposição para o risco e capacidade para absorver e aplicar inovações - além de recursos financeiros. É um negócio competitivo e não se pode mantê-lo distante dos padrões internacionais, a menos que se queira fazer da terra um instrumento de assistencialismo e clientelismo, do tipo bolsa-família.

Se isso ocorrer, toda a economia brasileira será prejudicada. Não serão atingidos, como pensam os menos informados, somente os atuais proprietários. Se insistir nessa irresponsabilidade, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva porá em risco um dos principais trunfos comerciais do Brasil, tornará a economia mais vulnerável a choques externos e, de quebra, comprometerá a estabilidade de preços de alimentos, que é favorecida não por incompetentes e amadores, mas por produtores eficientes, sejam grandes ou pequenos proprietários.

Fonte: O Estado de São Paulo

Entrada da Venezuela "perverte" o propósito do Mercosul, diz "The Economist"

O Mercosul "está pervertendo seu propósito", afirma a revista britânica The Economist em sua edição da próxima da semana, ao criticar a entrada da Venezuela no bloco. O novo integrante aumenta população do grupo para 250 milhões de habitantes e seu Produto Interno Bruto para US$ 1,1 trilhão, mas o "arrasta para ainda mais longe de seu objetivo original de implantar uma integração ao estilo europeu na América do Sul", informa a publicação.

A revista informa também que a cúpula do bloco realizada na semana passada resultou em ações parecidas com as européias, ao criar um fundo com US$ 100 milhões para canalizar petrodólares venezuelandos ao sócios menores, Paraguai e Uruguai.

"Mas isso pode não compensar pelo stress causado com a entrada de novos membros que têm interesses disparatados e que, em alguns casos, são hostis em relação a partes do resto do mundo", alega o perídico.

A publicação critica ainda o convite feito à Bolívia para participar do bloco, medida considerada como forma de fortalecer o "estridente coro antiamericano" liderado pelo líder venezuelano Hugo Chávez e diz que o ambiente no bloco se torna ainda mais preocupante após o fracasso nas negociações da Organização Mundial do Comércio (OMC).

Fonte: Invertia

quinta-feira, julho 27, 2006

Números


14%

Foi o aumento das despesas da União no primeiro semestre de 2006 em relação a 2005. Já a receita subiu apenas 11%.

R$ 2,58 bi
Foi quanto a gestão petista torrou com publicidade desde o início de 2003.

R$ 140 mi
Do Fundo Penitenciário Nacional estão bloqueados. Em 2002, Lula prometeu não contingenciar recursos da segurança pública.

32
É o número de sem-terra libertados da prisão com ajuda do governo Lula

R$ 69 milhões
Foi o aumento dos gastos do Planalto em 2006 em itens como viagens, diárias e aluguéis de carros.

150 mil
É o número de pessoas que podem estar recebendo o Bolsa Família em duplicidade, o que mostra falta de controle do programa.

84%
Do orçamento das agências reguladoras foi contingenciado pelo governo Lula no ano passado.

Evolução...

- Soube?
- Do quê?
- Quem imaginaria há 10 anos atrás, que expoentes do Congresso e da política seriam enxovalhados publicamente?
- Verdade...
- A realidade brasileira mostra que estamos passando por um processo evolutivo.
- É!
- Processo esse pacífico e sem rupturas institucionais.
- É
- O próximo passo é ver esses corruptos e sugadores de dinheiro da sociedade, punidos judicialmente, cumprindo pena.
- É!
- Não podemos deixar de indignarmos. No momento que aceitarmos essas bandalheiras políticas como normais deixamos de ser cidadãos.
- É!
- Sou otimista, acredito que estamos evoluindo de maneira adequada.
- É!
- A maior prova vai ser a não reeleição de Lula!
- É!

Fonte: Soube?

quarta-feira, julho 26, 2006

Sanguessugas são aliados de Lula


Os partidos da base aliada do governo no Congresso lideram a lista dos parlamentares envolvidos com a máfia das ambulâncias. Dos 90 congressistas que teriam participação no esquema 74 dão sustentação ao presidente Lula na Câmara e no Senado. Eles representam 82,2% dos envolvidos.

