O Brasil do IBGE não passa no programa do PT
O Globo
O programa do PT no horário eleitoral, ontem à tarde, usou artifícios para mostrar um desempenho da economia brasileira que não corresponde àquele que os índices vêm apresentando nos últimos meses. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à reeleição, estabeleceu vínculo entre os avanços obtidos no combate à desigualdade social com o Bolsa Família e um “novo ciclo de desenvolvimento econômico” que, de acordo com ele, o Brasil está pronto para viver. Mas ignorou, entre outros indicadores, o fraco crescimento do PIB.
O programa petista enumera uma série de dados macroeconômicos - dívida com o FMI zerada, queda de gastos com juros da dívida externa, maior saldo externo desde 1947, recorde nas exportações e queda da desigualdade social - exibindo manchetes de jornais para, em seguida, voltar a falar do Bolsa Família e de outras ações, como o Brasil Sorridente e o Luz para Todos, e novamente apresentá-las como resultado do crescimento do país.
Porém, de acordo com os dados divulgados pelo IBGE em 31 de agosto, o PIB apurado no primeiro semestre deste ano não aponta para esse sentido: o crescimento foi só de 2,2%. No segundo trimestre, a economia cresceu apenas 0,5%. Com esses resultados, o Brasil ficou em último lugar entre os países em desenvolvimento. A China cresceu 10,9%, a Índia 5,5%, o Chile 4,5% e a Argentina, 2,2%. Diferentemente do que mostra o programa de Lula, os índices divulgados no fim de julho e em agosto foram particularmente desfavoráveis em termos de boas novas: aumento da carga tributária, dos gastos de custeio e do índice de desemprego foram notícias de primeira página. Mesmo assim, os petistas Iistaram entre os eventos positivos o crescimento da arrecadação federal em 4,37% (“bate mais um recorde”), enquanto a carga tributária chega a 37,37% do PIB, a maior de todos os tempos. A taxa de desemprego, segundo a pesquisa mensal do IBGE, atingiu 10,2% em maio, 10,4% em junho e 10,7% em julho.
À noite, PSDB rebate Lula No programa da tarde, o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, sequer trocou o programa exibido anteriormente à noite. “Boa noite” disse ele ao cumprimentar os eleitores. Já na noite de ontem, o PSDB rebateu as afirmações do PT contrapondo imagens de Lula, em maio de 2003, prometendo que o espetáculo do crescimento vai começar, com manchetes recentes de jornais sobre o mau desempenho da economia, como as que diziam: “Nossa economia cresce só 0,5”, “Consumidor Endividado”, “Comércio começa a demitir”, “Casas Bahia reduz investimento e corta vagas”, “Brasileiro nunca pagou tanto imposto”, “Orçamento de Lula para o ano que vem prevê mais imposto ainda”. “Onde está o espetáculo do crescimento?”, perguntou o apresentador. - As demissões que estão acontecendo na indústria e no comércio são resultado da política do atual presidente, que faz o brasileiro pagar cada vez mais imposto, que sufoca as empresas, que segura o investimento. Em conseqüência, os empregos desaparecem - disse Alckmin. O tucano também voltou a bater na tecla da corrupção: - O governo precisa dar o exemplo, com política de crescimento e honestidade.
Quando tem corrupção na sala ao lado e quem tinha que ver faz que não viu, é o seu dinheiro, é o dinheiro que você paga de impostos que está sendo desviado. O que o Brasil precisa não é de imposto alto nem de corrupção.
O programa petista enumera uma série de dados macroeconômicos - dívida com o FMI zerada, queda de gastos com juros da dívida externa, maior saldo externo desde 1947, recorde nas exportações e queda da desigualdade social - exibindo manchetes de jornais para, em seguida, voltar a falar do Bolsa Família e de outras ações, como o Brasil Sorridente e o Luz para Todos, e novamente apresentá-las como resultado do crescimento do país.
Porém, de acordo com os dados divulgados pelo IBGE em 31 de agosto, o PIB apurado no primeiro semestre deste ano não aponta para esse sentido: o crescimento foi só de 2,2%. No segundo trimestre, a economia cresceu apenas 0,5%. Com esses resultados, o Brasil ficou em último lugar entre os países em desenvolvimento. A China cresceu 10,9%, a Índia 5,5%, o Chile 4,5% e a Argentina, 2,2%. Diferentemente do que mostra o programa de Lula, os índices divulgados no fim de julho e em agosto foram particularmente desfavoráveis em termos de boas novas: aumento da carga tributária, dos gastos de custeio e do índice de desemprego foram notícias de primeira página. Mesmo assim, os petistas Iistaram entre os eventos positivos o crescimento da arrecadação federal em 4,37% (“bate mais um recorde”), enquanto a carga tributária chega a 37,37% do PIB, a maior de todos os tempos. A taxa de desemprego, segundo a pesquisa mensal do IBGE, atingiu 10,2% em maio, 10,4% em junho e 10,7% em julho.
À noite, PSDB rebate Lula No programa da tarde, o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, sequer trocou o programa exibido anteriormente à noite. “Boa noite” disse ele ao cumprimentar os eleitores. Já na noite de ontem, o PSDB rebateu as afirmações do PT contrapondo imagens de Lula, em maio de 2003, prometendo que o espetáculo do crescimento vai começar, com manchetes recentes de jornais sobre o mau desempenho da economia, como as que diziam: “Nossa economia cresce só 0,5”, “Consumidor Endividado”, “Comércio começa a demitir”, “Casas Bahia reduz investimento e corta vagas”, “Brasileiro nunca pagou tanto imposto”, “Orçamento de Lula para o ano que vem prevê mais imposto ainda”. “Onde está o espetáculo do crescimento?”, perguntou o apresentador. - As demissões que estão acontecendo na indústria e no comércio são resultado da política do atual presidente, que faz o brasileiro pagar cada vez mais imposto, que sufoca as empresas, que segura o investimento. Em conseqüência, os empregos desaparecem - disse Alckmin. O tucano também voltou a bater na tecla da corrupção: - O governo precisa dar o exemplo, com política de crescimento e honestidade.
Quando tem corrupção na sala ao lado e quem tinha que ver faz que não viu, é o seu dinheiro, é o dinheiro que você paga de impostos que está sendo desviado. O que o Brasil precisa não é de imposto alto nem de corrupção.
Nenhum comentário:
Postar um comentário