terça-feira, julho 25, 2006

Alckmin quer trocar ideologia por comércio

A equipe que assessora Geraldo Alckmin na área da política internacional fará, a pedido do candidato, um completo levantamento das derrotas e das dificuldades da política externa liderada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo ministro do Exterior, Celso Amorim.

Essa equipe é formada por vários diplomatas da ativa, que preferem trabalhar na sombra e imploram para que seus nomes não sejam divulgados. A opinião deles, abraçada pelo candidato do PSDB, é que a diplomacia Lula possui um "tempero ideológico" exagerado. Isso contraria a tradição da política externa brasileira, que procura representar os "interesses nacionais" acima de influências partidárias.

Ao contrário da estratégia atual, que busca uma forte liderança do Brasil na América Latina, o Itamaraty de Geraldo Alckmin, se ele for eleito, adotará uma linha bem discreta. A intenção será evitar atritos, não despertando "ciúmes diplomáticos" em países importantes como a Argentina e o México.

A política externa tucana também terá um acentuado acento comercial. A impressão, entre os tucanos, é que na área do comércio o governo Lula não está conseguindo desatar os nós que prejudicam o Brasil nas relações internacionais

A diplomacia Alckmin tiraria o pé do freio na batalha para conseguir uma cadeira permanente no Conselho de Segurança da ONU. Os diplomatas que assessoram o candidato do PSDB entendem que o governo Lula transformou a conquista dessa cadeira em verdadeira obsessão.

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