Somadas as duas listas divulgadas pela CPI verifica-se que PL e PP têm o mesmo número de parlamentares envolvidos: 18 cada. Na seqüência aparece outro aliado do governo, o PTB, que tem 17 nomes entre os acusados. Os três partidos têm em comum o fato de figurarem também como protagonistas no escândalo do mensalão.

O PMDB, que tem ministérios e cargos no primeiro escalão do governo, conta com 11 nomes entre os acusados. O PRB, do vice-presidente José Alencar e candidato à reeleição na chapa de Lula, tem dois deputados entre os acusados; o PT tem dois nomes e o PSB, seis.

Fonte: ComuniWeb

Alckmin confiante em pesquisa critica governo Lula


O candidato Geraldo Alckmin (PSDB) voltou a afirmar que a distância entre ele e o seu principal concorrente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, se deve exclusivamente ao fato de que Lula é mais conhecido. Alckmin acha que, quando for tão conhecido como Lula, acontecerá o que já acontece em São Paulo, onde ambos tem nível semelhante de reconhecimento: “Em São Paulo, eu estou com 11% na frente dele (Lula) e, para o segundo turno, com 17% a mais”.

Alckmin disse ter recebido com humildade e entusiasmo a última pesquisa Ibope, pela qual a diferença de intenção de voto entre ele e Lula caiu 12%. Disse, ainda, acreditar ter se consolidado com a preferência de 27% a 30% do eleitorado e ter confiança em que continuará crescendo, à medida que a campanha se desenvolva.

Provocado sobre a volta do presidente Lula em comparar o seu governo com o de Fernando Henrique Cardoso, Alckmin disse que, “enquanto o presidente fala do passado, eu vou falar do futuro, do que podemos fazer, mais e melhor, com uma nova equipe”, para resolver os “nós” que estão atrapalhando o desenvolvimento do país.

O ex-governador de São Paulo voltou a criticar o que chamou de excesso de gastos do governo federal às vésperas das eleições e o descontrole dos recursos do tesouro nacional. A política monetária com juros excessivos, o câmbio desvalorizado, o excesso de burocracia e aumento da carga tributária, ao lado da falta de investimento em infra-estrutura foram apontados pelo tucano como causa do baixo crescimento do país, mesmo em um cenário internacional excepcionalmente favorável.

Fonte: Último Segundo

Candidato do PSOL pede impugnação da candidatura do presidente Lula

O candidato a deputado federal Marcos Aurélio Paschoalin (Psol-MG) encaminhou nesta segunda-feira ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) pedido de impugnação da candidatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo a assessoria do TSE, Paschoalin fez o pedido contra Lula "por conta de seus atos ilícitos e dos Ministros de Estado, a ele equiparados, os quais lesaram o patrimônio público". Segundo o candidato, no governo Lula teriam ocorrido diversas ações supostamente inconstitucionais, como a sanção da remuneração dos congressistas em 52% e das verbas indenizatórias em 71%.

Paschoalin afirma que Lula teria cometido crime eleitoral ao dar aumento diferenciado à remuneração dos servidores públicos federais. Também indaga os serviços prestados na denominada "Operação Tapa Buraco" que, de acordo com o candidato, foram contratados sem licitação. Ainda ressalta a construção de uma ponte sobre o Rio Manhuaçu em Aimorés (na divisa de Minas Gerais com Espírito Santo), cuja obra teria levado à liberação da quantia de R$3,1 milhões, através da medida provisória 282.

