Simon e Peres pintam futuro "negro" para Lula
Terra Notícias
Dois dos principais decanos do Congresso, respeitados por suas posições críticas, declaram-se no maior desencanto político de suas vidas públicas. Os senadores Jefferson Peres (PDT-AM) e Pedro Simon (PMDB-RS), certos da reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, não descartam um futuro "negro" para o petista caso sua vitória se confirme.
"É mais provável um cenário negro, e o cenário negro é marchar para o confronto com o Congresso e partir para uma atitude "chavista" de tentar usar os movimentos populares para manipular a sociedade, como apelar para plebiscitos e tentar acuar a imprensa", avaliou Peres em entrevista à Reuters semana passada.Jefferson Peres é candidato a vice na chapa de Cristovam Buarque (PDT) à Presidência da República.
Simon segue o mesmo raciocínio e antevê um cenário "perigoso" para o ex-operário que ele ajudou a eleger presidente. Para o senador gaúcho, Lula vai sofrer pressões por todos os lados, sobretudo da oposição.
"Hoje ele tem o apoio das bases populares. Agora, se um debate sério for aberto e ele não mudar, vai sofrer uma roda viva. E, se o apoio do Congresso for este que nós vemos agora, vai ser um problema", apostou Pedro Simon, também em entrevista exclusiva.
"Tudo leva a crer que ele vai ter um futuro perigoso. Vão abrir CPIs, vão cobrar coisas que aconteceram no passado. Pouco tempo após começar a trabalhar, será um governo velho", acrescentou o peemedebista.
Ambos não escondem a decepção com Lula, mas também responsabilizam os eleitores brasileiros pelo que consideram que será uma escolha errada nestas eleições. Pesquisas de intenção de voto o colocam em um patamar de aprovação considerado surpreendente para um governo alvo de tantas denúncias.
A um mês da disputa, o petista lidera as sondagens eleitorais com ampla vantagem sobre seu principal adversário, Geraldo Alckmin, candidato pela coligação PSDB-PFL.
"O momento é estarrecedor. Se filmarem Lula com máscara, invadindo um banco para roubá-lo, vão dizer que ele queria roubar para dar aos pobres", disse Simon.
Os dois colegas do Senado reclamam que depois de tantas dificuldades no Congresso, CPIs, cassações e ameaças de impeachment, Lula ainda não teria aprendido a lição.
"Lula e seus auxiliares continuam negociando no PMDB com José Sarney, Renan Calheiros, Romero Jucá e Jader Barbalho. E isso leva a crer que Lula terá um futuro problemático, com uma base igualmente fisiológica", disse Simon. "Chegamos ao vale-tudo."
Leia na íntegra
Dois dos principais decanos do Congresso, respeitados por suas posições críticas, declaram-se no maior desencanto político de suas vidas públicas. Os senadores Jefferson Peres (PDT-AM) e Pedro Simon (PMDB-RS), certos da reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, não descartam um futuro "negro" para o petista caso sua vitória se confirme.
"É mais provável um cenário negro, e o cenário negro é marchar para o confronto com o Congresso e partir para uma atitude "chavista" de tentar usar os movimentos populares para manipular a sociedade, como apelar para plebiscitos e tentar acuar a imprensa", avaliou Peres em entrevista à Reuters semana passada.Jefferson Peres é candidato a vice na chapa de Cristovam Buarque (PDT) à Presidência da República.
Simon segue o mesmo raciocínio e antevê um cenário "perigoso" para o ex-operário que ele ajudou a eleger presidente. Para o senador gaúcho, Lula vai sofrer pressões por todos os lados, sobretudo da oposição.
"Hoje ele tem o apoio das bases populares. Agora, se um debate sério for aberto e ele não mudar, vai sofrer uma roda viva. E, se o apoio do Congresso for este que nós vemos agora, vai ser um problema", apostou Pedro Simon, também em entrevista exclusiva.
"Tudo leva a crer que ele vai ter um futuro perigoso. Vão abrir CPIs, vão cobrar coisas que aconteceram no passado. Pouco tempo após começar a trabalhar, será um governo velho", acrescentou o peemedebista.
Ambos não escondem a decepção com Lula, mas também responsabilizam os eleitores brasileiros pelo que consideram que será uma escolha errada nestas eleições. Pesquisas de intenção de voto o colocam em um patamar de aprovação considerado surpreendente para um governo alvo de tantas denúncias.
A um mês da disputa, o petista lidera as sondagens eleitorais com ampla vantagem sobre seu principal adversário, Geraldo Alckmin, candidato pela coligação PSDB-PFL.
"O momento é estarrecedor. Se filmarem Lula com máscara, invadindo um banco para roubá-lo, vão dizer que ele queria roubar para dar aos pobres", disse Simon.
Os dois colegas do Senado reclamam que depois de tantas dificuldades no Congresso, CPIs, cassações e ameaças de impeachment, Lula ainda não teria aprendido a lição.
"Lula e seus auxiliares continuam negociando no PMDB com José Sarney, Renan Calheiros, Romero Jucá e Jader Barbalho. E isso leva a crer que Lula terá um futuro problemático, com uma base igualmente fisiológica", disse Simon. "Chegamos ao vale-tudo."
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