Serra acusa Lula de usar verba do SUS no Bolsa-Família
O candidato do PSDB ao governo de São Paulo, José Serra, acusou o presidente Luis Inácio Lula da Silva de desviar dinheiro do Sistema Único de Saúde (SUS) para o programa Bolsa-Família. Em campanha hoje, em Avaré, a 270 km de São Paulo, ele ignorou seu adversário no Estado, o petista Aloísio Mercadante, e investiu contra o presidente, candidato à reeleição. "Estão passando a perna na lei, pondo o dinheiro da saúde em outras atividades. Quer dar Bolsa-Família em véspera de eleição, dê, mas não tire da saúde", afirmou.Segundo ele, o governo federal desviou recursos de R$ 1,6 bilhão no ano passado para o programa social que beneficia famílias de baixa renda. "Isso prejudica os Estados, principalmente São Paulo, que é muito dependente dos recursos do SUS." O candidato ao governo paulista criticou também a política econômica e cambial "maluca" do governo federal. "A política de juros e de câmbio está matando a economia do País", disse, ressaltando que essa não é a política econômica do PSDB. Afirmou ainda que o governo Lula prejudicou São Paulo no repasse das verbas para o Rodoanel.
"Perguntem aos candidatos deles quanto o governo federal repassou." Serra esteve também em Botucatu, a 225 km da capital. Nas duas cidades, no que chamou de "pré-campanha", Serra andou pelas ruas, tomou café e refrigerante em bares, cumprimentou pessoas e foi assediado por prefeitos e vereadores tucanos.
Em Botucatu, durante caminhada no centro, foi abordado pela dona de casa Elza Ferreira Jorge, de 67 anos, que reclamou do baixo valor da aposentadoria do marido. "Quem esqueceu dos aposentados foi o presidente Lula", disparou. Criticou o prefeito local, Mário Ielo, do PT, por ter demorado a ceder ao Estado uma área para a construção do Fórum. Acompanhado por candidatos a deputados, Serra entrou em lojas, beijou crianças e deu atenção a adolescentes. Estimulou o garçom Luiz Gustavo Lyra, de 18 anos, expoente em matemática, a continuar estudando. "Quando estudante, eu era bom em matemática."
Uma classe, dois professores - Ele disse que sua prioridade estratégica será a educação e prometeu colocar duas professoras em cada classe no primeiro ano do ensino fundamental. Outras prioridades "táticas" serão a saúde e a segurança pública. Em visita ao hospital da Universidade Estadual Paulista (Unesp), disse ter repassado, quando ministro, mais de R$ 15 milhões à instituição. De novo acusou o governo federal, agora de não ter mantido repasses de recursos para hospitais filantrópicos. Em reunião com lideranças tucanas, disse que a eleição no Estado não era "favas contadas", mas destacou a necessidade de ajudar a eleger Geraldo Alckmin como presidente. "É uma eleição só, aqui e lá", afirmou.
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