Segundo o artigo 34 da Resolução 22.156 do TSE, cabe a qualquer candidato, partido político, coligação ou ao Ministério Público, no prazo de cinco dias, contados da publicação do edital relativo ao pedido de registro na imprensa oficial, pedir impugnação em petição fundamentada. O edital noticiando as candidaturas a presidente da República foi publicado no Diário Oficial no último dia 13 de julho.

terça-feira, julho 25, 2006

• ELEIÇÕES 2006

Estrela cadente
João Santana, marqueteiro da campanha reeleitoral de Lula, aconselhou todos os candidatos do PT a governador a esconder os símbolos do partido. Os programas de TV devem abusar da figura do presidente e deixar de lado estrelas e bandeiras vermelhas, imagens que boa parte do eleitorado agora associa à corrupção. A campanha de Lula, inclusive, usará mais o azul e o amarelo, cores que remetem à bandeira do Brasil, do que o vermelho.

Luz amarela
Pesquisa interna recebida pelo PT na semana passada demonstra que o segundo turno é inevitável. Lula caiu em todas as regiões, inclusive no Nordeste, enquanto Geraldo Alckmin e Heloísa Helena continuam subindo gradativamente. Até Cristovam Buarque desperta da sonolência, saltando de 1% para 3%.

Luz vermelha
Na simulação de segundo turno da última pesquisa do PT, Lula só vence Alckmin no Nordeste. A vantagem ainda é grande o suficiente para compensar a derrota nas outras quatro regiões. Mas sua dianteira no país no segundo turno é de apenas 5 pontos, margem considerada muito perigosa pelos estrategistas da campanha.

Cofre cheio
Com a possibilidade concreta de segundo turno, empresários fazem fila para doar dinheiro à campanha de Geraldo Alckmin. Na semana passada, dois grandes bancos e duas empreiteiras prometeram 5 milhões de reais aos tucanos, que serão usados na montagem de comitês e na contratação de funcionários.

Sonho meu
Heloísa Helena, empolgada com a subida nas pesquisas, já aposta que terá 20% dos votos e sonha até em chegar ao segundo turno. Nesta semana, seu PSOL coloca nas ruas os slogans da campanha: "Um voto ético e coerente, Heloísa presidente", "Tostão do cidadão contra o milhão do mensalão" e "Contra a política nojenta, vote 50", em referência ao número do partido.

José Dirceu reaparece com MST e pede votos para Lula

SOROCABA - O ex-ministro José Dirceu pediu votos para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato do PT à reeleição, neste domingo, 23, num evento promovido pelo Movimento dos Sem-Terra (MST), no Pontal do Paranapanema, no extremo oeste do Estado de São Paulo.


Ele participou da 1ª. Festa do Lavrador, organizada também pela Federação dos Municípios com Assentamentos do Pontal e Central Única dos Trabalhadores (CUT), em Mirante do Paranapanema. O festejo reuniu cerca de duas mil pessoas na praça central da cidade.

Desde que deixou o governo, acusado de envolvimento com o caixa 2 do partido, foi a primeira vez que o ex-ministro apareceu num evento político público. Dirceu esteve ao lado do ex-presidente nacional do PT, José Genoino, e foi homenageado pelo líder dos sem-terra, José Rainha Júnior.

Candidato a deputado federal, Genoino está trocando apoio, na região, com a mulher de Rainha, Diolinda Alves de Souza, candidata a deputada estadual pelo PT. Dirceu pediu votos para os "companheiros" e disse que é preciso reeleger o presidente Lula. "Nos últimos anos, estão em curso duas propostas políticas para o País. Uma, progressista, de um governo popular, que caminha para a construção de um Brasil mais solidário, a outra, é a proposta da direita que todos sabemos qual é".

Dirceu disse que o apoio do PMDB a Lula é estratégico. "Eu já defendia uma coligação com o PMDB na eleição passada, mas muitos me criticaram. Se tivesse sido feita, muita coisa teria sido evitada", afirmou. Em conversa com jornalistas, José Dirceu manifestou sua preocupação com a tentativa de vincular o PT ao crime organizado feita por oposicionistas. "É um indício de que a direita pode não aceitar uma nova derrota nas urnas", disse. Homenageado por Rainha, recebeu bandeiras do MST e da CUT e ficou emocionado. Ele defendeu a reforma agrária e disse que o PT "precisa retomar o caminho da aproximação com os movimentos sociais".

