Fracasso na OMC derrota política externa de Lula
O Estado de S. Paulo (25 de julho) - A maior aposta da diplomacia comercial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva fracassa. Ontem, depois de meses de impasse, a Organização Mundial do Comércio (OMC) admitiu que não há como avançar e as negociações foram suspensas por tempo indeterminado. A Rodada Doha, lançada em 2001, está paralisada e a crise está oficialmente declarada.
Enquanto os Estados Unidos eram acusados de responsáveis pelo fracasso por parte dos negociadores e os países pobres deixavam claras as frustrações, o projeto de concluir a negociação este ano está abandonado e um adiamento de dois ou três anos já é considerado.
"O sistema multilateral da OMC está passando pela crise mais grave desde a sua criação", afirmou o chanceler brasileiro, Celso Amorim, que culpou a falta de liderança política pela situação e sugeriu até mesmo o envolvimento do secretário-geral da ONU, Kofi Annan, para superar o impasse.
Com o fracasso das negociações, a gestão de Lula será concluída sem que nenhum dos principais acordos que o Brasil buscava fossem fechados. Não conseguiu concluir o acordo entre Mercosul e União Européia (UE), a Área de Livre Comércio das Américas (Alca) está paralisado há mais de um ano e, agora, o processo da OMC é declarado suspenso.
"Para o Brasil, que apostou tanto nessa negociação, a situação é triste", admitiu Amorim. "É triste porque colocamos muita energia nesse processo. Na realidade, poucas vezes os países em desenvolvimento colocaram tanta energia em um processo como no caso da atual rodada da OMC."
Doha era uma das grandes esperanças de crescimento econômico dos países em desenvolvimento na próxima década e, por isso, diplomatas das economias mais pobres se mostravam inconformados. Segundo estudos do Banco Mundial, cerca de US$ 280 bilhões poderiam ser postos na economia internacional nos próximos anos se houvesse liberalização.
Os países emergentes ficariam com um terço desses ganhos. De um lado, países ricos estariam de acordo com abrir seus mercados para os produtos agrícolas, enquanto os países em desenvolvimento aceitariam reduzir as barreiras para bens industriais e serviços.
Na Rússia, os líderes do G-8, concordaram em dar novo impulso a Doha e pediram que os ministros chegassem a um consenso. No domingo, Austrália, Índia, Brasil, EUA, Japão e Europa passaram mais de 14 horas em debates para salvar a rodada."Todos somos perdedores", disse Pascal Lamy, da OMC.
Enquanto os Estados Unidos eram acusados de responsáveis pelo fracasso por parte dos negociadores e os países pobres deixavam claras as frustrações, o projeto de concluir a negociação este ano está abandonado e um adiamento de dois ou três anos já é considerado.
"O sistema multilateral da OMC está passando pela crise mais grave desde a sua criação", afirmou o chanceler brasileiro, Celso Amorim, que culpou a falta de liderança política pela situação e sugeriu até mesmo o envolvimento do secretário-geral da ONU, Kofi Annan, para superar o impasse.
Com o fracasso das negociações, a gestão de Lula será concluída sem que nenhum dos principais acordos que o Brasil buscava fossem fechados. Não conseguiu concluir o acordo entre Mercosul e União Européia (UE), a Área de Livre Comércio das Américas (Alca) está paralisado há mais de um ano e, agora, o processo da OMC é declarado suspenso.
"Para o Brasil, que apostou tanto nessa negociação, a situação é triste", admitiu Amorim. "É triste porque colocamos muita energia nesse processo. Na realidade, poucas vezes os países em desenvolvimento colocaram tanta energia em um processo como no caso da atual rodada da OMC."
Doha era uma das grandes esperanças de crescimento econômico dos países em desenvolvimento na próxima década e, por isso, diplomatas das economias mais pobres se mostravam inconformados. Segundo estudos do Banco Mundial, cerca de US$ 280 bilhões poderiam ser postos na economia internacional nos próximos anos se houvesse liberalização.
Os países emergentes ficariam com um terço desses ganhos. De um lado, países ricos estariam de acordo com abrir seus mercados para os produtos agrícolas, enquanto os países em desenvolvimento aceitariam reduzir as barreiras para bens industriais e serviços.
Na Rússia, os líderes do G-8, concordaram em dar novo impulso a Doha e pediram que os ministros chegassem a um consenso. No domingo, Austrália, Índia, Brasil, EUA, Japão e Europa passaram mais de 14 horas em debates para salvar a rodada."Todos somos perdedores", disse Pascal Lamy, da OMC.
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