Candidato tucano é o destaque do jornal Financial Times desta quarta-feira
Brasília (12 de julho) - O candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, é o destaque da edição do prestigioso jornal britânico Financial Times desta quarta-feira. Em entrevista concedida aos jornalistas Richard Lapper e Jonathan Wheatley, em uma confeitaria em Brasília, no último sábado (8), o tucano disse que o "Brasil não pode correr o risco de perder mais quatro anos. Precisamos crescer mais rapidamente". Descrito pela reportagem como elegante e afável, Geraldo aborda suas estratégias para recolocar o país na rota do crescimento sustentável.
EXPERIÊNCIA
O jornal, especializado na cobertura econômica internacional, destaca a experiência do candidato tucano, como vice-governador e, a seguir, governador de São Paulo, "o Estado mais densamente povoado e mais industrializado do Brasil". "Ele (Geraldo) fez parte da equipe que transformou um déficit orçamentário de 25% em um superávit, reformou o setor público, reduziu impostos e estimulou o aumento dos investimentos dos setores público e privado em infra-estrutura e serviços", afirma o texto. "Ele ficou conhecido pelo gerenciamento prático e inovador, e por uma abordagem criativa no sentido de proporcionar serviços públicos", acrescenta.
"A minha obsessão será com o crescimento", afirmou Geraldo. "O crescimento se dá por meio da criação de empregos, e o governo só é capaz de criar empregos de uma forma complementar. Os empregos são criados pelos empresários. Pelo setor privado. Precisamos atrair o investimento produtivo."
REFORMAS
De acordo com o ex-governador de São Paulo, isso exigirá uma reforma do setor público, começando pela política fiscal. A carga tributária do Brasil representa quase 39% do PIB. "Essa é a carga tributária do Reino Unido", observou o candidato. "A nossa carga tributária é de dez a 15 pontos percentuais maior do que a de outros países emergentes, e quase o dobro daquela dos nossos vizinhos latino-americanos", comparou.
Para Gerado, a reforma do setor público envolve ainda a solução da ineficiência nos gastos públicos. "O governo está seguindo uma linha, e nós seguiremos outra", garantiu. "Atualmente esta linha significa aumentar os gastos, elevar os impostos e reduzir os investimentos."
Conforme afirma a publicação, as despesas correntes aumentaram bastante nos últimos anos, algo que se tornou possível com um aumento da arrecadação fiscal. Na entrevista, Geraldo diz ainda que pretende promover economia em áreas como a de aquisições públicas e reduzir o número de cargos comissionados - inflados para cerca de 30 mil no governo Lula - e propor um serviço público estável e profissional.
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