Veículo da Presidência faz transporte para comício de Lula em Brasília

BRASÍLIA - O primeiro comício do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Brasília, na noite desta segunda-feira, deixou clara a mistura entre o aparato oficial e as ações de campanha. Até os militantes do PT estranharam quando a Kombi placa JFO 9312, da Presidência da República, estacionou ao lado do palanque.


Um funcionário do Palácio do Planalto abriu a porta do carro e retirou uma caixa com lanches. Os sacos plásticos com refrigerante, sanduíche, bombom e maçã foram distribuídos entre os seguranças que têm de acompanhar Lula em compromissos eleitorais ou de governo. Os assessores do Planalto confirmaram que os lanches foram levados pela própria Presidência, mas ressaltaram que não houve gasto adicional, porque os lanches são distribuídos todas as noites.

Pelo menos 20 seguranças foram deslocados para o comício, muitos deles com a missão de operar outra novidade dos comícios do PT: os detectores de metal. Cinco portais foram instalados, cada um com um segurança homem e uma mulher, encarregados de revistar pastas e bolsas e passar o detector manual nos casos em que soasse o alarme. Militantes, cabos eleitorais e candidatos recebiam, em seguida, broches iguais aos que, nas atividades oficiais, são distribuídos aos visitantes.

A assessoria do PT informou que o aparato de segurança do presidente é permanente, independentemente de o compromisso ser oficial, eleitoral ou particular. As filas para passar nos detectores só não foram maiores porque o público era reduzido.

Como manda a Lei Eleitoral, o PT reembolsará a Presidência pelos gastos com os deslocamentos do presidente, de carro ou de avião.

Observação do Blog: Só depois que o Dunga virou técnico da Seleção pra poder acreditar nisso.

Nesta segunda-feira, o Planalto reduziu o número de veículos do comboio presidencial e assessores da comitiva de Lula. Além da Kombi, a Presidência deslocou para o comício uma ambulância e dois Ômegas, um dos quais transportou o presidente do palácio ao Setor Comercial Sul, local do comício, em frente ao comitê petista. Um médico e o porta-voz, André Singer, acompanharam Lula.

Plano de Lula para prisão fica no papel

A maioria das 27 propostas existentes no Plano Nacional de Segurança Pública para reverter o quadro catastrófico dos presídios brasileiros e evitar a expansão de grupos como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e a eclosão de rebeliões não foi posta em prática pelo governo federal. "A maior parte delas ficou no papel", afirma a socióloga Julita Lemgruber, que trabalhou para a elaboração do capítulo relativo ao sistema penitenciário do plano.

O Plano Nacional de Segurança Pública foi uma das principais bandeiras de campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), então candidato à Presidência em 2002. Julita lamenta o fato de a situação caótica nos presídios não ter se alterado. "Eu me sinto frustrada. Lula dizia que era o único presidente que já assumiria com um plano de segurança e que ele começaria a ser implementado no primeiro dia de seu governo. E, aí, ele assume e esquece tudo?.

Um dos problemas mais graves, ela aponta, é o contingenciamento dos recursos do Fundo Penitenciário Nacional (Funpen). Esse era justamente o tema do primeiro item do capítulo, que dizia: "Determinação expressa para que os recursos do Funpen não sejam contingenciados". Atualmente, segundo confirma o Departamento Penitenciário Nacional (Depen), R$ 140 milhões "carimbados", ou seja, que não podem ser usados para outros fins, estão bloqueados.

Estudo e trabalho para os presos, que devem ser providenciados pelo Estado, conforme defende o plano e determina a Lei de Execuções Penais (LEP), também estão muito aquém do que se deveria esperar a essa altura do governo Lula, na visão da pesquisadora. Dos 362 mil homens e mulheres que compõem a população carcerária brasileira, apenas 26% trabalham e 17% estudam, segundo levantamento feito em 2003. E o número de internos que deveriam estar na escola é enorme: 70% não completaram o ensino fundamental e 10% não foram alfabetizados.

