Alckmin e aliados reagem à fala do petista
O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, rebateu no domingo as declarações feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no sábado, em seu primeiro comício pela reeleição, sobre os escândalos em seu governo. Segundo Alckmin, existe muito "palavrório e pouca ação" no combate à corrupção. Lula havia dito que os adversários deviam "lavar a boca" antes de acusá-lo.
Segundo Alckmin, Lula não aprendeu com o escândalo do mensalão. Para reforçar sua afirmação, fez referência ao escândalo dos sanguessugas. "O governo é violento e autoritário com o caseiro Francenildo, mas é fraquinho com o crime. Tanto é que você vê mais um escândalo de corrupção agora no Ministério da Saúde", disse ele, em visita a uma feira de imigrantes japoneses em SP.
"Aliás, coincidentemente, o presidente fez esse discurso ao lado do ex-ministro da Saúde. O responsável, no caso, onde houve a Operação Sanguessuga", disse Alckmin, falando da participação do ex-ministro Humberto Costa no comício de Lula no sábado. O ex-ministro é candidato do PT ao governo de Pernambuco. Ele recebeu o pivô do escândalo, Luiz Antônio Vedoin, no ministério.
"Como é que se pode chamar um governo que teve o mensalão, o escândalo dos Correios, a Operação Sanguessuga e o valerioduto? Para onde você olha teve desvio de dinheiro público", disse Alckmin. Aliados do tucano também mostraram irritação com a fala de Lula rejeitando acusações de corrupção. A expressão "lavar a boca" foi bastante criticada pelos oposicionistas no domingo.
"Ele está baixando o nível. Deveria saber que, em uma democracia, cabe à oposição criticá-lo", disse o senador José Jorge, do PFL, candidato a vice na chapa de Alckmin. O deputado Alberto Goldman, o candidato a vice-governador de São Paulo na chapa de José Serra, disse que o presidente "tem coisas a explicar antes de dar lição de moral" a seus adversários em outros partidos.
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