As propostas incluem ainda o "efetivo apoio técnico e financeiro aos Estados que criarem programas de penas alternativas" e o "apoio financeiro e técnico à informatização das fichas e cadastros dos apenados, de tal modo que se evitem os atrasos na concessão do benefício da progressão de pena" - temas considerados de extrema importância para se conter a superlotação nas cadeias. "O governo federal optou por não se envolver na segurança pública, para não ser cobrado quando algo der errado nos Estados. Prefere ser chamado de omisso do que de incompetente. É uma estratégia covarde", diz Julita.

A construção de presídios federais, item de número 21 do plano, começou, mas avança lentamente - o de Catanduvas (PR) foi inaugurado, mas só recebeu um detento, o traficante Fernandinho Beira-Mar. Outros três presídios estão em obras. O plano previa cinco presídios, um em cada região do País.

Entre as propostas não implementadas, a historiadora Vera Malaguti, secretária-geral do Instituto Carioca de Criminologia, destaca a revisão dos processos dos encarcerados, fundamental para que as celas sejam liberadas para quem realmente deve estar lá. "O Brasil tem Guantánamo como modelo. Aquilo é bom?", diz Vera. No entanto, ela considera "perverso" culpar somente o governo federal pelo sistema atual.

Maurício Kuehne, diretor do Depen, garante que já houve avanços. "Depois de muita luta, conseguimos a liberação de R$ 200 milhões do Funpen. É um recurso substancial", afirma. Ele informa que o órgão está empenhado em aumentar a oferta de trabalho e escola para os presos. Nesta segunda-feira (24) deverá ser feita uma reunião em Vitória (ES) para discutir uma parceria com o Serviço Social da Indústria (Sesi) para instalar cursos profissionalizantes nas prisões.

Para melhorar as condições dos presídios, o Depen, conforme Kuehne, vem fazendo inspeções por todo o Brasil. Cinqüenta unidades já foram vistoriadas. O treinamento de agentes penitenciários também tem merecido maior atenção - até o início de 2005, informa, existiam cinco escolas penitenciários no País; em breve, serão 17. "O plano está sendo implementado, sim. É um resgate depois de uma omissão centenária", diz.

Fonte: Agência Estado

Saco cheio...

- Soube?
- Do quê?
- Agora eu entendi o porque de tanta cobrança pra cima de Geraldo Alckmim sobre seu programa de governo.
- Por quê?
- Foi só Geraldo se comprometer com a reforma política, em prazo fixado, que Lula anuncia a mesma coisa.
- Huumm...
- A diferença é que Lula fala de modo genérico, culpando o sistema político pela corrupção, e não dá prazo para fazer a reforma.
- Ou seja, a mesma bravata de sempre, sem conseqüências práticas...
- É!
- A culpa nunca é do indivíduo que rouba, e sim do velho sistema abstrato que ninguém é capaz de definir ou consertar.
- Enquanto tivermos essa mentalidade torta sobre moral e ética, diminui as esperanças de algo efetivo para o combate a corrupção.
- Tô de saco cheio dessa conversa esquerdista que não apura culpados e nem apresenta soluções.
- Eu também...
- Os sinais estão aí, é só abrir os olhos...

Fonte: Soube?

Lula comandou minha expulsão do PT, diz Heloísa Helena

BRASÍLIA - A senadora Heloísa Helena, candidata do PSOL à Presidência, disse nesta segunda-feira que chegou a hora de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva parar de encenar o tipo "paz e amor", "escondendo-se atrás de seus subordinados", e mostrar que é ele quem comanda tudo o que ocorre dentro do PT.


Para ela, Lula comandou a sua expulsão e a de outros parlamentares, em dezembro de 2003, e o esquema de corrupção investigado pelas CPIs. "Lula, de paz e amor não tem nada", afirmou. A senadora disse não saber qual será a tática do PT para brecar sua campanha.

Ela referia-se à matéria publicada domingo no Estado sobre o esforço do Planalto para "desconstruir" sua candidatura, utilizando Berzoini e Tarso como linha de frente dos ataques. "Não mandado me matar, está tudo bem; porque eu tenho filhos para criar", ressalvou.

Sobre o plano de deixar Ricardo Berzoini e Tarso Genro responsáveis pelos ataques mais pesados contra os adversários de Lula, a senadora assegura que não vai responder a "moleques de recado". "Não vou ficar batendo, respondendo a quem não tem o que fazer e ficam se dispondo e este jogo sujo", atacou.

Fracasso na OMC derrota política externa de Lula

O Estado de S. Paulo (25 de julho) - A maior aposta da diplomacia comercial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva fracassa. Ontem, depois de meses de impasse, a Organização Mundial do Comércio (OMC) admitiu que não há como avançar e as negociações foram suspensas por tempo indeterminado. A Rodada Doha, lançada em 2001, está paralisada e a crise está oficialmente declarada.

Enquanto os Estados Unidos eram acusados de responsáveis pelo fracasso por parte dos negociadores e os países pobres deixavam claras as frustrações, o projeto de concluir a negociação este ano está abandonado e um adiamento de dois ou três anos já é considerado.

"O sistema multilateral da OMC está passando pela crise mais grave desde a sua criação", afirmou o chanceler brasileiro, Celso Amorim, que culpou a falta de liderança política pela situação e sugeriu até mesmo o envolvimento do secretário-geral da ONU, Kofi Annan, para superar o impasse.

Com o fracasso das negociações, a gestão de Lula será concluída sem que nenhum dos principais acordos que o Brasil buscava fossem fechados. Não conseguiu concluir o acordo entre Mercosul e União Européia (UE), a Área de Livre Comércio das Américas (Alca) está paralisado há mais de um ano e, agora, o processo da OMC é declarado suspenso.

"Para o Brasil, que apostou tanto nessa negociação, a situação é triste", admitiu Amorim. "É triste porque colocamos muita energia nesse processo. Na realidade, poucas vezes os países em desenvolvimento colocaram tanta energia em um processo como no caso da atual rodada da OMC."

Doha era uma das grandes esperanças de crescimento econômico dos países em desenvolvimento na próxima década e, por isso, diplomatas das economias mais pobres se mostravam inconformados. Segundo estudos do Banco Mundial, cerca de US$ 280 bilhões poderiam ser postos na economia internacional nos próximos anos se houvesse liberalização.

Os países emergentes ficariam com um terço desses ganhos. De um lado, países ricos estariam de acordo com abrir seus mercados para os produtos agrícolas, enquanto os países em desenvolvimento aceitariam reduzir as barreiras para bens industriais e serviços.

Na Rússia, os líderes do G-8, concordaram em dar novo impulso a Doha e pediram que os ministros chegassem a um consenso. No domingo, Austrália, Índia, Brasil, EUA, Japão e Europa passaram mais de 14 horas em debates para salvar a rodada."Todos somos perdedores", disse Pascal Lamy, da OMC.

Alckmin quer trocar ideologia por comércio

A equipe que assessora Geraldo Alckmin na área da política internacional fará, a pedido do candidato, um completo levantamento das derrotas e das dificuldades da política externa liderada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo ministro do Exterior, Celso Amorim.

Essa equipe é formada por vários diplomatas da ativa, que preferem trabalhar na sombra e imploram para que seus nomes não sejam divulgados. A opinião deles, abraçada pelo candidato do PSDB, é que a diplomacia Lula possui um "tempero ideológico" exagerado. Isso contraria a tradição da política externa brasileira, que procura representar os "interesses nacionais" acima de influências partidárias.

Ao contrário da estratégia atual, que busca uma forte liderança do Brasil na América Latina, o Itamaraty de Geraldo Alckmin, se ele for eleito, adotará uma linha bem discreta. A intenção será evitar atritos, não despertando "ciúmes diplomáticos" em países importantes como a Argentina e o México.

A política externa tucana também terá um acentuado acento comercial. A impressão, entre os tucanos, é que na área do comércio o governo Lula não está conseguindo desatar os nós que prejudicam o Brasil nas relações internacionais

A diplomacia Alckmin tiraria o pé do freio na batalha para conseguir uma cadeira permanente no Conselho de Segurança da ONU. Os diplomatas que assessoram o candidato do PSDB entendem que o governo Lula transformou a conquista dessa cadeira em verdadeira obsessão.

O Mercosul ideologizado

Na primeira reunião de cúpula do Mercosul com a presença do coronel venezuelano Hugo Chávez, na condição de chefe do governo do mais recente país membro do bloco, o presidente Lula, por sua vez no papel de seu coordenador de turno, por 6 meses, festejou a nova abrangência do organismo, "da Terra do Fogo ao Caribe", e falou do seu grande sonho: um Mercosul expandido "da Patagônia ao México", passando pela Bolívia "e trazendo Cuba também". Ao seu lado, estava o ditador Fidel Castro, que se deslocou a Córdoba, na Argentina, a pretexto da assinatura de um acordo comercial entre a entidade e o seu país.

Nada impede o Mercosul de fazer negócios com outros blocos ou nações, mas o seu estatuto veda o ingresso de sócios que descumpram a sua cláusula democrática. A rigor, portanto, nem o autocrata no poder há 47 dos 80 anos que completará esta semana poderia sentar-se à mesma mesa dos dirigentes dos países latino-americanos associados, nem Lula - se conhece a Carta do Mercosul - poderia admitir o ingresso de Cuba enquanto a ilha estiver submetida ao regime liberticida indissociável da figura de seu jefe. Isso não é um detalhe. Antes de ser admitida na Comunidade Européia, por exemplo, a Turquia deverá demonstrar cabalmente não apenas que é uma democracia política, mas também que respeita os direitos civis de sua população - no caso, em especial a da sua população feminina.

A prematura referência à entrada de Cuba na união originalmente sulina não foi a única impropriedade da conduta de Lula em Córdoba. Para sustentar a opinião de que a presença institucional de Chávez no bloco não será fonte de problemas para o processo de integração regional, ele invocou os acordos comerciais entre a China e os EUA. Uma coisa flagrantemente não se compara à outra, que envolve o relacionamento bilateral entre dois países. No caso do Mercosul, o primeiro problema é a clara intenção de Chávez de usar a entidade como plataforma para o seu antiamericanismo - como acabou de fazer - e para nela afirmar as suas aspirações hegemônicas movidas a petrodólares.

O segundo problema, pelo que vem acontecendo na Venezuela, é saber por quanto tempo mais se poderá considerar o país uma democracia, nos termos dos estatutos do Mercosul. Lula parece levar com inquietante ligeireza os ampliados problemas políticos do bloco, mesmo ao reconhecer que o seu otimismo em relação ao futuro do pacto é "temperado com apreensão e cuidado". De fato, à luz dos dissensos entre os parceiros originais, beira o devaneio esperar que o Mercosul irá "atender às expectativas de todos os seus membros", sobretudo quando essas expectativas tendem a ficar cada vez mais contaminadas pela desintegradora ideologia do confronto. Daí a inadequação do comentário do presidente de que, se tivesse o temperamento de Chávez, "já teria feito três guerras" e que fica tranqüilo quando o vê tranqüilo.

A questão não é para amenidades, muito menos se resume ao "temperamento" do coronel, cujo intento ostensivo é liderar o combate (retórico) ao "imperialismo dos Estados Unidos" no palco internacional. Quando Lula se permite endossar a tosca visão chavista do mundo - "faz dois séculos que deixamos de ser colônias e não desejamos voltar a ser colonizados", entoou, em dado momento - evidentemente ele não atina com um paradoxo. Mercados comuns são o que há de mais moderno na economia política do capitalismo. Constituem, a olhos vistos, as principais engrenagens da ordem econômica globalizada. Imaginar, diante desse dado da realidade, que o Mercosul possa servir ao desenvolvimento econômico e social latino-americano enveredando pela contramão do nacionalismo e da xenofobia, ou é delírio ou é concessão oportunista ao atraso.

Combine-se isso com o ensurdecedor silêncio do brasileiro sobre a importância da consolidação da ordem democrática na região para a integração dos seus países - no que se nivelou a Chávez e a Castro - e se chegará ao melancólico prognóstico de que o Mercosul, caminhando para a ideologização, será mais uma da infindável série de oportunidades desperdiçadas na América Latina, aprofundando o fosso que a separa do dinamismo econômico de outras áreas do mundo, fruto de trabalho duro e políticas realistas.

Comitê de Lula contraria modernidade gerencial

Diferentemente das tendências atuais de organização do espaço de trabalho, o comitê nacional da campanha de Lula é um verdadeiro labirinto. Só de divisórias, o comitê gastou R$ 150 mil.

As 150 pessoas que trabalharão nos três andares da sede da campanha, inaugurada ontem no Setor Comercial Sul de Brasília, estarão distribuídas por uma infinidade de salas com divisórias até o teto. Como os ambientes possuem diferentes dimensões e disposições, os corredores principais são caminhos tortuosos. Essa é praticamente uma demonstração de que a mentalidade política é bem distinta em relação à iniciativa privada.

As empresas têm preferido usar ambientes sem paredes, delimitando os espaços com baias para os computadores, com objetivo de integrar as equipes e dar maior acesso às chefias, flexibilizando a hierarquia.

No comitê de Lula, além de divisórias, há muitas salas privativas. Um desses recintos é a sala para políticos petistas e aliados que passem por Brasília para reuniões estratégicas de campanha. Outro ambiente é destinado a coordenadores regionais da campanha do PT. Dois dos maiores ambientes são ocupados pelo comitê financeiro e por jornalistas credenciados para cobrir a campanha de Lula.

segunda-feira, julho 24, 2006

Alckmin e aliados reagem à fala do petista

O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, rebateu no domingo as declarações feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no sábado, em seu primeiro comício pela reeleição, sobre os escândalos em seu governo. Segundo Alckmin, existe muito "palavrório e pouca ação" no combate à corrupção. Lula havia dito que os adversários deviam "lavar a boca" antes de acusá-lo.
Segundo Alckmin, Lula não aprendeu com o escândalo do mensalão. Para reforçar sua afirmação, fez referência ao escândalo dos sanguessugas. "O governo é violento e autoritário com o caseiro Francenildo, mas é fraquinho com o crime. Tanto é que você vê mais um escândalo de corrupção agora no Ministério da Saúde", disse ele, em visita a uma feira de imigrantes japoneses em SP.


"Aliás, coincidentemente, o presidente fez esse discurso ao lado do ex-ministro da Saúde. O responsável, no caso, onde houve a Operação Sanguessuga", disse Alckmin, falando da participação do ex-ministro Humberto Costa no comício de Lula no sábado. O ex-ministro é candidato do PT ao governo de Pernambuco. Ele recebeu o pivô do escândalo, Luiz Antônio Vedoin, no ministério.

"Como é que se pode chamar um governo que teve o mensalão, o escândalo dos Correios, a Operação Sanguessuga e o valerioduto? Para onde você olha teve desvio de dinheiro público", disse Alckmin. Aliados do tucano também mostraram irritação com a fala de Lula rejeitando acusações de corrupção. A expressão "lavar a boca" foi bastante criticada pelos oposicionistas no domingo.

"Ele está baixando o nível. Deveria saber que, em uma democracia, cabe à oposição criticá-lo", disse o senador José Jorge, do PFL, candidato a vice na chapa de Alckmin. O deputado Alberto Goldman, o candidato a vice-governador de São Paulo na chapa de José Serra, disse que o presidente "tem coisas a explicar antes de dar lição de moral" a seus adversários em outros partidos.